Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, junho 02, 2006

Borocoxô.

Do nada assim. Vixe. Eu quase nunca escrevo aqui do meu trabalho no blog. Mas hoje me senti assim tão sozinha e querendo dividir com não-sei-quem que tou aqui escrevendo, enquanto minhas colegas de trabalho falam sobre relacionamento, casamento, vida a dois e etc. Talvez isso me deprima mais. Talvez seja a TPM. É passageiro, eu sei. No horóscopo me disseram que eu deveria aceitar ajuda de amigos no fim da noite. Acabei de desmarcar alguma coisa, alguma ajuda. Não quero, não gosto, não sou apta a ser legal quando tou borocoxô. Não se explica o que é ser borocoxô. Não se nasce assim, isso acontece do nada, e do nada esse estado vai. Parece um espírito desencarnado. Vixe 2 vezes. Sinto falta da minha família, de passar por lugares da minha infância, de sorrir com o vendedor de bolinhos que passava na minha rua gritando "Olha o bolires", me sinto meio perdida, sem noção de território ou fronteira. Sinto falta do cheiro de mar, do som do meu cachorro que todos os dias latia religiosamente às cinco da manhã quando minha mãe acordava pra dar um oi pro namorado, sinto saudades disso tudo, mas não é só isso. Digo pra mim mesma que nem posso reclamar por que fui eu quem escolhi isso, fui eu quem quis correr "mundo" e estar aqui agora, eu acho tudo isso muito interessante, mas às vezes vem umas bad trip's meio loucas que me deixam mal e me baqueiam, aí quero ver ninguém não, quero me encontrar primeiro pra dizer o que me aconteceu, que bagunça. Esse é o pior. Eu sou a única culpada dessa merda que sinto agora. Pode até ser positivo. Mas agora não. Agora, definitivamente, não.

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