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sábado, abril 30, 2022

Machismo again.

Lembra de uma época, uma campanha em que se perguntava "onde você guarda seu racismo?". Eu às vezes tenho vontade de perguntar isso para os homens, onde eles guardam o machismo deles. É muito bizarro os caras não perceberem que vários processos inconscientes que eles não sabem nomear são... machismo.

Machismo mata, machismo adoece.

E eu odeio clichês, eu luto contra eles o tempo todo, mas preciso reconhecer o quanto essa desgraça faz mal para a gente. É um dor sem nome, justamente porque ninguém quer dizer o nome. Ninguém quer reconhecer que é isso, é machismo quando você não consegue prestar atenção na mulher que você vive dizendo que ama, quando você não é cuidadoso, quando você prefere viver pedindo desculpas a consertar as merdas que faz, é machismo e ponto, poxa, tão simples para nós, tão certo, tão fácil de ver. Tão dolorido de sentir.

E a gente não quer apontar, a gente quer que tenha esse reconhecimento e paz. Sem sobressaltos de alguém que tem medo de não parecer homem (ainda não consegui decidir se é pior o machista ou aquele que acha que está em desconstrução).

Esse machismo perverso, sutil para quem pratica, é o que vai nos levar a falência amorosa.

Desamor mata, desamor adoece. 

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