Você que me lê, me ajuda a nascer.
sábado, dezembro 29, 2007
Babel.
Quando você está no meio da Ciudad del Este, num calor que te lembra a sua cidade natal ouvindo pancadão carioca, ouvindo um libanês falar árabe, beijando um italiano e depois atravessa a ponte da Amizade e tem música árabe no carro com mais dois libaneses você tem a certeza que não, a vida não é só isso, tem mais uma paulista ali no meio, o mineiro você beijou mas dispensou, a vida não é só isso.
Vou ali treinar a língua.
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Foz do Iguaçu.
O que você espera encontrar num hostel internacional? Gente do mundo todo, mas não só você e sua amiga de preta.
E é quando um cara de 31 anos te diz que
você me faz com que eu sinta o meu corpo quando ele tinha 15 anos
que você tem certeza que é manda muito bem. Aha.
quarta-feira, dezembro 26, 2007
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Vem aqui.
Jurei
Não amar ninguém
Mas você se chegou
E eu fui chegando também
Ele me disse
sabe como é, sou tradicional demais
não gosto de apressar as coisas
você é uma pessoa apaixonante
e eu quero curtir isso
e enquanto a gente curte isso
vamos nos falando
e pensando um no outro
E eu queria ter coragem de dizer
mas eu não quero apressar nada
só que agora que você disse isso
eu queria que você estivesse aqui
pra te dar um abraço
apertado
depois eu até deixava
você ir embora
Não falei, entrei no banheiro pra tomar banho e chorar um pouquinho, que é sempre bom. Faz tempo que eu não fico só, e assim eu lembro dele. Do meu irmão. Eu só queria falar com ele. Depois ele poderia até sumir de novo. Não ver nunca mais que dói pra caramba. E eu não sei te dizer o que é, e nem sei te ensinar como agir, é só isso, acabou, não tem mais jeito, não tem o que dizer, são só palavras, e o que eu sinto, não mudará, também serve.
Assisti um filmezinho na sexta, "Pensa que é fácil?", coisa assim o nome, e a moça dizia pro cara
sabe, não tem diferença entre a gente
você passou a vida aqui no seu bairro
e eu passei a vida viajando pelo mundo
mas nós dois estávamos nos escondendo
não muda nada
Sou essa moça.
Não quero falar mais nada hoje.
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Eu dou Bandeira.
Dessa Pessoa que é o Bandeira
Que faz florescer tanta Rosa no meu Grande Sertão
Dedico esse essas linhas macias
Que pelo sim, pelo não
Falam um pouco também de mim
Do que sou então
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Quando estás vestidas,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu).
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite
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João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Eu particularmente, adoraria conhecer o João. Entre o bar Vinte de Novembro e a Lagoa de Freitas, alguma coisa poderia acontecer. Mas se ele mesmo assim na Lagoa se atirasse, não que isso de todo me desapontasse: adoro homens de coragem, um tanto desesperados e outro tanto tresloucados. Intensidade é a alma desse negócio todo a que deram o nome de amor.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Cansada da Folha de São Paulo e suas mentiras (mentiras não, ditações da realidade, pior que mentira é fazer com que as pessoas pensem que só há uma verdade, a sua verdade).
Do Diogo Mainard.
Do seu companheiro imbecilóide Reinaldo Azevedo.
Da Monica Bergamo.
Da Bruna Surfistinha e do filme que vão fazer do livro (livro?) dela.
Mas o pior mesmo é um tal de Gustavo Ioschpe. Bleeeeergh. Olha a apresentação do cara num site aí:
Aos 28 anos de idade, o gaúcho Gustavo Ioschpe nunca teve o que reclamar da educação que recebeu, mas sabe que, no Brasil, é uma exceção. De família rica, estudou nas melhores escolas do País e graduou-se no Exterior. Ao aprofundar seus estudos sobre educação, percebeu que havia uma lacuna na relação entre desenvolvimento econômico e ensino.
Durma com um barulho desses e diga que dormiu bem. Além de outras coisas, ele presta serviços ao Banco Mundial para o MEC. Pode, Zé?
O que eu faço?
Compro passagem, só de ida.
E depois me perguntam por que é que eu vivo sempre, no mundo da luaa.
E depois me perguntam por que na minha casa a televisão não tem antena (se tivesse, a lista ali de cima com certeza cresceria). E nem vou ter conversor. Televisão foi feita pra ver filme, ponto. E olhe lá.
E depois eu me pergunto por que é que eu assino jornal e revista, pra saber das coisas, pra saber do quê. Alheia e alienação, mesma coisa, mas alheia eu sou mais feliz. E não fico odiando as pessoas e de saco cheio e com problema de saúde. Vou ficar contando pétala de flor que é melhor.
Bem-me-quer, mal-me-quer.
Mas quer.
domingo, dezembro 09, 2007
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Apressada.
Lembra da frase que eu escrevi
o amor tem pressa
Pois sim, e como tem. Não, nunca liguei muito de não ser correspondida, mas agora a cabeça dói, meu coração pede um pouco de amor, um pouco de amor de manhã cedo, para que eu possa mandar mensagens de bom dia, um pouco de amor de tardezinha, quando o tempo fecha e um onde você está agora? me deixaria com um sorriso nos lábios, e à noite, quando a cabeça teima em doer, eu ligaria para ouvir um meu bem, meu bem, o fim de semana se aproxima...
Estarei louca? Estarei louca em ter pressa de amar? Acima e além de tudo, dessa chuva toda e louca, quero muito ser amada. E não posso negar, por que descobri que falar faz bem (curei duas loucuras há pouco tempo só de falar delas, sumiram, sumiram, fingidas loucuras covardes), escrever um outro tanto de bem, mas o que me faria bem mesmo era ouvir um sim, pois não. Não, um sim sem pois não, posto que pois não tem um advérbio de negação, e me deixaria na dúvida, e dúvida eu não quero, já tenho todas que preciso.
Sim, estou me sentindo sozinha. Isso é ruim pacas. Pior ainda quando a sua sólidão só tem companhia com a companhia de uma certa pessoa. E eu nem sei se ela me dá bola. Ou se sou eu apressada demais. Mas quando quero, eu quero ver, tocar, sentir, cheirar, e se me quisessem, não iam querer me ver-tocar-sentir-cheirar também? Mesmo com todo o caos do trãnsito (que deveria se chamar parado e não trânsito, posto que não se sai do lugar), com a chuva fora de hora e os ônibus que atrasam, as pessoas que querem se amar não dão um jeito?
Só quem tem pressa de amar,
você me responderia, eu diria sim, sim. E talvez você emendasse:
Quer romance, compra um livro
Aí, depois dessa, eu ia passar roupa e pensar nele, que é sempre mais divertido.
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Verdade, mentira, verdade?
Carlo Ginsburg, no seu mais novo livro (nem todo turinês é um chato):
uma afirmação falsa, uma afirmação verdadeira e uma afirmação inventada não apresentam, do ponto de vista formal, nenhuma diferença
Preciso dizer mais? Esse é o único motivo pelo qual eu continuo vivendo.
Ano acabando, há quem diga que já acabou. Não pra mim. Tem coisa muita coisa cada coisa que precisa ainda encontrar seu lugar. Como minha mão na sua, cabeça no teu ombro, coração quente perto do seu (se nada mais adianta, respiro fundo e espero 2008 chegar).
segunda-feira, dezembro 03, 2007
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