Vinho. Cor de vinho. Muito vinho. A solidão é vinho, e a minha cabeça roda. Danço nua na frente do espelho, sorrio, choro, penso em coisas, penso em pessoas, tenho frio. Sorrio. Penso em dormir, em escrever.
Não consegui assistir Nome Próprio. Não gosto da Clarah Averbuck. Não sei por quê. Acho ela pedante. Nem a conheço. Só acho, e não estou certa, vai saber. O filme é só baseado nela, ela mesma disse que não tem nada dela ali no filme, não no sentido literal, visceral. Mas não quero ver a Leandra Leal dando uma de junkie das letras, não faz o meu tipo esse tipo de escrita. Escrita como desespero? Até funciona, mas não daquele jeito. Daquele jeito do trailler. Para mim ficou fake demais. Talvez funcionasse com uma atriz desconhecida, ou, como chama as revistas que dizem entender de cultura, uma não-atriz.
Mas talvez, só para me contradizer, eu assista e goste. Por enquanto, vou de música boa e som de tecla batendo noite adentro. Fico pensando que alguém que pegou meu telefone vai me ligar, e eu vou dizer não. Só pela graça de dizer. Ir dormir só, encostar na parede fria no meio da noite, despertar com sede.
Gosto de conversar com pessoas, de fazer elas sorrirem. Gosto de rir com elas, de sorrir o sorriso delas, de ver a risada saindo da boca. Gostaria de saber dizer as coisas que sinto do jeito que sinto, mas não saem, não sei dizer tudo o que sinto, fecho os olhos e me concentro na guitarra que dedilha notas no meio de mais uma música, mas já passou, agora não vai dar mais, espero a guitarra, espero uma ligação, esperoespero.
Com sono.
E fez-me rir o Pedro, falando sobre o acordo ortográfico. Esse moço é um docinho:
Algumas observações interessantes: ultra-romântico, será ultrarromântico; ultra-som, ultrassom; microondas, agora é micro-ondas; reescrever, talvez, passe a ser re-escrever – existe a variedade rescrever e também o conceito de composição para definir essas coisas. Agora, inter-racial, será inter-racial, mesmo, nada de interrracial, não senhor! Bastante lógico, não? O novo acordo, ora busca fundamentos na fonética, ora na cabala ou na astrologia (www.balaiodopedrao.blogspot.com)
E viva Marcos Bagno, que me libertou, hallelujah, diz Ray Charles em sua música Hallelujah I Love Her So.
7 comentários:
tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu... nesses dias a gente sempre pensa que uma garrafa de vinho, um homem de boca cor de vinho ou um amor ruivinho sejam a solução. mais que nada. esses dias geralmente vem acompanhados da sensação de que, isso tudo e nada junto não vão servir de nada. enfim, passei por aqui outras vezes, por indicação de uma amiga e acho seus textos parecidos (será uma cópia mais original?) com algo que eu escrevia em tempos atrás e hoje não consigo mais escrever. passe lá: www.vidaquecomeca.zip.net... muito prazer, gabriella.
Que amiga? Me diz!
Cheiro,
wine? a Amy? Onde? Ha!
uma amiga daqui da bahia q tava fazendo um trabalho sobre o ilê e acho que, por uma dessas xeretações de internet acabou caindo aqui. seu espaço é bacana, gosto sempre de passar por aqui quando tô de bobeira. abraçs...
Nossa, adorei, obrigada, venha mais, venha sempre!
Cheiro,
iupiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Oi, anônimo iupi.
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