Você que me lê, me ajuda a nascer.

sábado, abril 18, 2015

Precipício.

Eu, medo (mas)
Me jogo, pulo alto.
Aposto, não acerto. 
Vejo o erro e corro por ele, pra ele, deixo ele acontecer.
Sou humana feita com a mesma carne daquelas pessoas que erram.
Com medo, mas também pelo medo, vou ao encontro dele.

Feita de pó, lama, barro e espírito bruto
Estou errada, errante, sou medrosa
(mas) vou em frente.
Digo que não posso (é mentira)
Finjo que não (é mentira)
Roo unha, coço o indicador com a ponta da língua (é sim de verdade) 
E penso nele
E em mim, nós dois.

Mas deixo pra depois
Me ocupo de coisas desimportantes (que às vezes tem ele também)
Ele, o erro. 
Ele, o homem. 
Ele, o precipício

E me lanço, voo alto, incerto.
Daqui de cima, um infinito de possibilidades.


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