Você que me lê, me ajuda a nascer.
quinta-feira, março 10, 2005
A mulher do lado
François Truffaut, 102 minutos. Assisti sozinha lá na Paulista.
Um casal de amantes se reencontra 10 anos depois de terem terminado uma paixão arrasadora. Agora eles são vizinhos numa aldeia no sul da França, e quando se dão conta, estão passo a passo revivendo aquele amor de tempos atrás. Com um Geràrd Depardieu bem novo (cabelinho pro lado, batidinho na frente, o nariz nem era tão pontudo como é hoje...) e a Fanny Ardant por quem se apaixonou Truffaut via programa de Tv' (sim, o amor tem razão que a própria razão desconhece!), o filme tem um finalzinho bobo demais para a trama. Mas a intensidade do filme em seu começo e meio vale o ingresso (sim, Truffaut adorava a agenda intensa do Depardieu, o que o obrigava a filma freneticamente por uma ou duas semanas, mantendo aceso a idéia primeira do diretor).
Claro que eu estou apaixonada e frases como "Nem com você, nem sem você" me fazem derreter igual à manteiga da minha pipoca. Só que eu esperava um pouco mais. Por que a vida é cheia de desencontros sim, encontros sim, sobressaltos, telefones ocupados por que estão se ligando, e tem sofrimento. E não, eu não quero que os filmes sejam cópias de realidades, até por que, mesmo que se pretendam, não conseguirão. Eu só queria um pouco mais de som e fúria.
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