Você que me lê, me ajuda a nascer.

sábado, abril 21, 2007

Hüzün.

Huzun é melancolia no livro de Pamuk. Tenho que ter esse livro. Enquando protelo, vou me deliciando com os artigos, que vão me atiçando. Atice-se você também. Procure na internet Istambul, de Pamuk. Ultimamente, livros como esse têm me seduzido. Mas eu também sei que tenho que terminar de ler Os Irmãos Karamazov, de você-sabe-quem. Ainda mais agora, com Revolução Russa na minha cabeça. Hunzun, com dois pontinhos em cima dos u's, eu também sinto em São Paulo, quando volto pra casa no domingo à noite, pensando no filme que vi friozinho, barulho chato do motor do ônibus na minha cabeça. Tá tudo tão vazio nessas horas que quase sempre quem senta lá no fundo arrisca acender um cigarro. Fuma até o fim. É isso. Numa cidade como São Paulo, é de se emocionar quando uma mocinha é assaltada no ponto de ônibus e um monte de pessoas empreendem uma caçada ao moleque pelas ruas; até o motorista do ônibus em que eu estava conduzia a operação. Vai por aqui, por ali, ele dizia. Ninguém me contou, eu vi. Esse ano, eu não tenho crianças. Me deram uma classe de anjos. Sim, anjos falam palavrão, eles aprendem com os adultos. São chatos e chatas às vezes, mas sempre aprendem com adultos. Como diz a Tatiana Belinky, adulto só atrapalha. Tentemos ser crianças, mais vezes, e melhor.

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