Você que me lê, me ajuda a nascer.
sexta-feira, setembro 16, 2005
Não sei de mim.
Não sei de mim, ando pensando, chegarei à conclusões. Eu fico aqui pensando que talvez eu não seja uma garota normal, normalzita. É. Que eu tenha mais medo do que eu disse que tinha ontem. Medo de relacionamentos. Por que cargas d'água eu funciono assim à distância, carta, bombom e flor, e depois, ao vivo... as coisas vão se desmoronando?
Eu sou terrível? Diga aí quem conviveu comigo! Mandem mensagens, digam como eu sou, como me comporto, quem sou eu na convivência pacífica de uma casa, de uma república... sou assim insuportável? Ou sou medrosa? Medrosa.
Medo de mudar, de ter que mudar os detalhes da minha vida, como talvez deixar outra pessoa escolher a sessão de cinema, ter alguém que não goste de Impressionismo ou do Wahrol do meu lado, ouvi-lo bocejar e ter que dar um sorrisinho... eu não quero isso. Eu sou insociável? Eu posso fazer sozinha? Eu não preciso te incluir no fim de semana, é isso? Oxalá deus.
Estou encafifada. Eu sei quem sou, mas não sei de mim com os outros. Isso é um problema da nossa idade, mora? Me disse um amigo, ele entende um pouco do que eu não sei de mim, acho eu. Conversa chata que tá ficando isso aqui. Eu falando do que eu não sei em mim mas que provavelmente é defeito.
Tou me protegendo do mundo quando o que eu mais digo é "Faze o que tu queres pois é tudo da lei, da lei", ou "Quem tá na chuva é pra se molhar.
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