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sexta-feira, janeiro 15, 2016

Meio Sol Amarelo.



Tá bem, todo mundo já leu. Mas eu não estou nem aí. Li todos os outros livros de Chimamanda antes do primeiro que a consagrou. Fiquei torcendo o nariz porque era famoso. Mas taí, gostei muito. 

No site da editora, o resumo é assim:

Filha de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos - condição que explode na sangrenta guerra que se segue à tentativa de secessão e criação do estado independente de Biafra.
Contado por meio de três pontos de vista - além do de Olanna, a narrativa concentra-se nas perspectivas do namorado de Kainene, o jornalista britânico Richard Churchill, e de Ugwu, um garoto que trabalha como criado de Odenigbo -,Meio sol amarelo enfeixa várias pontas do conflito que matou milhares de pessoas, em virtude da guerra, da fome e da doença. O romance é mais do que um relato de fatos impressionantes: é o retrato vivo do caos vislumbrado através do drama de pessoas forçadas a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade, passado e presente, nação e família, lealdade e traição.

É isso aí. Mas se eu fosse fazer o meu resumo, eu escreveria assim:

Nunca achei que ia aprender mais sobre a Biafra num livro de literatura do que na escola.

Tem coisas que eu não gosto no livro. Mas é tudo birra minha e eu não vou ficar comentando. Ela escreve bem, se é isso que importa. Eu gosto, muito embora nunca vá desbancar Toni Morrison. Há algumas coisas que para mim não funcionam na trama, mas tudo bem. São só meus olhos de escritora frustrada achando que eu faria diferente. 

Fizeram o filme também. Eu nunca gosto dos filmes que fazem dos livros (em parte porque eu acho muita cara de pau de diretor de filme que já pega roteiro pronto). Mas eu vi que quem faz Olanna é Thandie Newton. E vocês sabem de meu amor por Thandie. Sendo assim... vamos caçar para ver. 


                                                           Chimamanda, ela. 

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