Sempre achei essa palavra linda, adoção.
Por algum tempo, me perguntei se eu queria ser mãe e se queria ter uma criança saindo da minha barriga. Uma amiga disse que quer ficar grávida porque quer curtir isso e ver como o corpo responde e muda, quer sentir no corpo as transformações. Achei bonito, mas ainda assim acho que não estou completamente convencida de que terei um bebê da minha barriga. Ainda tenho tempo para pensar nisso. Até lá, adoção é um bom começo nessa estrada de ser mãe.
Acho que também sempre tive um pouco de medo dessa responsabilidade. Achava que eu não teria tempo, que eu teria de abdicar de coisas para fazer isso, achava que não dava, não dava. Mas agora, é tudo ao contrário
Me sinto pronta para isso agora, com 36 anos. Sinto que agora, as coisas que quero viver comportam uma criança do lado. Uma ou mais. Quero viajar, conhecer lugares, mas tudo bem se puder fazer isso com uma criança junto. Quero ir ao cinema - ou desistir de ir - porque tenho ela na minha vida. Me peguei pensando que, no fim das contas, eu quero ter filhas e filhos mas não quero que pensem que eles dependem de mim. Eu quero que tenham a certeza que eu também dependerei da minha relação para ser feliz e uma pessoa melhor. Nesse sentido, ser mãe não é fazer pelo filho ou filha, é fazer pelos dois. Assim como os filhos e filhas também fazem pela gente.
Li essa
cartilha e vi que é bem mais fácil do que parece. Fiquei feliz só de pensar numa criança na minha vida. Isso deve querer dizer alguma coisa.
Não tenho problemas com idade e até adotaria um casal de irmãos (adotaria até mais, se dinheiro tivesse!).
Vamos ver o que acontece. Estou animada e pensando em muitas coisas novas que acontecerão depois que eu der o primeiro passo.