Lembra de uma época, uma campanha em que se perguntava "onde você guarda seu racismo?". Eu às vezes tenho vontade de perguntar isso para os homens, onde eles guardam o machismo deles. É muito bizarro os caras não perceberem que vários processos inconscientes que eles não sabem nomear são... machismo.
Machismo mata, machismo adoece.
E eu odeio clichês, eu luto contra eles o tempo todo, mas preciso reconhecer o quanto essa desgraça faz mal para a gente. É um dor sem nome, justamente porque ninguém quer dizer o nome. Ninguém quer reconhecer que é isso, é machismo quando você não consegue prestar atenção na mulher que você vive dizendo que ama, quando você não é cuidadoso, quando você prefere viver pedindo desculpas a consertar as merdas que faz, é machismo e ponto, poxa, tão simples para nós, tão certo, tão fácil de ver. Tão dolorido de sentir.
E a gente não quer apontar, a gente quer que tenha esse reconhecimento e paz. Sem sobressaltos de alguém que tem medo de não parecer homem (ainda não consegui decidir se é pior o machista ou aquele que acha que está em desconstrução).
Esse machismo perverso, sutil para quem pratica, é o que vai nos levar a falência amorosa.
Desamor mata, desamor adoece.
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