Você que me lê, me ajuda a nascer.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

"Baianinha, é?"

Domingo, esperando vôo com mainha em Congonhas, nada pra ler, lembro que na bolsa havia parte do jornal da Folha, Caderno Ilustrada. Surrupiei de um amigo para anotar as sessões de cinema, mas ali, sem nada para ler, comecei a folhear as poucas páginas. Me deparo com a "coluna social" de Mônica Bergamo, coisa mais provinciana que coluna social em jornal de cidade com mais de dez milhões de habitantes não tem, vamos lá. Leio que a entrevista são com namoradas de banqueiros, perguntas sobre como elas estão enfrentando o namoro nessa época de crise. Conversa vai, conversa vem, Monica dispara uma pergunta sobre escolha de namorada, essas coisas assim. No que dispara uma tal de Mariana rola isso, sim. É até feio falar, mas a ex-namorada do Marcelo era uma "baianinha". Tenho certeza de que o fato de eu ter morado no mundo inteiro, falar línguas, conhecer pessoas o levou a pensar: "Vou ficar com esse fim de mundo ["a baianinha"] ou fazer essa troca?". E me escolheu Li umas duas vezes, só pra me acostumar com a idéia de que o preconceito, num dos jornais mais lidos do País, é algo comum. Desde quando ter nascido nesse ou naquele outro lugar diz se somos fim ou começo de mundo? Não entendi nada. Mas pelo que entendo de leis, isso dá um looongo processo. E é o que eu vou fazer.

3 comentários:

Gerson Brandão disse...

Fez? Mandou um processo em cima da FDP da FSP?
Curti muito suas escritas. Parabens!!!
Gerson

Migh Danae disse...

Como tu chegou aqui, seo moço?

Migh Danae disse...

Semana que vem terei mais tempo pela manhã e vou no Poupatempo constituir advogado no Ministério Público para o caso.
O referido é verdade e boto fé.