Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, março 08, 2009

Cotidiano.

você diz que elas são comuns, mas elas são bonitas, você diz que eu sou bonita mas eu sou igual à elas
(...) é por que eu te amo, né?
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A moça-senhora depois da feira me viu no ponto de ônibus e parou, queria conversar. Me contou a vida inteira. Depois disse
tenho que ir lá na USP, arrumar meus dentes
E eu, inocente
ah, a senhora sabe, conhece o atendimento lá? é grátis
E ela
ah, minha filha, conheço, é ruim demais, caiu tudo, olha aqui
Sorriso sem graça. Meu, a senhora não quer sorrir. Chegou a perua, ela me deu tchau, me disse que era encostada mas fazia bico na feira, me pediu segredo que a Previdência não podia saber de nada.
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E eu adoro um amigo que diz
tudo isso aí é muito recente, coisa de cinco mil anos. nossa cultura é mais que milenar, esses problemas que inventaram nem são nossos
Adoro não. Eu tou apaixonada por ele, mas ele acho que não acredita. Disse que eu sou bonita, inteligente. Sou mulher, enfim. 
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Tanta coisa pra escrever, eu passo, esqueço. Vivo, sinto, esqueço. Só de escrever. Tá tudo aqui, na cachola do coração. Por que compreender é só mais um modo de sentir o mundo. 
Alô pandeiro, alô viola. 

2 comentários:

Mjiba disse...

Essa menina tem uma memória...
presenciei algumas coisas, mas não memorizei..esqueci..rs
bjs

Anônimo disse...

xora kavaco!