Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, janeiro 21, 2007
sexta-feira, janeiro 19, 2007
quinta-feira, janeiro 18, 2007
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Departures.
Também tive meu amor de verão a la Beauvior-Sartre. Um homem que me dizia tudo, tudo, desde o seu primeiro amor aos motivos que o fizeram olhar pro lado mais uma vez. Que me contou o que fazia aos 15 anos, quantos cd's do Bowie tinha, quem foi a primeira namorada, quando tinha sede, sono, vontade de conversar, de fazer amor, de dar risada. Um homem que queria realizar todos os meus sonhos, mas eu esperta não contei todos, então ele disse, promete que só vai realizar comigo, quando a gente se encontrar de novo, no inverno. Eu disse sim, por que ele me prometeu nunca mais beber Coca-Cola.
Foi tão perfeito que acabou. A gente de mãos dadas o tempo inteiro, ele na minha casa, almoço, festa de família, fotos e sorrisos, eu querendo ficar no seu colo mais um pouco, pra nunca acabar aquela estrada e sentir pra sempre o cheiro doce da felicidade. Mas, mas, mas, falamos um pro outro, daqui a pouco seria chato ser tão feliz, então por isso ele foi embora, e eu também.
E a gente nem chorou, prometemos que não íamos fazer essa coisa boba de chorar em despedidas, que nem casal bobo, por que a gente não é um casal bobo, a gente é o casal mais lindo do mundo, separado apenas por um oceano.
E agora é só vazio, preenchido com coisas pra fazer, trabalho, escrever na agenda, metas pro ano todo, viagens. Só eu sei que no fundo, no fundo, espero dezembro chegar. Torcendo pra ele estar lá, me esperando, pra viver mais um amor de verão.
segunda-feira, janeiro 08, 2007
O fantástico mundo de... o meu.
Não tenho tempo, não quero ter. Tenho ouvido, visto, sentido e cheirado, mastigado e lido coisas que estão tomando minhas idéias, corpo e coração. Não consigo raciocinar direito, ora é o cheiro de sabores novos, cores diferentes, novas paisagens, sentimentos. A idéia de que o amor nunca foi e nem nunca estará preso a convenções de namoro, amizade e casamento só reforçam a minha vontade de continuar vivendo, provando, sentindo, escrevendo.
Não é que eu possa dizer que não o amo, não é que eu possa dizer que ele é o homem da minha vida ou que estamos namorando. Ele simplesmente existe e colore a minha vida e está bom assim, não quero mais nada além de ser feliz, e isso ele me faz, com um cigarro no canto da boca e atirando no alvo pra me dar um ursinho, reclamando que fez muitos pontos, o suficiente para levar o maior de todos, mesmo que a gente ainda queira caminhar pela praia e um Bob Esponja enorme iria fazer a gente pegar um táxi. C'est la vie, eu lhe disse. E ele sorriu. Então o mundo inteiro deixou de ter importância por que ele estava ali, sorrindo, e era pra mim, só meu, aquele sorriso. E quando como criança eu viro pra ele e falo: Me dá um beijinho, ele acha engraçado e entra no jogo, não liga de jogar comigo e me chama pra dançar no meio da pista, por mais bobo que isso possa parecer, é amor, é amor.
E não me importa que amanhã eu vá embora, ou ele vá antes, o que importa é que todos esses dias nós somos só a gente, e o mundo que se dane. Importa olhar nos olhos dele, importa´tomar uma cerveja falando de Césares e Roma, falar do cachorro do grande Júlio César, brincar quem é mais potente, Pelé ou Maradona, falar mal dos franceses, mas falar bem de Paris, importa ser feliz. E isso, ah, vou te dizer, como ele diz: a voglia, a voglia, eu sou, eu sou.
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