[...] "Sobre consciência racial, segue seu depoimento:
'às vezes ela dizia assim: 'Quando alguém chamar você de negro, você pergunta pra ele qual a cor do leite da mãe dele, ou senão você pergunta qual é a cor do sangue da mãe dele. Se forem diferentes da sua mãe, então eles tem algo diferente. Mas a única diferença é a pintura... a nossa é mais bonita por que não descora' (Josué, 70 anos, administrador aposentado, Vila Madalena. [...]
Isso pra mim é poesia.
Do livro: Nem para todos é a cidade: Segregação Urbana e Racial em São Paulo. De Maria Nilza dos Santos, Fundação Cultural Palmares, 2006.
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