Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, outubro 01, 2006
Tou indo.
Eu justifico: não voto em ninguém desde os 16 anos. Mentira, peraí... votei num deputado na minha primeira eleição, por que tive medo da minha mãe perder o emprego. Ela perdeu do mesmo jeito, anos depois. Então deixei isso pra lá e passei a gostar muito de política, mas odeio essa falsa participação popular. O que pega mesmo é que eu não acredito nisso. É um grande circo, pane et circenses, não sei, não consigo me adaptar, não é pra mim, então eu não voto nulo, faço campanha pro voto nulo, por que nisso eu acredito.
Seria uma grande besteira gastar tempo aqui para dizer no que eu acredito, por que vai soar bobo, vai soar utópico, então eu não vou perder esse tempo, até por que eu não quero convencer ninguém de nada, nadica mesmo. O que eu acredito é o que eu quero acreditar, no meu mundo alice-poliana-pós68 não tem essa de ficar conversando para convencer, ouça e acredite no que você quiser. Mesmo.
Só vou reafirmar aqui que eu acredito em você e em mim, acredito nas minhas crianças e na música. Só me rendo à poucas coisas na vida, de verdade. Muita gente me vê como uma durona, mas é tudo mentira. Eu sou uma manteiga derretida, o problema é que sempre estou no congelador e aí... falo para as pessoas não se aproximarem de mim e elas me obedecem, isso é que é duro de aguentar.
Quem me conhece de verdade sempre volta querendo mais.
Leiam Sérgio D'Ávila, o cara é legal, publica uma pagininha de nada na Revista da Folha todo domingo.
E nada mais atual do que o tema da 30ª Mostra Internacional de Cinema. Leon Cacof, eu te amo, eu te amo, e um dia eu te direi isso ao vivo, sem cortes. Políticas do cotidiano, da intimidade, isso é muito pós-moderno mas eu gosto e acredito. Acredito em grupos, mas acredito mais ainda que eu e você podemos fazer muitas coisa também, cada um do seu jeito, mas com alguma coisa em comum (isso é propaganda de cigarro ou de bebida?). Então vamos continuar vivendo, acreditando, trepando, e porra, fazendo alguma coisa, se mexendo, sabe? Movimento é vida, vamo lá. Talvez por isso eu adore dançar na frente do espelho.
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6 comentários:
Uffa... fui votar somente por obrigaçao. nao conheço ninguem e nao sei quem pode ser o menos pior. votei no ultimo quadradinho, aquele que começava com B. Nunca tinha feito e nem sei se foi a melhor coisa. A unica coisa que presta é que passei o dia todo batendo os cambitos em milao... gastei até 50 euros!!!! Pena que tu nao tava.
Beijins
"Seria uma grande besteira gastar tempo aqui para dizer no que eu acredito, por que vai soar bobo, vai soar utópico, então eu não vou perder esse tempo, até por que eu não quero convencer ninguém de nada, nadica mesmo"
o que me entristece nisso tudo é o niilismo de uma professora. Uma professora!
Niilismo, né? Mas niilismo ativo, tá? Ehe. Juno, eu só acho que passei da fase panfletária, seria bom que as pessoas fizessem e acreditassem em coisas e lutassem por elas não por que alguém disse que devia ser feito, mas por que realmente vale a pena. É só isso que eu queria dizer, mas nunca sei dizer, o que quero dizer... ihhhh... piorou.
Tenho esperanças, acredito em muita coisa, como disse, e acredito também, como disse a curadora da 27ª Bienal, que toda a arte é política. Façam suas interpretações. E apostas.
Aliás, que tal parar com tudo isso e vir aqui me acompanhar pro show do Chico?
....quando arte è politica mesmo...! Eu voto Latuff!!!
No dia 5 de setembro foi publicado no site do Likud - partido conservador da direita israelense - uma matéria ameaçando o cartunista brasileiro Carlos Latuff por seu ativismo artístico em defesa do povo palestino. O site afirma que o cartunista, através de seu "talento gráfico fantástico", quer o fim do Estado de Israel. A matéria constrói uma série de calúnias, tentando ligar o cartunista ao nazismo, anti-semitismo, "campeão da indústria de maldades iraniana" e muitas outras. Também critica as autoridades de segurança de Israel, entre elas, a Mossad - Instituto de inteligência e operações especiais de Israel - por não terem coletado "informações" sobre o mesmo e afirma: "deveriam ter cuidado desse Carlos há muito tempo, de um jeito ou de outro". Depois, convoca todos/as leitores/as a fazer algo com o objetivo de calar Latuff, afirmando que ele é a principal voz da contra-propaganda das ações do governo israelense, e comparado-o com Goebbels, o ministro de propaganda do nazismo. Pede que ele seja processado, que seja contactada a embaixada brasileira e que sejam usados todos os mecanismos possíveis para intimá-lo, já que "o que Israel está fazendo? Nada!!!".
Em mensagem que está circulando na internet, o cartunista afirma que: "se eles podem cometer 'assassinatos seletivos' de palestinos e cobrir Beirute com toneladas de bombas matando centenas de civis, não seria difícil 'neutralizar' um cartunista no Brasil, seria? Ameaças de morte, tentativas baratas de me aterrorizar, contudo, não vão impedir que eu continue apoiando a luta dos palestinos contra a brutal ocupação israelense. Tudo o que os capangas do Likud podem fazer é me silenciar com uma bala, mas nunca serão capazes de silenciar minha arte. Será preciso mais do que isso para calar".
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site do Latuff: http://latuff2.deviantart.com
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(...)"o problema é que sempre estou no congelador"(...)
Migh...estou torcendo por um black-out energetico...!!! Beijos da Italia!
Eu sei quem você é.
Fica aí querendo me conquistar falando da questão palestina... que bobo que tu é.
E olha que eu tou facinho, hein?
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