Ele respeitou, como sempre. Encontrei uma foto minha entre tudo que ele publicou, mas não dá pra saber que sou eu. É apenas parte de mim, ele sabe, eu sei. E só isso me basta para ainda hoje lembrar dele.
Remexendo em fotos antigas, uma surpresa. Encontrei fotos dele tiradas por mim, quando nos encontramos pela última vez. Eu havia comprado uma câmera e uma das coisas que ele fez foi me ajudar a entender a máquina. Há várias dele, em vários momentos. Há uma de suas mãos, de seu sorriso. Ele também tirou fotos, me explicando coisas de uma arte que eu sempre teimo em não aprender, porque acho perfeita, porque era dele para mim.
Nesse mesmo dia, uma senhora que passava na rua nos cumprimentou, dizendo que formávamos um casal negro lindo, Nos entreolhamos, não éramos mais um casal. Ele estava namorando com outra moça. Eu, não lembro. Apesar de dizer coisas que demonstravam que ela percebia que não éramos um casal, parece que tinha dito aquilo porque sentia que nos amávamos. Era um amor desses que não acaba quando namoro termina, por motivos que não falta de amor.
Eu acho que ele tem quase certeza que eu não o amava. Eu sei. Eu sou muito burra mesmo.
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