Tem livros que tu compra pensando que vai dar aqueeele tesão de ler. Henry Miller foi assim pra mim, Trópico de Câncer. Não passei de 50 páginas. Mas com Berman, que eu nem tchuns, trabalho pra fazer, estou ficando louca. E olha que ainda estou introduzindo!
Olha o que o cara fala do Foucalt:
... E o que ele tem a dizer é uma interminável, torturante série de variações em torno dos temas weberianos do cárcere de ferro e das inutulidades humanas, cujas almas foram moldadas para se adaptar às barras. Foucalt é obcecado por prisões, hospitais, asilos, por aquilo que Erwin Goffman chamou de "instituições totais". Ao contrário de Goffman, porém, Foucalt nega qualquer possibilidade de liberdade (...) Nós usamos nossas mentes para desmacarar a opressão - como Foucalt aparenta estar fazendo? Esqueça-o, pois toda espécie de inquérito sobre a condição humana "apenas desliga indivíduos de uma autoridade disciplinar para ligá-los a outra", e, portanto, apenas faz engrossar o triunfante "discurso do poder". Toda crítica soa vazia, por que o próprio crítico está "dentro da máquina panóptica, investido de seus efeitos de poder, poder que conferimos a nós mesmo, já que somo parte do seu mecanismo".
Mas no fim das contas, Berman é um cara que gosta de Marx e Nietzsche, e é um dos meus: otimista, diz que nós ainda poderemos descobrir a modernidade, de verdade, para o bem de todos.
Vou parar por aqui, vão ler o livro.
É esse aqui, ó:
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