Alguém vai dizer que Buchi não escreve bem, gente? Oxe. Nem tem como. Prosa fluida e precisa, tudo do jeito mais certo do mundo. Quem não gosta de ler, tem de ler Buchi, para começar a se apaixonar. É uma história que pode envolver mulheres mais velhas, que faz tempo não leem e que querem começar de novo. Vou comprar umas dessas trilogias e espalhar por aí, pelo mundo.
Esse é o segundo livro dela que leio, estou já com os outros dois em mãos para continuar... lindo demais, acho até que deveria vir é todo junto esses três livros que tem esse fio condutor e revelador da vida de uma mulher negra com três filhos e sozinha. Fico dizendo às pessoas, não tem como ter um livro fantástico com menos de 300 páginas, que é o mínimo para desenvolver uma história. Sou uma chata, mas às vezes é isso mesmo. Com poucas páginas, você fica naquela coisa de quero mais, de que faltou falar mais, descrever mais, adoro descrições, de tudo, pessoas, coisas, lugares e objetos, sons. Tem livro fantástico com menos páginas, é brincadeira. É que quando ele é curto, fico órfã mais rápido, sem saber o que fazer. Deve ser por isso que sempre leio alguns livros ao mesmo tempo, para nunca me sentir só. Acaba um e eu já estou mergulhada em outro. Agora?
Estou lendo No fundo do poço, de Buchi e o Baghavad Guita. Lendo também, de leve, Movimento Negro Educador, de Nilma Gomes e Infância, de Górki.
Ainda assim, tendo amado esse livro, gostei mais do primeiro. E porque? Ah, gosto de Alegrias porque conta de um tempo ainda na Nigéria, me interesso muito por conhecer coisas e detalhes de uma vida que não é a minha mas que também já foi minha e que não sei nada, me sinto familiar-estranha no meio daquilo tudo. Nesse livro aqui, começa a imigração para a Inglaterra, que leio e me interesso, mas não na mesma intensidade.
Sabe de uma coisa? Buchi faz a gente acreditar que qualquer pessoa pode escrever, assim como Toni. É por isso que amo as duas demais, demais.
Buchi Emecheta
(engraçado, antes de ver a foto de Buchi, eu a imaginei, magrinha como Igiaba, pequenina como Noviolet... vai saber porque. Mesmo agora, que a vejo assim, fico com essa coisa na cabeça. É a minha Buchi, a Buchi que emerge para mim do texto)
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