Um email com quatro palavras e todos os suspiros do mundo.
Passei a noite lendo antigos posts, todos os que fiz para ele, todos os emails que ainda tenho, fotos, velhas e novas. Foram muitas palavras - e muitas imagens, mas agora uma pequena frase feita com quatro palavras viraram minha cabeça.
Eu ainda lembro do dia em que o telefone tocou e do outro lado ele me disse não. Mas só depois de dois anos eu descobri que esse não tinha uma razão de ser. A vida continuou, eu fiz escolhas - ele tinha feito outras tantas - nossos tempos nunca mais se encontraram. Ano passado, decidi não encontrá-lo mais. Não poderia suportar ver ele e o que tinha se tornado, pelas escolhas que tinha feito. Não que algo de ruim tenha acontecido. Nada disso. É que o que a gente tinha havia se perdido demais, ou estava escondido demais, vai saber.
você entrou no trem, e eu na estação
Uma coisa assim. Era estranho, não queria ser para ele qualquer uma. Porque eu não era, sabia, mas parecia. E tudo que eu não precisava era parecer qualquer uma, não naqueles tempos em que nos reencontramos.
E agora estou aqui, sem saber do que se trata tanto mistério. Mas acho que tenho medo de saber. Queria passar mais uns dias sorvendo a alegria da lembrança, sentindo a delícia que seria ouvir o que espero, uma surpresa, a surpresa.
Mas, de qualquer modo, fosse o que fosse, seria bom poder vê-lo novamente, só pra ouvir. Mesmo que o final da história não fosse assim tão feliz.
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