Você que me lê, me ajuda a nascer.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Sentidos.

Você descobre que vive a vida inteira pra ouvir um sim, ou um não.
Mas só quando ouve. Tenho aprendido.
A esperar, a entender que nem sempre é a hora.
Eu não sei quem define essa hora, mas eu só sei que não tou sozinha nessa parada.
Por que a gente quer resolver tudo, mas a natureza, as folhas, elas te ensinam que nem sempre a hora que tu pensa que é certa, é certa.
Caminhando, devagar.

Eu acho engraçado as pessoas dizerem, "ah, se eu tivesse 15 anos com a cabeça que eu tenho agora". Mas, se fosse com a cabeça que a gente tem agora, nunca teríamos 15 anos! 15 anos são 15 anos por que são, por que a gente não tem a cabeça de 30.

Outro dia eu falei pra uma moça que trabalhava comigo que a ouvia por que ela era mais velha. Ela ficou profundamente irritada, achou que era uma agressão eu falar isso, "mais velha". Não entendi. É um elogio mesmo. Eu me sinto linda "mais velha". Cheguei num ponto de que não fico pensando muito para dizer coisas - principalmente coisas de amor - para as pessoas. Estou num ponto que não me sinto nem velha, nem jovem. Me sinto Migh, com todas as coisas que isso tem de ruim e de bom.

Todo mundo já errou muito na vida. Eu não sou diferente. Fico pensando nas chances que a vida nos dá e fico pensando nas pessoas com quem eu errei. Queria poder dizer muitas coisas à elas, mas muitas vezes elas não querem mais ouvir. E tem todo o direito. Fico pensando isso agora quando tenho pedras preciosas nas mãos, pessoas que eu conheci e me fazem seguir aqui, sobrevivendo.

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