Adoro livros que me levam para outros livros. Com esse aqui foi isso, eu nunca li Clarice Lispector. Antes de começar a trabalhar, eu li coisas que me chegavam às mãos. Nunca pude escolher o que ler. Eu lia os livros de português na escola, aqueles textos que vinham para serem estudados a cada unidade do livro, eu lia o que tinha, tudo que chegava. Monteiro Lobato, Jorge Amado, eu li tudo que tive acesso e eu não tive acesso à Clarice.
Mas agora A hora da estrela vai me conhecer. Macabéa aqui é um pedaço da gente, é bonito de ler e a interpretação no final do livro falou dentro de mim, como eu pensava que seria. Uma das coisas mais bonitas da minha vida hoje é ser quem eu sou. Que orgulho disso.
Eu gosto tanto de Conceição Evaristo que no dia que eu a vi pessoalmente não consegui dizer nada. Nada. Fiquei parada ali, olhando para ela, as pessoas pedindo para tirar fotos e eu parada. Estática. É que ela para mim é raio de sol, força do vento, é natureza, é parte de mim e do mundo inteiro que eu escolhi viver, não consegui dizer nada disso. Eu já falei isso aqui, né?
Quero encontrar com ela de novo e dizer todas as palavras que eu não disse.
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