Os homens brancos não entendem. As mulheres brancas também não. Os homens negros, pergunte a eles.
Mas nós, mulheres negras, inventamos outros jeitos de viver essa vida sacana e nem sempre dá pra explicar com letras inventadas por outras pessoas que nem nos conhecem o que a gente fez para chegar aqui.
Se falamos, vitimismo.
Se calamos, soberba.
Se gritamos, loucura.
Se morremos, desistimos.
Por isso, eu só quero ser eu (com os outros). Às vezes, eu brinco de explicar, mas dá um trabalho danado. Porque eu sei as coisas que eu sei na carne, eu sinto elas. Eu nunca sei se expliquei, mas eu sei porque eu sinto. Você, nunca vai saber não sendo eu, nós, mulheres negras.
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