Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, março 05, 2006
Carta de amor.
Estive sem tempo no último dia 03, data em que esse blog completou um ano. Falei em publicar alguma coisa que me enviassem, digo, alguma coisa exclusiva para o blog. Recebi alguns escritos, mas achei melhor publicar uma carta que recebi na minha caixa postal essa semana. Não é bem uma carta. Talvez um bilhete. Veio escrita num papel de pão, ainda sujo de manteiga e cheirando a cigarro barato. Esse moço... o moço que escreveu isso, acredito que ele esteja deveras chateado comigo e quis me pregar uma peça. Prego também uma peça nele, publicando essa declaração idiota. Absurda? Não, ridícula. Sim, por que todas as cartas de amor são ridículas. E o resto... bem, o resto, vocês e o Pessoa já sabem.
Sua safada,
Sim, você não tem nome. Não tem direito de ter mais nome, depois de tudo que me fez. Sim, eu sei que te fiz chorar e toda essa porcaria que uma mulher apaixonada sente, mas o pior de tudo é que agora eu estou apaixonado. Quer dizer, ainda não sei direito o que é isso, mas eu te penso e quero que seja você a minha vizinha de casa. Aquela gostosa por quem eu toco uma quase toda a noite. Isso não quer dizer que não te pense. Você é muito sacana, por me fazer gostar de você bem mais do que você merece. E eu sei que você vai debochar e dizer que sou eu quem não te mereço, e eu sei que eu vou ter que concordar com você. Que grande merda tudo isso que eu estou dizendo. Eu só queria que você soubesse que
porra, eu não queria que você soubesse de nada disso.
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