Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, setembro 18, 2005
Tu já viveu cena de cinema? Cortaaaaaaa!
Cena de cinema. Minha vida em cor de rosa. Minha vida e de mais duas pessoas, em cor de rosa e dia de festa. Qualquer diretor pagaria bem pelo nosso roteiro de amor e amizade. Engraçado que no dia, dias depois, meses, não nos demos conta disso. Mas hoje, depois de um telefonema... discutíamos a beleza da vida e do dia em que juntos fomos numa quermesse. Perto de casa, nos divertimos juntos. Dançamos, bebemos, sorrimos, dançamos, conversamos, compramos doces e mais bebidas. Um casal de namorados, eu uma amiga, que poderia estar em qualquer outro lugar, mas estava ali. E não, eu não queria estar em outro lugar que não fosse perto daquela inocência, uma beleza de inocência que se podia até tocar com a mão, concreta.
Naquele dia, foi tudo fantátisco. E muito bonito mesmo, sem tempo pra pensar em tristeza. Como crianças bobas. Eu acabei esquecendo disso por que naquele dia eu liguei e ouvi coisas muito feias de alguém que não sabe o que é amar e queria que eu ensinasse. Pena que ele tenha sido tão pouco aplicado nos estudos... como eu pude deixar que uma ligação de 3 minutos empanasse o brilho daquele dia? Eu sou boba, e deus mora nos detalhes.
Por mais que eu queria, sou escritora boa assim não pra fazer vocês entenderem a magia desse encontro. Dessa coisa que está além das palavras, que está no olhar e no sorriso amigo, sem intenção de fazer com que as coisas mudem de lugar, pelo simples fato de tu estar ali o mundo é bonito, e não há mais precisão de nada.
E nesse mundo cão, nesse mesmo mundo cão que me faz chorar lágrimas e lágrimas, eu tenho essa dádiva, que é passar a noite nessa companhia de cuidado e de atenção. A delicadeza dos sentimentos... aquela noite me faz arrepiar, arrepio de saudade, de vontade de que o mundo saiba que amar é possível, e que fé ainda é uma das coisas mais bonitas do universo. Fé no outro, nas possibilidades, nos sentimentos... eu ainda acredito.
Além disso tudo, ouvi que eu sou uma menina legal, e que gostam de mim. E que só me disseram isso por que não sabiam mais o que fazer com tanto sentimento. Explosão. Coisa boa é gostar, gostar sem esperar que o outro goste na mesma intensidade, mas dizer que gosta, e resolver isso assim, dizendo que gosta. Eu faço muito isso, e achei bonito que fizessem comigo, faz tempo que isso não acontece. Aliás... não faz tanto tempo assim, não. Não posso me fazer de vítima, ando bem servida de bons sentimentos, devo estar colhendo as flores que plantei no jardim do coração de um bem-querer. Ou bens-querer. O segundo é o mais certo.
Tá vendo por que que eu nem posso reclamar da vida?
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