Eu, medo (mas)
Me jogo, pulo alto.
Aposto, não acerto.
Vejo o erro e corro por ele, pra ele, deixo ele acontecer.
Sou humana feita com a mesma carne daquelas pessoas que erram.
Com medo, mas também pelo medo, vou ao encontro dele.
Feita de pó, lama, barro e espírito bruto
Estou errada, errante, sou medrosa
(mas) vou em frente.
Digo que não posso (é mentira)
Finjo que não (é mentira)
Roo unha, coço o indicador com a ponta da língua (é sim de verdade)
E penso nele
E em mim, nós dois.
Mas deixo pra depois
Me ocupo de coisas desimportantes (que às vezes tem ele também)
Ele, o erro.
Ele, o homem.
Ele, o precipício
E me lanço, voo alto, incerto.
Daqui de cima, um infinito de possibilidades.
Daqui de cima, um infinito de possibilidades.
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