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quinta-feira, março 16, 2017

Lanchonete.

Na última semana, minha mãe mudou o endereço da  sua lanchonete. Um lugar maior e mais perto de casa. Agora, ao andar por aí, encontra as pessoas que conviveram com ela por treze anos, no endereço antigo. 

Um amiga porém, de longa data, havia se chateado com ela e não ficava mais por lá. Passava direto, sem nada dizer. Minha mãe e ela, duas tinhosas, não se aguentam juntas por muito tempo. 

Hoje, nas andanças pelo bairro, mainha encontrou mais uma dessas amigas, que também conhecia a outra tinhosa. Disse que certo dia, ao esperar o sinal fechar em frente à lanchonete, avistou-a, em frente à lanchonete, alisando o portão do estabelecimento, como em sinal de respeito à amizade que tinha com minha mãe por tantos anos mas que, por infortúnio, não poderia dessa vez ser reatada, já que ela não sabia para onde ela tinha ido. Ao alisar o portão de ferro, olhava para amiga de mainha que fingia nada ver, mas que, com certeza, por dentro, não via a hora de fazer a fofoca. 

As duas estão por aí, pelo bairro. Se encontrarão e farão as pazes, qualquer dia desses. Ainda assim, mesmo ser ter visto, a imagem dela alisando a porta da lanchonete não sai da minha cabeça. 

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