Você que me lê, me ajuda a nascer.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Departures.
Também tive meu amor de verão a la Beauvior-Sartre. Um homem que me dizia tudo, tudo, desde o seu primeiro amor aos motivos que o fizeram olhar pro lado mais uma vez. Que me contou o que fazia aos 15 anos, quantos cd's do Bowie tinha, quem foi a primeira namorada, quando tinha sede, sono, vontade de conversar, de fazer amor, de dar risada. Um homem que queria realizar todos os meus sonhos, mas eu esperta não contei todos, então ele disse, promete que só vai realizar comigo, quando a gente se encontrar de novo, no inverno. Eu disse sim, por que ele me prometeu nunca mais beber Coca-Cola.
Foi tão perfeito que acabou. A gente de mãos dadas o tempo inteiro, ele na minha casa, almoço, festa de família, fotos e sorrisos, eu querendo ficar no seu colo mais um pouco, pra nunca acabar aquela estrada e sentir pra sempre o cheiro doce da felicidade. Mas, mas, mas, falamos um pro outro, daqui a pouco seria chato ser tão feliz, então por isso ele foi embora, e eu também.
E a gente nem chorou, prometemos que não íamos fazer essa coisa boba de chorar em despedidas, que nem casal bobo, por que a gente não é um casal bobo, a gente é o casal mais lindo do mundo, separado apenas por um oceano.
E agora é só vazio, preenchido com coisas pra fazer, trabalho, escrever na agenda, metas pro ano todo, viagens. Só eu sei que no fundo, no fundo, espero dezembro chegar. Torcendo pra ele estar lá, me esperando, pra viver mais um amor de verão.
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2 comentários:
Que inveja!
hunf!
Bobo.
Inveja nada, você mente melhor do que eu.
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