Você que me lê, me ajuda a nascer.

sábado, agosto 28, 2010

Kirimurê.

Espelho virado ao céu Espelho do mar de mim Iara índia de mel Dos rios que correm aqui Rendeira da beira da terra Com a espuma da esperança Kirimurê linda varanda De águas salgadas mansas De águas salgadas mansas Que mergulham dentro de mim Meu Deus deixou de lembrança Na história dos sambaquis Na fome da minha gente E nos traços que eu guardo em mim Minha voz é flecha ardente Nos catimbós que vivem aqui Eira e beira Onde era mata hoje é Bonfim De onde meu povo espreitava baleias É farol que desnorteia a mim Eira e beira Um caboclo não é Serafim. Salve as folhas brasileiras Oh! Salvem as folhas pra mim! Se me der a folha certa E eu cantar como aprendi Vou livrar a Terra inteira De tudo que é ruim Eu sou o dono da terra Eu sou o caboclo daqui Eu sou o dono da terra Eu sou o caboclo daqui Eu sou Tupinambá que vigia Eu sou o caboclo daqui Eu sou Tupinambá que vigia Eu sou o caboclo daqui Eu sou o dono da terra Eu sou o caboclo daqui Por Maria Bethânia, (mas letra de Jota Velloso)

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