Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, janeiro 31, 2021

Swingueira.

Esse aqui é outro filme que nem tem mais para ver, disponível nessas mostras online.

A pedra.

Filmes tão massa e não acho trailer, mas pelo menos dá para ver aqui.

sábado, janeiro 30, 2021

Constatações.

A gente sempre acha mais bonito quando a gente não tem. E sempre acha mais valioso depois que perde. Vai entender a vida que a gente leva.

Que ninguém sofra ao descobrir essas verdades.

East Side Sushi.


 

La hora final.


 

Sylvia.


 

Invisible.


 

sexta-feira, janeiro 29, 2021

terça-feira, janeiro 26, 2021

segunda-feira, janeiro 25, 2021

sexta-feira, janeiro 22, 2021

Preço de Noiva, Buchi Emecheta.

 


Acabei de ler. Amei. Amei. Amei. Acho que não quero escrever mais nada, só vou escrever que é fantástico como Buchi nos faz ir e voltar sempre em seus livros, essa sensação de que podemos ser nós mesmas mas também estamos irremediavelmente ligadas a tudo que nos cerca, o tempo todo. Queria que ele tivesse 500 páginas, com descrições minuciosas sobre tudo que aconteceu depois da fuga e antes da morte do pai de Akunna, mas não é assim, às vezes a vida vem de golpe mesmo, como nos livros. 
Achei meio abrupto o amor de Nnando pela irmã, mas tá bom, o livro é fantástico demais, assim, de estalo. Tem mesmo de ler tudo para entender o que eu estou falando. Por isso é que eu não desisto das pessoas, dos filmes e dos livros. 

                                        Buchi Emecheta

quarta-feira, janeiro 20, 2021

terça-feira, janeiro 19, 2021

Terra das cinzas.


 

Porque amamos? O que os mitos e a filosofia tem a dizer sobre o amor, Renato Noguera.


Fiquei sabendo do livro e quando descobri que um amigo tinha emprestado de uma amiga, entrei na fila. De saída, posso dizer que não ser uma "monumental obra sobre o amor", como diz Djamila no prefácio. 


Irei copiar as partes que mais gostei aqui:

De acordo com os dagara, amar é escutar. É preciso aprende a ouvir as próprias necessidades, mas também as da pessoa amada e as exigências da intimidade. Para conhecer o amor, é necessário, antes de tudo, conhecer a si mesmo e ao outro (p.  24).

Para os dagara, mais do que viver um romance, amar é um percurso de intimidade (p. 25).

A intimidade é o nome verdadeiro do relacionamento amoroso (p. 27).

Achei que o livro deixa a desejar no capítulo que fala um pouco da biologia para falar de relacionamento, porque penso nos meus amigos e amigas gays e não sei bem como lidar com essa ideia de a gente é bicho e se junta para reproduzir; acho que deve ter algo mais aí, mesmo na biologia.

Gostei de pensar o amor como um contar de histórias, um envolvimento que se faz entre narrativas e como é preciso não fugir do presente e nem do cotidiano, mas fazer dele algo extraordinário. Lembrar das histórias das mil e uma noites para fazer isso foi algo que achei lindo. Ah, se a gente puder fazer cada noite em que estamos com a pessoa amada um momento de alegria e aventura como Sherazade! Vamos tentar, né, gente?

Autoconhecimento como palavra-chave para o amor também me agrada. Se eu sei de mim, se posso falar de mim e do que sinto, como sinto, para a pessoa que amo, é um dos maiores presentes que posso oferecer em vida. Eu tento sempre sempre sempre fazer isso e, mesmo quando eu não consigo, eu sei que estou tentando. Nem sempre sei de mim mas, quando sei, falo e repito. Eu me sinto bem. Ao mesmo tempo também é certo que

Ninguém seria capaz de olhar os próprios olhos sem a ajuda de um espelho (p. 32). 

Fico pensando o quanto precisamos das outras pessoas para nos conhecer, para dizer sobre nós, sobre o que aparece, o que sai para fora. Eu gosto de me relacionar justamente por isso! Me achar nos olhos de alguém e encontrar os olhos de alguém em mim. Ser espelho, refletir... e aprender. 

A verdadeira face do amor é o equilíbrio entre prazer e cuidado (p. 168). 

Isso é muito legal, demais da conta! Amei isso demais, gente, e vale para todo o amor, não apenas entre casais.

Não concordo com as ideias sobre ciúme, não. Eu acho que ciúme tem a ver com posse, em qualquer medida e, se eu pudesse, reeditaria o livro A origem da  família, da propriedade privada e do estado, de Marx e Engels com o nome " A  origem da  família, da propriedade privada, do estado e do ciúme.

                                                                            Renato Noguera

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Escolha da mulher negra.

Eu tou bem cansada de todo mundo achar que toda mulher negra solteira se sente sozinha e sonha com o casamento.

Oxe, gente. Que saco isso de uma história só, um jeito só de pensar a vida. Como se não pudesse ter mulher negra poliamorista, celibatária, assexuada.

Ainda que seja uma parcela pequena do mundo, existe. Não fale comigo como se soubesse do que eu preciso. 

Eu preciso é ser amada, preciso de cuidado e de prazer. 

Que saco do mundo.

Sonhos.

 

Vi foi aqui.

Virando gente.


Aqui!
 

Ursinho.




 Vê aqui.

Um grito parado no ar.


 

quinta-feira, janeiro 14, 2021

Do nada.

E foi em meio à aula de yoga, ninguém percebeu, eu dentro de mim, de um estalo, aprendi que estou errando de novo. Aí pensei pensei pensei e quase fundi a cuca, mas entendi. Me acalmei. 

Vi que tenho feito isso muitas vezes, com muitas pessoas, de vários jeitos, consciente e inconscientemente, sempre atrás daquela coisiquinha chamada amor, carinho, dengo. E eu não sei se vou parar, não, mas agora já sei, o inferno não são os outros, ele pode estar bem aqui, pertinho ou dentro de mim.

No final da aula, eu ouvi

... fique assim, aí, dentro dessa pessoa incrível que é você, carregada de luz

E flutuei de alegria e amor por mim mesma. Eu tenho jeito, então. Catei os pedacinhos das certezas espalhadas pelo tapete e me levantei, certa de que errar de novo, agora, pode ser uma escolha. 


Das vantagens de ser boba, adaptado de Clarice Lispector.

Escrevi e adaptei um texto que só conheci anteontem. Mas quá, como a gente não sabe nada mesmo da vida.

Das Vantagens de Ser Boba

A boba, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. A boba é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser boba às vezes oferece um mundo de saída porque as espertas só se lembram de sair por meio da esperteza, e a boba tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.

A boba tem oportunidade de ver coisas que as espertas não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante das bobas, e estes os vêem como simples pessoas humanas. A boba ganha utilidade e sabedoria para viver. A boba nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, a boba é uma Emecheta.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de uma desconhecida para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ela disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado uma técnica, a opinião desta era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser boba é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo. Enquanto a esperta não dorme à noite com medo de ser ludibriada. A esperta vence com úlcera no estômago. A boba não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobas com burras. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que a boba não prevê. [...]

Boba não reclama. Em compensação, como exclama!

[...]

A boba é sempre tão simpática que há espertas que se fazem passar por bobas. Ser boba é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que as espertas não conseguem passar por bobas. As espertas ganham das outras. Em compensação as bobas ganham a vida. Bem-aventuradas as bobas porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que elas sabem.

[...]

É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Frutas.

Eu amo o cheiro das frutas quando estão quase a madurar. Já escrevi poesia ao cheiro de mangas maduras. Invade a casa, goiabas, mangas e abacaxis, cheiros e sabores que lembram tempos e que me lembram que estou em casa, mais uma vez.

De manhã cedo, aqui, passa o moço vendendo tempero e frutas. Depois, o moço da uva sem caroço, que eu até já contei aqui. Eu adoro essas coisas. Essas gentes todas que passam na rua oferecendo coisas, sem pudor algum. Eles me acordam para a vida que vale a pena, para o que é preciso, para o que tem que fazer andar, para o necessário. Sempre.

Fico querendo às vezes escrever coisas que parecem não ter nenhuma conexão, mas que fazem completo sentido para mim. Não sei o que quem lê e me ajuda a nascer pensa.


Sakho et Mangane.


 

segunda-feira, janeiro 11, 2021

quinta-feira, janeiro 07, 2021

quarta-feira, janeiro 06, 2021

segunda-feira, janeiro 04, 2021

De novo.

Com você eu sinto vontade de tentar de novo

E uma canção de amor começou a tocar lá dentro do meu coração, de novo.

sábado, janeiro 02, 2021

Música.

Cazuza escreveu que queria ter a sorte de um amor tranquilo. Ele nunca teve tanta razão, todo mundo precisa viver para ter um amor tranquilo. 

E algum trocado para dar garantia.