Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, novembro 27, 2005

Sem calcinha.

Você já tentou, babe? É muito melhor, Luana Piovani que o diga. Eu estou adorando a sensação. Mas não vou contar detalhes. Vista a sua roupa, esqueça a calcinha, faça compras, pague com cartão, encha o tanque, leia livros, mande mensagens, fale no celular, sem calcinha. Você vai acabar tendo uma outra visão de mundo. Simples assim. O que uma peça de roupa pode fazer ou não fazer por você. Isso é filosofia pós-moderna pura, babe. Pode crer. Vou é cuidar dos meus amigos que é o que eu tenho de mais bonito e precioso nesse mundo. Por isso hoje eu liguei pra você, você, você e você. Faltou você, eu sei. Mas eu dormi na sua casa semana passada, acho que isso quer dizer alguma coisa. O que me deixa mais triste é que o meu celular com identificador de chamada não identifica suas chamadas. Whitheld? Que droga. Mas você me ligou, acredite quem quiser. Eu acredito em você. E em Kirk e Spak. Ouvi "eu te amo" ontem. Na verdade, nessa vida, eu ouvi poucos "eu te amo". E desses todos, só um eu não quis ouvir e não acreditei. E eu estava certa. Por mais que me digam que amor é uma coisa que nem se pode entrar em discussão, que quem diz que ama diz que ama e ponto, não há o que discordar. Mas daquele jeito, e naquele dia, eu não acreditei. Era encanto, surpresa, felicidade, companhia. Tudo de bom, menos amor. No entanto, "whitheld" não diz que me ama. E nem quero, ainda bem. Mas eu acredito nele. "I Gotta Finde Peace of Mind". Eu choro junto com ela, vocês acreditam nisso? Tentem, vocês também conseguem. Estou fazendo um esforço enorme pra afastar da minha vida pessoas que me fazem mal. É a primeira vez em 25 anos que tomo essa decisão. Não é fácil, por que eu sou uma chata Caxias e acredito que estou sempre errada em minhas conjecturas sobre algo ou alguém. Mas nesses casos... vou deixar como está e parar de me punir por não querer sofrer. É normal isso? Eu sempre acreditei que ninguém nesse mundo faz mal pra alguém deliberadamente. Mas pode ser inconscientemente, o que dá no mesmo, às vezes. Por isso, decidi afastar, pra não ter que pensar no que fazer, pra não chorar que nem boba. Ora, se me faz mal, é justo, sim? Sim? Bem, fico na dúvida, mas, na dúvida, vou deixando como está e encontrando respostas enquanto há dúvida. Um dia eu me ajeito direito e páro de deixar essas bobagens me atacarem assim de maneira tão vil. Oh, Poliana. Oh, oh, oh. Eu sei que não devo ser assim tão boazinha, tenho pensamentos impuros o tempo todo, penso em mim, em mim. Meu comportamento não está acima de nenhum julgamento. Na verdade, eu tenho certeza absoluta que sou uma chata. Por favor, gente, No Direction Home de Natal. Bob Dylan agradece.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Eu sou uma chata.

Vejam bem, eu não gosto de enganar ninguém. Sou chata sim. Sou a pessoa mais Caxias que conheço. Diz aí, quem você conhece que fica o tempo todo se perguntando se o que fez foi certo ou se deveria mesmo mesmo torcer o nariz praquela pessoa, filme ou exposição? Eu sou Caxias demais, e comigo então... nossa, nossa. Quando alguém me diz que sou legal demais, vou logo prevenindo: "Não é bem assim não, tenho lá minhas paranóias..." Mas eu não tenho culpa de não ter ido com as fuça do Moreira Salles. O João. Assisti metade de um debate com ele. Sim, metade. Por que não conseguiria ficar a outra metade ouvindo-o falar aquelas coisas, sem me pronunciar e tentar colocá-lo no lugar dele. Oh-oh, eu sei lá o lugar dele, é só uma frase de efeito, gente. E nem é criticando a amizade dele com o VP, não. Ele pra mim pode ser amigo de quem ele quiser. O que me irritou foi a sua pretensa neutralidade, como se um documentarista, por não ter a obrigação de denunciar nada, pudesse realmente estar assim tão outside. Pelamor. Agora fico achando que essa discussão sobre o filme Entreatos é realmente só marketing pesado, afinal, as tiragens de documentários brasileiros em DVD são tão pequenas que o cabra tem que fazer alguma artimanha pra promover o DVD... é isso. Mas aí eu fico me perguntando se ele é assim mesmo um cara cheio de palavras num discurso vazio ou estava num dia ruim. Com esses vôos chatos entre SP e RJ que te fazem ficar 40 minutos aguardando pouso... isso mexe com a cabeça do pobre. Né? Não que ele tenha falado só besteira. Mas ele mesmo disse, "Notícias de uma Guerra Particular" não tem quase nada de novo, a não ser umas poucas cenas de lugares que provavelmente não serão abertos tão facilmente para entrada de uma equipe de filmagem. Mas não fui só eu quem levantou no meio do debate. E também, quem precisa da maioria... eu sou eu, licuri é o diabo. Aí hoje eu estava numa reunião e numa conversa informal com minhas colegas de trabalho descobri que só eu tinha gostado da convidada para o debate político. Sou do contra, me disseram. Pois eu gostei da moça, gente, ela pelo menos não enrola ninguém à caça de votos, chegou lá e foi dizendo o que muita gente não queria ouvir, mas era a mais pura verdade. Eu prefiro assim.Não passou a mão na cabeça, nada. Nada. Engraçado. O pessoal reclama de políticos que mentem e quando me chega uma que diz a verdade, ficam meio assim assim. Gostam mais daquele outro que senta e almoça junto. E faz a politicalha suja e fajuta. Gostei dela mesmo. Mas não é que tenha gostado de tudo que ela falou, não é isso. Só achei louvável ela chegar e dizer pra um monte de possíveis votantes que não apoiaria uma ação deles só por dizer, quando ela mesma lutou a vida inteira contra isso. Grosso modo, é o mesmo que pedir pro Gabeira assinar um documento vetando a pesquisa sobre os efeitos da marijuana em pacientes terminais. Pelamordedeus. Estou ouvindo muito ultimamente Bob Dylan e Son House e Tom Paxton. Deve ser por isso que eu sou chata. E velha, minha gente, e velha. Ah, e Guthrie. O cara tem uma música, "This Land is Your Land", que seguramente, se eu tiver uma criança, vou fazê-la ouvir, em algum momento da sua infância. Eu ia gostar de ter 25 anos e lembrar de ter ouvido o cara cantar essa musiqueta enquanto eu brincava no balanço no quintal do vizinho ou coisa parecida.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Una marea di bene.

Eu odeio retrospectivas, por isso vou fazer uma meia boca aqui, logo em novembro, pra fugir das convenções e da normalidade. Não que eu faça isso sempre, eu no fundo sou bem careta e falo em casamento após alguns meses de namoro, penso em ficar junto... essas coisas. Me preocupo se as pessoas do meu lado estão se sentindo bem, tudo isso que reza a boa educação. Mamãe me ensinou a ser gentil com as pessoas, sorrir, sorrir, me ensinou a arte de ser feliz, enfim. Mas eu queria mesmo dizer que esse ano eu consegui fazer quase tudo que eu me programei para fazer, e aquilo que eu não fiz normalmente foi por que me escapou das mãos, ou não esteve na minha alçada para resolver. Estou satisfeita, mas os projetos continuam, eu não me prometo nada no fim do ano, mas sempre digo pra mim mesma que eu tenho que cumprir o que prometo, acho que isso virou obsessão pessoal, não é nada com você, veja bem. Eu tenho lido pouco, digo, poucos livros e periódicos, além dos de sempre, mas tenho visto muita coisa interessante. O último filme foi "As Invasões Bárbaras", acabei comprando. Mas Cinemas, Aspirinas e Urubus me deixou em estado catatônico de êxtase. Isso existe? Vamos inventar. Ah, estar ontem num show infantil cantando "Fico Assim sem Você" com mais 10 mil pessoas, mas ligar para alguém que está a milhares de quilômetros de distância foi uma das experiências mais fantásticas desse ano. Melhor, eu não estava bêbada, e nem foi tão caro. Tá vendo, a gente até que pode fazer umas loucurazinhas de vez em quando, a gente que não se permite, ninguém se permite nada e acaba que morre de tédio. TEM CRIANÇA NA PLATÉIA? Eu realmente estou provando um período da minha vida muito, mas muito singular: de um lado não tenho paz nem paciência pra muita coisa, e de outro, ando desfrutando de sensações intensas de aprendizado e felicidade... papo de pedagoga mais chato... aham, tento me explicar aqui: estou vendo minha vida tomar um rumo que me agrada profudamente, comecei a procurar casa pra morar sozinha, inauguro uma fase importantíssima, me preocupando com cada detalhe, assumindo mesmo mesmo o comando das coisas (quem é que manda aqui?), e o mesmo mesmo ali em cima não foi sem querer, é proposital sim. Enfática. Ou serei eu insistente? Bem, só sei que esse processo tem me trazido alegrias e descobertas, estou me vendo ora pronta, ora desfeita, mas sempre decidida. Acabei chegando à conclusão de que eu já sou "metade gente" faz tempo, mas que ainda não havia me acostumado com isso. Pode parecer bobo ou divertido ou soar como surpresa, mas ainda hoje, quando me perguntam quando eu calço ou quanto eu visto, titubeio e digo: "Nunca sei direito... nunca comprei essas coisas, sempre usei o que minha mãe me comprava"... e aí nem parece eu falando, uma garota que vive como cigana desde os 3 meses de idade... estranho. Quem serei eu, afinal? Eu tenho identidades cambiantes, como diria Hall. Todo mundo tem. Bom mesmo é saber disso e não entrar em paranóia. Ah, esse mês... quanta surpresa... 25 anos eu precisei viver para ouvir (ler) um garoto me pedir desculpas. Mas nada forçado, nada fake. Simplesmente desculpa. Foi tão simples que na hora nem fiz caso. Depois me dei conta o quanto ele faz tudo diferente do que eu imagino, mesmo. Aí, constatando isso, fiquei com uma vontade imensa de ver o Amelie Poulain de novo, nem imaginava que isso ia acontecer assim, eu queria ver a Amelie na bicicleta com ele, e o anão de gesso viajando o mundo. Sei lá por que, deve ser por que é bonito. E mais uma vez, vamos lá: UEL, UEL, UEL, GABRI-EL... Eita vida boa da porra.

domingo, novembro 13, 2005

Hic.

Sim, eu estou bêbada. Muita gente diria que não é a hora mais certa de escrever aqui, mas como esse lugar ainda é só meu, eu continuo fazendo o que quero aqui. Sim, eu estou bêbada e sozinha. As pessoas acham que isso não é normal, ser feliz e estar só, já faz algum tempo que é assim, não se é feliz só quando se é par, eu adoro ímpar. 25 anos. Eu quis amar alguém tempo faz. Achei que era o tempo certo, o cara certo, mas enfim, não foi. Agora estou brigando pra saber o que eu sinto por ele, se é maior a tristeza de não ter dado certo ou a indiferença. Tem alguma coisa de errado comigo, eu mudei ou mudaram as estações. E não é por que eu te liguei que eu estou babando. Tou sentindo falta das palavras bonitas fora de hora, do rapto, de saber, que alguém lá no Alabama muito me ama. No fundo, eu sou uma sonhadora bêbada e você sabe disso. Sabe também que eu sou uma garota legal e não quer me perder. Vou fazer pipi. Não volto mais.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Alone.

Estou me sentindo muito só. Porque você não vem aqui ficar comigo?

segunda-feira, novembro 07, 2005

Casa.

Que estranho. Estou me preparando para comprar uma casa. Uma casa. Eu, uma casa. Muito engraçada. Mas com teto, e com muita coisa dentro.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Sérgio Machado, eu te amo.

Eu quase disse isso pra ele hoje, mas ia soar forçado demais. Hoje foi a primeira vez que falei com ele, deixa pra uma próxima. Quem é ele? Diretor do Cidade Baixa e minha mais nova paixão no mundo do cinema, depois de Lázaro Ramos. Depois de Matheus Natchergaele. Vejam os sites: www.cidadebaixaofilme.com.br www.cinemaemcena.com.br/cidadebaixa/blog.asp e entendam todo o meu tesão.

terça-feira, novembro 01, 2005

Ci sei?

Eu estou tão feliz que nem enxergo a realidade. Preciso fechar os olhinhos para sorrir o tempo todo, quase caio da cadeira. Engraçado que ontem a TPM queria me assustar, cara mais feia. Só que hoje eu acordei colorida, e as notícias não poderiam ser melhores. OK, estou pronta para decolar! Eheheheheheh!