A maior felicidade é a certeza de que tenho saudade de uma coisa que inventei dentro da minha cabeça e que nunca existiu. Nunca, não, mas assim... existiu a vontade de fazer existir e isso em si é maravilhoso. É que tem a próxima etapa que se chama fazer acontecer que... não aconteceu.
Me perdoo num abraço quente e parto para descobrir outras histórias que não morem apenas em mim, mas que podem ser inventadas junto, por mais pessoas. Pode ser invenção, mas para ser gostoso tem que ser inventado junto, assim eu sei hoje. Pode ser um querer que ainda não virou ação, mas também tem que ser querer junto e virar ação junto, senão cansa e pesa só para um lado do mundo e aí eu não quero. Tenho uma enorme intolerância e ressentimento com quem me faz carregar pesos sozinha. Eu não duro muito em relacionamento desigual (muito embora relações heterossexuais tenham esse padrão, há limites!).
Minha amiga diz
eu transo com homens e tenho relacionamentos amorosos com minhas amigas
Eu gostei disso.
Gostei de sentir também que não estava sendo amada e isso explica tudo dentro de mim. É tão libertador, porque eu não sofro mais. Ter a certeza de que não era amor e sim uma ideia do que eu queria que o amor me fizesse me acalmou tanto! Me preparou para querer o amor de novo. Óbvio que inventei tudo isso porque eu tenho sede e fome de amor. Eu já sei e tudo bem.
Inventei, investi, quis muito e tudo bem. Não é ruim nada disso, mas já passou.
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