Irei copiar as partes que mais gostei aqui:
De acordo com os dagara, amar é escutar. É preciso aprende a ouvir as próprias necessidades, mas também as da pessoa amada e as exigências da intimidade. Para conhecer o amor, é necessário, antes de tudo, conhecer a si mesmo e ao outro (p. 24).
Para os dagara, mais do que viver um romance, amar é um percurso de intimidade (p. 25).
A intimidade é o nome verdadeiro do relacionamento amoroso (p. 27).
Achei que o livro deixa a desejar no capítulo que fala um pouco da biologia para falar de relacionamento, porque penso nos meus amigos e amigas gays e não sei bem como lidar com essa ideia de a gente é bicho e se junta para reproduzir; acho que deve ter algo mais aí, mesmo na biologia.
Gostei de pensar o amor como um contar de histórias, um envolvimento que se faz entre narrativas e como é preciso não fugir do presente e nem do cotidiano, mas fazer dele algo extraordinário. Lembrar das histórias das mil e uma noites para fazer isso foi algo que achei lindo. Ah, se a gente puder fazer cada noite em que estamos com a pessoa amada um momento de alegria e aventura como Sherazade! Vamos tentar, né, gente?
Autoconhecimento como palavra-chave para o amor também me agrada. Se eu sei de mim, se posso falar de mim e do que sinto, como sinto, para a pessoa que amo, é um dos maiores presentes que posso oferecer em vida. Eu tento sempre sempre sempre fazer isso e, mesmo quando eu não consigo, eu sei que estou tentando. Nem sempre sei de mim mas, quando sei, falo e repito. Eu me sinto bem. Ao mesmo tempo também é certo que
Ninguém seria capaz de olhar os próprios olhos sem a ajuda de um espelho (p. 32).
Fico pensando o quanto precisamos das outras pessoas para nos conhecer, para dizer sobre nós, sobre o que aparece, o que sai para fora. Eu gosto de me relacionar justamente por isso! Me achar nos olhos de alguém e encontrar os olhos de alguém em mim. Ser espelho, refletir... e aprender.
A verdadeira face do amor é o equilíbrio entre prazer e cuidado (p. 168).
Isso é muito legal, demais da conta! Amei isso demais, gente, e vale para todo o amor, não apenas entre casais.
Não concordo com as ideias sobre ciúme, não. Eu acho que ciúme tem a ver com posse, em qualquer medida e, se eu pudesse, reeditaria o livro A origem da família, da propriedade privada e do estado, de Marx e Engels com o nome " A origem da família, da propriedade privada, do estado e do ciúme.
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