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terça-feira, dezembro 18, 2018

Aprendiz.

Eu adoro começar coisas que eu não sei nada. Foi assim quando aprendi a nadar. Ficava atenta, ainda que preguiçosa, a tudo que meu professor me dizia. Ele foi meu professor de natação por oito anos e eu sinto muitas saudades dele, que sempre me tratava, todos os dias, como se fosse a primeira vez. 

Aprendi a nadar, mas parei com as aulas. Gosto mais da hidroginástica por causa do grupo divertido de senhoras e senhores que fazem aula comigo. Eu danço, canto, dou risada, me alegro. Não é a toa que marquei um xis na caixa "fazer amigos/as" na pergunta que faziam sobre qual era o motivo de fazer esporte no formulário da academia.

Disse que começaria ano passado, mas finalmente comecei o longo caminho até a carteira de habilitação. Minhas amigas mais próximas dizem que eu vou amar aprender a dirigir e nada mais vai me segurar (tem como, mais que agora?). Então vou lá, pelo desafio de aprender coisas que eu não sei, para poder passar pelo frio na barriga da avaliação, sentar em carteiras, ouvir instruções, paquerar os moços nas carteiras, fazer piadinhas infames (eu as continuo fazendo como professora), toda essa coisa que envolve aprender coisas novas.

Imagino rotas novas, tenho já medos de coisas que nem sei o que vou sentir, penso, sinto, imagino, invento, mas continuo. Adoro as etapas, cada dia uma, cada mês uma coisa nova, eu quero. Como alguém pode parar de fazer isso?

No questionário de hoje eu precisei encher três linhas de planos para o futuro. Esqueci tanta coisa e ainda coloquei reticência... esqueci que ainda quero tentar ter um cachorro, aprender a fazer doces e coxinha, a andar de balão, a voltar a fazer yoga, a conhecer uma pessoa centenária, a aprender palavras novas, a me apaixonar de novo, a viajar atrás de alguém por quem vou me apaixonar, a ouvir novas músicas... 

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