Você que me lê, me ajuda a nascer.
sexta-feira, setembro 26, 2008
Ainda criança.
Estava eu, ali, brincando na sala com o laptop de uma criança, de brinquedo, estava eu ali, digitando, absorta, no que me cutuca uma outra criança, me prevenindo
tá sem pilha, professora
Me ajeitei na cadeira, fingi não ouvir bem, continuei teclando, todo mundo agora sabia que era tudo mentira, que não tinha pilha e era só minha imaginação, não se fazem tempos e espaços como antigamente, quem dirás das crianças, ora vejam só.
Antes eu tinha passado na casa de Vó Teté, já falei dela aqui, já falei de Vô Florêncio, em dezembro completam 50 anos de casamento, hoje ele me disse
eu amo essa moça aí mesmo, por que o que ela me aguentou
Vó Teté suspira, lamentando o periquito que morreu, Vô Florêncio resmunga
só falta morrer o dono da casa
Vó Teté se irrita e diz,
se você morrer, é melhor que eu vá logo junto, aguento não
Tanta dose de amor assim, no meio do dia, quem não aguenta sou eu. Dormi um pouquinho e vim trabalhar. Não sem antes ouvir vô dizer
gente criada no mundo fica danada demais. eu nunca estudei, sou analfabeto, mas o mundo é uma escola para quem não sabe viver
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