Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Borrão, 27 de dezembro.

Não reclamem dos borrões, foi um dia agitado. Mas eu queria deixar aqui gravado alguma foto desse dia (adoro esse penteado).





domingo, dezembro 08, 2013

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Mais de mil brinquedos para a criança brasileira.

Quem não foi, tem que ir. Exposição bárbara no SESC Pompeia, nos relembra o bom da vida.
Olha aqui, ó:


Morro dos Prazeres.


segunda-feira, novembro 25, 2013

domingo, novembro 24, 2013

terça-feira, novembro 19, 2013

Trampolim do Forte.


Fui assistir ao filme porque gosto de ver Salvador no cinema. Particularmente, gosto de filmes que falam de infância, que tratam de criança. Pensei que o filme superaria os clichês da infância negra que rouba-mata-vende picolé. Não foi mais do que isso (com a graça e a beleza de nossa língua baiana, com nossa graça. Mas isso até o ior filme rodado na Bahia vai ter, está no pacote).
Eu penso: os meninos, as meninas, precisam estar na escola para serem escolhidos para fazer um filme onde eles vivem uma realidade onde escola não tem vez. Paradoxal, né? Eu se fosse diretora pegava essas crianças tudo e botava para fazer um filme fora dessa tal realidade que a classe média soteropolitana insiste em imprimir à infância negra. Porque não botar as crianças pretas voando num espaço sideral, astronautas?
Por isso que eu digo, eu quero saber como vive a classe média, exploração da miséria no cinema eu estou de saco cheio. Porque essa galera não faz um filme sobre eles mesmos, condenando suas próprias absurdices? Pimenta no dos outros é refresco.
Não é que não tenha nada disso, rouba-mata-vendepicolé. Mas não tem só isso. Gringo safado, pastor ladrão, menino de rua que rouba, policial safado. Esse roteiro foi escrito mesmo ou foi só "extraído da realidade"?
Ri pouco no filme, chorei menos ainda. Fiquei meio sem vontade de sentir.

segunda-feira, novembro 11, 2013

quinta-feira, novembro 07, 2013

sexta-feira, outubro 18, 2013

Saudade.

Eu não escrevo mais. Primeiro porque não sinto a mínima vontade de falar da minha vida pessoal. A cada dia que passa, fico mais reservada. Saí do Facebook e evito falar de mim no twitter. O que as pessoas precisam saber de mim elas já sabem. Até mais, na verdade.
Cansei disso. Deveria usar o blog para divulgar outras coisas. Mas aí não seria mais um blog de mim, mas das coisas que estou fazendo. Talvez eu devesse aposentar de vez isso aqui. Também é uma boa ideia. 
Eu escrevia muito, talvez porque sentisse a necessidade de falar, falar. Agora, eu quero falar, mas mais de perto e com pouca gente. 
Uma vez vi no Facebook de uma amiga de meu namorado uma coisa assim: Quer falar ilimitado? Encontre-se ao vivo. Achei ótimo. Deveria ser assim mesmo. Mas as operadoras de telefone captaram nossos sentidos, há gentes que não conseguem mais dizer o que sentem se não for por sms, elas escrevem o que pensam porque sentem vergonha do olho no olho. E criam um novo jeito de resolver problemas, arrumando outros tantos. 
Eu tenho medo de tanta modernidade. É por isso que não tenho whatsapp (uma vez tive esse troço e as pessoas me mandavam sms, me escreviam whats, eu passava a maior parte do tempo com a cara enfiada no celular, não via mais nada além de uma pequena tela de celular), não tenho internet no celular. Mas eu já disse isso e não quero ser a mais chata. 
Só não quero mais me dividir com tanta gente. Eu já tenho várias gentes para cuidar que eu não dou conta, eu tenho mil viagens na cabeça. 

Vou ali comprar um sorvete.

Ciúme.

Às vezes pergunto-me rindo se sou ciumenta ou finjo não ser. Ou finjo ser.

Tudo novo de velho.

Nova vida, novas coisas. Não tão novo assim, mas ontem me perguntaram se eu tinha medo de mudança, do novo. Eu tinha acabado de escrever uma carta dizendo que não gostava muito disso, mas depois eu cheguei à conclusão que não desgosto tanto assim.
Lembrei que moro na mesma casa há três anos e ando meio agoniada para sair. Gosto da mudança não quando mudei tudo, mas precisamente como estou agora, no processo da mudança, ajustar as coisas, testar, ver como vai ser melhor, por aqui ou por ali. 


Amor.

O amor me deixou mais serena. Vivendo a vida um dia de cada vez.

sexta-feira, outubro 11, 2013

A última estação.


Vejam trailer do filme aqui.

domingo, outubro 06, 2013

O que a gente faz com a felicidade.

E a gente desconfia e vive estranhando a felicidade, quando na verdade ela deveria estar entranhada em nós, poros, respiração. A gente ri e desconfia, fica feliz e ainda não sabe se é certo ser feliz.
Sem medo e sem culpa, vamos aprender a viver toda a felicidade que há pra viver.
Vamos nos permitir. 

quinta-feira, outubro 03, 2013

quinta-feira, setembro 12, 2013

quinta-feira, setembro 05, 2013

Espinha no rosto.


Parece que tudo na nossa vida se resume a tempo. E tudo é pelo tempo que a gente morre, que a gente se irrita. 
Essa semana me peguei com uma espinha no rosto. Eu gosto de esperá-la sair sozinha, fico ali vendo ela crescer e depois sumir, aos poucos, sem deixar rastro. A moça que me viu no banheiro cultivando minha espinha disse que ficava agoniada e me mostrou o rosto com as marcas da agonia dela, ex-espinhas.
Eu disse que achava divertido esperar, vê-la formando-se e ir embora. Igual frieira, bicho de pé, que chega e vai embora. Igual aos problemas.
Mas ah, o tempo. A gente não tem tempo. E quando tem, não sabe o que fazer com ele. E se faz algo que ninguém acha produtivo, sente-se mal e prefere voltar a reclamar que não tem tempo.
Às vezes me pego fazendo exercícios como hoje, de comer uma tangerina de dez gomos em vinte minutos, só pra ver se consigo ir devagar, ir contra o tempo.
Contraotempo, contratempo. É palavrão e parece errado, mas devia mesmo é parecer injusto.

segunda-feira, setembro 02, 2013

quinta-feira, agosto 22, 2013

terça-feira, agosto 20, 2013

Primeiro Olhar - II FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO PARA BEBÊS.


O Grupo Sobrevento realiza, de 23 de agosto a 16 de setembro, o PRIMEIRO OLHAR – II FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO PARA BEBÊS. A programação tem ENTRADA FRANCA e reúne as Cias. La Casa Incierta (Madri-Espanha), Teater Refleksion (Aarhus-Dinamarca), Les Incomplètes (Québec-Canadá), Cia. Pés Pequenos e Grupo Sobrevento (São Paulo-Brasil), que apresentam espetáculos, participam de mesas-redondas e coordenam oficinas no CLAC – Centro Livre de Artes Cênicas de São Bernardo do Campo, no Espaço Sobrevento e em Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo. Voltados para o público de seis meses a quatro anos, os espetáculos revelam um teatro surpreendente, provocador, poético, comovedor, moderno, que mostra a maturidade alcançada pela Arte voltada para a primeira infância e os novos caminhos teatrais que ela aponta.

Há cerca de oito anos, o SOBREVENTO pesquisa o Teatro para Bebês e mantém um intercâmbio artístico com a Cia. La Casa Incierta, pioneira do gênero na Espanha. O grupo vem realizando palestras, debates, encontros e oficinas, vem promovendo apresentações de companhias estrangeiras no país e realizou um Festival e um Ciclo Internacionais de Teatro para Bebês nas cidades de São Bernardo do Campo, Rio e Brasília. Longe de ser uma aventura, esta iniciativa desbravadora parte de um dos mais respeitados grupos teatrais brasileiros e sua seriedade é assegurada por uma carreira sólida de 27 anos, ao longo dos quais o SOBREVENTO tem colecionado os principais prêmios do país e conquistado um público fiel.

O TEATRO PARA BEBÊS é uma proposta pioneira no Brasil, onde enfrenta muito preconceito (que cai por terra quando se presencia a reação dos bebês e de seus pais aos espetáculos). Vem ganhando espaços cada vez maiores, mundialmente. Parte do princípio de que a capacidade poética nasce com o ser humano e de que os bebês têm direito à Cultura e ao convívio social. Acredita que um bebê não é uma tabula rasa e que a comunicação com ele é possível, importante, necessária, desde o primeiro dia de vida, vida que começa antes do nascimento. Sabe que os bebês entendem tudo o que é importante, mesmo antes de aprender as regras, gramaticais, de boas maneiras, de convívio social, dentre muitas outras. Não associa entendimento a raciocínio lógico. Questiona o Teatro que o Teatro se tornou e lembra que temos mais a aprender com os bebês que a ensinar-lhes. Lembra que Teatro é comunhão, jogo, encontro, um espaço sagrado de festa e de descobrimentos. Impele-nos a olhar velhas coisas como pela primeira vez e a redescobrir a capacidade de nos maravilhar que já tivemos e que ainda podemos recuperar.

O Festival Primeiro Olhar promoverá durante quatro semanas 40 apresentações de 6 espetáculos, duas mesas-redondas e uma Oficina de Teatro para Bebês, destinada a artistas, pesquisadores e educadores.

O projeto é uma realização do Grupo Sobrevento e conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2012, Prefeitura de São Bernardo do Campo, Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Instituto Cultural da Dinamarca, Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca, Ministério da Cultura da Dinamarca, Agência de Arte da Dinamarca, Conselho de Arte da Dinamarca, Canal Curumim, Escritório do Governo do Québec em São Paulo, Conselho de Artes e Letras do Québec (CALQ), Ville de Québec e INAEM – Instituto Nacional de las Artes Escénicas y de la Música – Governo da Espanha. Confira a programação:

23 de agosto, 19h – ABERTURA DA MOSTRA - MESA-REDONDA “Criação no Teatro para Bebês – Pedagogia ou Poesia?” - GRUPO SOBREVENTO | BRASIL e CIA. LA CASA INCIERTA | ESPANHA - CLAC – São Bernardo do Campo

CIA. LA CASA INCIERTA | MADRI_ESPANHA - Espetáculo CAFÉ FRÁGIL (Desayuno Fragil) - 24 de agosto, 11h e 14h | 25 de agosto, 9h e 11h | CLAC – São Bernardo do Campo >>> 31 de agosto e 1º de setembro, 16h | Espaço Sobrevento – São Paulo

Café Frágil é um espetáculo de teatro de objetos criado a partir do universo do multiartista titaliano Antonio Catalano – do grupo Casa degli Alfieri, fruto de um projeto interativo entre teatro e artes visuais. O espetáculo revela, com um jogo de sombras e objetos, um universo mágico presente no cotidiano de todos. A Companhia vem ao Brasil graças ao apoio do INAEM - Instituto Nacional de las Artes Escénicas y de la Música, da Espanha.

GRUPO SOBREVENTO | SP_BRASIL - Espetáculo BAILARINA - 24 e 25 de agosto, 16h | Espaço Sobrevento – São Paulo >>> 14 e 15 de setembro, 11h30 e 14h30 | CLAC – São Bernardo do Campo >>> 10 de setembro, 14h e 15h | CEU Alto Alegre >>> 11 de setembro, 14h e 15h | CEU Navegantes >>> 12 de setembro, 14h e 15h | CEU Quinta do Sol >>> 13 de setembro, 10h, 11h, 14h e 15h | CEU Jaçanã

Uma mulher recebe de presente, de sua filha, uma caixinha de música, com uma bailarina. Entre colares e a dança da bailarina, ela se lembra dos sonhos esquecidos e abandonados e questiona o equilíbrio que buscou e que encontrou. Esta conquista, porém, afastou-a do risco, do medo, da queda e das emoções mais profundas que sua filha – agora, do mesmo modo que quando era pequena – teima em despertar. Bailarina é um espetáculo muito íntimo e delicado, feito de silêncios, ações físicas, utilização de objetos, valorização das mínimas ações: pequenas coisas que, na relação com a primeira infância, tomam uma dimensão muito maior.

GRUPO SOBREVENTO | SP_BRASIL - Espetáculo MEU JARDIM - 31 de agosto e 1º de setembro, 11h e 14h | CLAC – São Bernardo do Campo >>> 7 e 8 de setembro, 14h30 e 16h | Espaço Sobrevento – São Paulo >>> 9 de setembro, 14h e 15h | CEU Três Lagos – São Paulo

Entediado, em meio a um deserto, um viajante decide criar um jardim. Mas como fazê-lo? A partir do texto da autora belga de origem iraniana Mandana Sadat, o Grupo Sobrevento compõe um espetáculo que fala de esperança, de sonho, do desejo e da possibilidade de transformar o mundo, em uma paisagem que poderia ser o Irã, como poderia ser o Brasil. A montagem utiliza elementos visuais e sonoros próprios da cultura brasileira, que a aproximam da cultura iraniana e que, curiosamente, parecerão familiares a cidadãos de todo o mundo.

CIA. PÉS PEQUENOS | SP_BRASIL - Espetáculo JARDIM DE CAICARA - 7 e 8 de setembro, 14h | CLAC – São Bernardo do Campo

A peça mostra a pequena Caicara, que um dia resolve quebrar a rotina do seu jardim e sai para passear sem a companhia dos pais. Do lado de fora desse ambiente familiar, ela começa a perceber e explorar o mundo, entrando em contato com novos objetos. O espetáculo aborda os desafios de ficar em pé e afastar-se dos pais. Este projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012.

TEATER REFLEKSION | AARHUS_DINAMARCA - Espetáculo SONGS FROM ABOVE - 14 e 15 de setembro, 11h e 14h | CLAC – São Bernardo do Campo (sala de dança)

Neste espetáculo, o público é convidado a entrar em uma tenda - uma grande instalação plástica - e coloca-se bem juntinho da única atriz que, em um cenário claro e limpo, em um ambiente silencioso, em uma atmosfera de tranquilidade e serenidade, conta uma história singela e tocante. Ela narra o sonho de uma criança, de uma forma simples e delicada, com pequenos bonecos, valendo-se de truques ao mesmo tempo simples e surpreendentes. É, entretanto, a fineza e sutileza do trabalho desta única atriz, brasileira radicada na Dinamarca há muitos anos, que, em português, magnetiza, deslumbra e envolve um público de bebês e pais em uma experiência inesquecível. O espetáculo vem ao Brasil graças aos esforços do Instituto Cultural da Dinamarca, que, com o Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca, com o Ministério da Cultura da Dinamarca, com a Agência de Arte da Dinamarca, com o Conselho de Arte da Dinamarca e com o Canal Curumim, subvencionam a turnê do Teater Refleksion pelo país.

LES INCOMPLÈTES | QUÉBEC_CANADÁ - Espetáculo EDREDON - 14 e 15 de setembro, 16h | Espaço Sobrevento – São Paulo

Edredon é uma reflexão na hora em que se põe a cabeça no travesseiro sobre vários temas tais como intimidade, sonhos, relacionamentos e espaços desconhecidos. Primeiro trabalho da jovem companhia sediada na cidade de Québec, Les Incomplètes, encenado bem próximo ao público e repleto de sensações, poesia, sombras, projeções, luz e música. O espetáculo vem ao Brasil e participa da Mostra graças ao apoio do Escritório do Governo do Québec em São Paulo, do Conselho de Artes e Letras do Québec (CALQ) e da Ville de Québec.

OFICINA: “Em Busca de uma Dramaturgia para a Primeira Infância” - com a CIA. LA CASA INCIERTA | MADRI_ESPANHA - 30 de agosto | 2 e 3 de setembro, das 9h às 12h | CLAC – São Bernardo do Campo - Público: Destinada a artistas, pesquisadores e educadores (25 vagas). Inscrições pelo e-mail info@sobrevento.com.br

O Teatro para Bebês obriga os seus criadores a uma nova postura e a um novo olhar. Partindo do pressuposto de que todo ser humano tem uma capacidade inata de entendimento, de comunicação e de sensibilidade, chegamos a um ponto que desconhecemos, em que temos mais a aprender que a ensinar. Não nos servem mais os truques, as caretas, as cartas na manga, a emoção técnica e superficial, os velhos esquemas. E, de quebra, descobrimos que o espaço, o jogo, a forma e o lugar social que o Teatro assumiu também podem ser questionados. E que estas ideias às quais andamos agarrados - mesmo princípios científicos e fundamentos pedagógicos - não passam de preconceitos. E temos que olhar tudo como pela primeira vez. E redescobrir aquilo que achávamos que conhecíamos. Em busca de um novo Teatro, de uma nova comunicação e de nós mesmos. A oficina será um bom momento para começar a desconfiar do que acreditamos saber e confiar no que desconhecemos.

16 de setembro, 19h – ENCERRAMENTO DA MOSTRA - MESA-REDONDA “O Ator no Teatro para Bebês – Caminhos para uma Comunicação Poética” - GRUPO SOBREVENTO e CIA. PÉS PEQUENOS | SP_BRASIL, LES INCOMPLÈTES | QUÉBEC_CANADÁ e TEATER REFLEKSION | AARHUS_DINAMARCA - Espaço Sobrevento – São Paulo

O IDEALIZADOR DO PROJETO

O GRUPO SOBREVENTO é uma das companhias de Teatro Animação que mais se apresentam no exterior. No Brasil, realizou diversos eventos internacionais e faz a curadoria de muitos Festivais Internacionais de Teatro e de Teatro de Animação. Desenvolve uma pesquisa avançada, teórica e prática, acerca do Teatro para Crianças, no Teatro de Animação. Tem renome internacional e uma carreira sólida de 27 anos. Tem recebido prêmios ou indicações para prêmios (Mambembe, APCA, Shell e Estímulo) e críticas elogiosas que destacam principalmente o aspecto da pesquisa e a inovação em cada montagem. Realizou em 2010 a Mostra PRIMEIRO OLHAR - I Festival Internacional de Teatro para Bebês, em São Bernardo do Campo e, em 2011, o PRIMEIRO TEATRO: I Ciclo Internacional de Teatro para Bebês, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Sobre as companhias participantes

LA CASA INCIERTA é precursora do Teatro para Bebês na Espanha e direciona seu trabalho a este público há mais de 13 anos. Realiza um Festival Internacional de Teatro para Bebês em seu país que já se encontra em sua décima edição. Seu diretor, Carlos Laredo, dirigiu por 10 anos o Festival Teatralia, um dos maiores eventos de artes para crianças da Europa, e também ocupou a direção da Rede de Teatros de Madri.

Fundada nos anos 80, REFLEKSION é uma das companhias mais importantes da Dinamarca. Dedica-se ao Teatro para Jovens, Crianças e Bebês. Com uma linguagem particular, que se vale da utilização de objetos, marionetes, atores e um grande apuro plástico, a companhia conquistou, por sua trajetória, o respeito de artistas, público e críticos, e tem recebido muitos prêmios em seu país.

LES INCOMPLÈTES é uma companhia de criação teatral e de pesquisa inspirada na pluralidade das disciplinas artísticas. Atualmente, dedica-se principalmente as pesquisas voltadas para primeira infância, público que abre as portas para uma narrativa baseada na imagem e nas sensações. Com o objetivo de criar um vínculo social e enriquecer o processo de criação, a companhia também participa de projetos de ação cultural, visando aproximar a comunidade, os artistas e suas obras. Está sediada em Québec, onde existe uma longa tradição de espetáculos para o público infantil e onde acontece o Festival Petit Bonheurs, que está em sua 10º edição.

A CIA. PÉS PEQUENOS nasceu de uma pesquisa acerca da primeira infância iniciada em 2009, pelo Núcleo Trecos e Cacarecos – companhia teatral com vinte anos de existência, cujo repertório é centrado no trabalho para crianças e jovens. O grupo vê a criança como um indivíduo capaz de viver um acontecimento teatral e busca uma linguagem cênica capaz de propor a bebês, pais e educadores um diálogo sensível, proporcionando-lhes uma experiência de fruição artística.

CLAC – Centro Livre de Artes Cênicas. Praça São José, s/nº – Baeta Neves – São Bernardo do Campo – Telefone: (11) 4125-0582.
Espaço Sobrevento. Rua Coronel Albino Bairão, 42 – Metrô Bresser-Mooca – Telefone: (11) 3399-3589.
CEU Três Lagos. Estrada do Barro Branco s/nº – Barro Branco – Telefone: (11) 5976-5643.
CEU Alto Alegre. Rua Bento Guelfi, s/nº, Jardim Laranjeira – Iguatemi – Telefone: (11) 2075-1012.
CEU Navegantes. Rua Maria Moassab Barbour, s/nº – Parque Residencial Cocaia – Telefone: (11) 5976-5533.
CEU Quinta do Sol. Av. Luiz Imparato, 564 – Vila Cisper – Cangaíba – Telefone: (11) 3396-3433.
CEU Jaçanã. Rua Antonio Cezar Neto, 105 – Jardim Guapira – Telefone: (11) 3397-3977.

Os locais serão adaptados para receber os bebês e seus pais e contarão com assentos especiais para bebês, trocador, assentos sanitários infantis nos banheiros e brinquedoteca, além de um estacionamento para carrinhos de bebê.

Duração: Os espetáculos têm duração de 30 a 45 minutos.

Capacidade e recomendação: 80 lugares - destinam-se a um bebê de 6 meses a 3 anos de idade com um acompanhante, em um total de 40 lugares para bebês e 40 lugares para acompanhantes, por sessão (com exceção do espetáculo SONGS FROM ABOVE, que comporta apenas 40 espectadores entre crianças de 2 a 4 anos e adultos).

Ingressos gratuitos, distribuídos meia hora antes de cada sessão. É recomendável fazer reserva pelo e-mail info@sobrevento.com.br.


segunda-feira, agosto 12, 2013

domingo, agosto 11, 2013

quarta-feira, agosto 07, 2013

Sol.

Ele me dizia que não, mas eu nunca dizia totalmente sim.
Era assim a nossa vida.
Mas teve vezes que eu nem queria dizer talvez.
Eu me entreguei, bem verdade.
Mas quem não se entrega quando é bom?
Não sou culpada, nem vítima.
Fui amada, consumida. Tive vida.

terça-feira, agosto 06, 2013

Uma releitura "africana" de cenas de cinema.

Os fotógrafos Omar Victor Diop e AntoineTempé foram convidados a fazer releituras de imagens memoráveis do cinema mundial  e olha o que deu:




Mais coisas aqui.

domingo, agosto 04, 2013

Apenas o vento.

Assistam o trailer aqui.

quinta-feira, agosto 01, 2013

Alvin Ailey Dance Center.

Vi no jornal a foto de uma dançarina negra lindona, essa aí.


Quis descobrir o que era e fui caçar o nome da companhia na InternetDescobri que o tal Alvin Ailey foi nada mais que um ativista afro-americano que juntou um monte de gente preta pra dançar.
Dá para conferir coisas sobre a vida dele aqui.


O mais legal de tudo isso é que a galera vai estar aqui em setembro. Dá para comprar ingresso aqui.
Dá pra saborear um pouco a beleza do que o pessoal faz aqui:



O site oficial do pessoal é esse
.

domingo, julho 28, 2013

sexta-feira, julho 26, 2013

domingo, julho 21, 2013

quinta-feira, julho 18, 2013

Mudanças (e permanências).

O doutorado se aproxima. Vou fazer coisas que gosto de novo, ter aulas, fazer pesquisa. Mas dessa vez quero só estudar, viajar, fazer outras coisas que não trabalhar. Não sei se vou conseguir fácil, porque adoro o que eu faço. Sou um caso atípico de pessoa que trabalha porque ama (bom, é certo que eu gostaria muito de trabalhar menos e ganhar mais, mas continuaria na mesma profissão).
Lá vou eu.
Encontrei duas colegas de jornada e ficamos algumas horas relembrando nossas histórias de superação. Isso tudo porque a gente vai escrever um artigo juntas. Foi gostoso, porque de algum modo fazia parte do trabalho conhecer o que pensávamos sobre nós mesmas e a vida. E me senti melhor sabendo (de novo) que não estou sozinha nessa caminhada.
Eu sei que não estou. Mas eu me sinto sozinha, desamparada, muitas vezes. Eu ainda me espanto com o fato de não ter me acostumado com São Paulo estando aqui há quase dez anos. Dia desses eu falei "cuba de gelo" e um amigo riu, dizendo que nunca mais tinha ouvido essa expressão. Até eu ri, falei sem traduzir.
Não me acostumei e fico banza, vez ou outra. Alguma coisa acontece no meu coração e nem preciso cruzar a Ipiranga com a São João. Aí eu corro a cidade e volto pra casa. Chego no Grajaú e as coisas se acalmam, não entendo. Um amigo diz que eu não gosto de São Paulo, mas gosto do Grajaú. Ele tem razão.
Grajaú me lembra coisas de outras épocas, gosto da visão de casas e ruas largas, as pessoas na rua.
Gosto de conversar com as pessoas, de ganhar tempo andando devagar e reparando nas coisas. Eu fico melhor aqui, e cada vez melhor entrando cada vez mais dentro da zona sul. Não sei se tem a ver com fato de me reconhecer na cara e nos gestos das pessoas desse lado da ponte pra cá, eu sou elas e elas sou eu. Estou em casa, mesmo na rua. Não preciso correr.
O mais engraçado (ou louco) é que, quando a gente se sente sozinha, a gente vai se acostumando a ficar só, pra aprender a ficar só. E depois, vai passando para um outro estágio (que me assusta também), o de começar a gostar de viver só, não querer mais conviver com outras pessoas.
Paradoxal isso. Contraditório, mas eu também aprendi com a idade que a vida é mais incerteza e a tensão da contradição do que certeza e calmaria. Aliás, fico pensando às vezes que deve ser pra isso mesmo que a gente vive. Para pagar a língua, contradizer-se.
Tenho mil ideias na cabeça, mas uma ideia é fixa: voltar para casa. E não de qualquer jeito. Eu quero voltar, mas de um jeito, fazendo o que gosto, tendo as minhas liberdades, porque não quero arrepender-me de ir assim, de cara. Brigar com o mundo. Quero ficar em paz, ter sensação de dever cumprido comigo mesmo.
Mas isso implica às vezes em aprender tudo de novo.
Aprender, por exemplo, que namorar é bom não apenas porque você tem alguém para beijar e abraçar, mas para descobrir mais sobre você. Coisas ruins também. Dividir, conviver. Coisas que com o tempo de solidão a gente vai desaprendendo (porque tem que desaprender, para não ficar louca. A gente aprende a fazer coisas só para não sofrer de solidão. Depois, se aparece alguém, pena junto para aprender a conviver). Não sei dividir problemas, por exemplo. Não acho que ninguém mereça ouvir meus lamentos (na maioria da vezes, acho que nem posso me lamentar muito e vejo que sou uma mal-agradecida. Tudo isso porque, convivendo com alguém, tenho essa noção mais ampliada). Mas descobri que, quando alguém te ama, ela quer saber o que te deixa triste e quer ficar ali, mesmo pra fazer nada. Mas eu não sei lidar com isso.
É preciso paciência.
Lá vamos nós.

Eu, ranzinza.

Quando não gosto, não gosto. Já perdi muita coisa por causa disso, mas não vou ficar lutando contra, quem quiser gostar de mim eu sou assim. Agora que já vi Paulinho da Viola é que falo isso com mais gosto ainda. Há algumas coisas que me deixam adoecendo. E eu nem sei porque. Gentes que me deixam a ranzinzar. Não sei direito, mas de repente acontece. Uma palavra ou gesto e aquela pessoa não me desce mais. Sou chata, chata. E não consigo mudar assim depressa.
Nem tento, também. Eu sou assim e gosto de ser assim. Gosto de partes de mim que parecem defeitos. Aliás, são defeitos. Eu sou eufemista com meus defeitos e digo que eles só parecem defeitos, mas eles são.
Bom, eles são para outras pessoas, para mim são minhas características. E é por isso que sou tão apegada a eles. Sabe Clarice, a tal Lispector? Ela diz:

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Então pronto. Uma das minhas características que mais me identificam, por exemplo, pode beirar a sociopatia. Eu só falo com quem eu gosto. Digo, eu convivo com pessoas que não gosto (descobri bem tarde que não preciso gostar de todo mundo, o pensamento romântico-cristão me seduziu muito tempo), mas muitas vezes sou forçada a isso e não é porque quero. Mas, se é alguém que posso dizer não, eu digo numa boa, sem pena, sem medo e nem vergonha. Eu fecho a portinha da minha vida na cara dela. E não fico triste. É só um jeito de resolver as coisas, eu não quero que ela mude de vida nem de ideia para ser minha amiga, às vezes não é nada, é uma coisiquinha que eu não gosto e não vai valer a pena para ela mudar tudo, nem vai valer a pena para mim mudar tudo, deixemos como está. Simples assim.
Não vou morrer, nem ninguém. Estou ficando velha há anos e penso assim há tempos. Por outro lado, há gentes que chegam há pouco e já quero dizer eu te amo. Eu sou completamente louca.
Eu ouço música, converso com crianças, leio livros, para melhorar. Mas às vezes não adianta muito.



Minha mãe é uma peça.


Recomendo ver O Riso dos Outros, documentário disponível no Youtube, antes ou depois do filme:


terça-feira, julho 16, 2013

Luzes da cidade.


Quem chorou nessa hora põe o dedo aqui que já vai fechar.

quinta-feira, julho 04, 2013

Das coisas que se aprendem.

Eu gosto de ouvir as crianças falarem. Eu gosto. Não é que posso fazer isso sempre, mas quando eu posso, eu gosto.
Semana passada uma das crianças chamou o pai da colega de feio. Conversando com ela, perguntei:
- E seu pai, você acha feio também?
Ela ficou em silêncio. Eu repeti a pergunta, a cara dela foi murchando, parecia triste. Ela não respondia. Depois de um tempo, ela disse:
- Ele é negro.
E não disse mais nada. Como se tivesse respondido que sim. Fiquei triste com ela, triste junto.

Ontem, foi um menino. Ele vive falando de namoro com as meninas da sala. Perguntei para ele o que era namoro. Ele disse que namoro era coisa do diabo. Eu perguntei o que era o diabo.
- É um homem preto.
Perguntei à ele se ele era branco. Ele disse que não com a cabeça. Perguntei se ele tinha um pouco de preto na pele. Ele me disse que sim. E riu sem jeito.

Das coisas que se aprendem (e não são legais).

domingo, junho 23, 2013

sexta-feira, junho 21, 2013

O racismo que existe por aí.

Uma vez, conversando com um amigo, advogado negro, ele me disse que um dos motivos pelos quais alguém poderia ser denunciado por preconceito racial seria se esta pessoa, entre outras coisas, cerceasse a liberdade de ir e vir de alguém (ou lhe impedisse o acesso, as oportunidades) por conta de seu pertencimento racial. Hoje, ao precisar entrar no Conjunto Nacional para comprar um DVD' numa livraria no centro de São Paulo, um segurança branco disse-me que eu não entraria, porque a livraria estava fechada, em razão dos protestos que pipocavam na rua à frente. Argumentei que era impossível estar fechada e que eu precisava entrar, em vão.
Aguardei por alguns minutos, sem muitas esperanças, mas eis que surge um grupo de pessoas brancas, duas mulheres e um homem, e começam a dizer:
- Precisamos entrar, vamos buscar uma encomenda, somos estudantes...
Nem terminam a frase, o segurança negro - que acompanhava o moço que me disse não - indica o caminho. Fiquei atrás do grupo e disse:
- Se eles vão entrar, eu também vou.
E ele respondeu-me:
- Calma, senhora, a senhora vai entrar, calma.
Disse a ele que estava sendo tratada de modo diferente daquele grupo que havia chegado depois de mim e entrado sem fazer muito esforço, que eu não ia aceitar receber um tratamento que não me desse o mesmo direito... demonstrei chateação, mas a voz começou a embargar e foi sumindo... fui falando e andando, calei-me.
Entrei, fiz minhas compras. E pensei, quando sair lá fora de novo, vou conversar com ele, pedir desculpas pela minha agressividade, não sou de fazer dessas coisas, mas queria que ele entendesse que ele não havia me dado o mesmo tratamento e não havia me olhado como ser humano, gente que compra, gente que vai para lá e para cá.
Respirei fundo, passei por ele e disse que perdoasse minha cabeça quente, que eu havia me irritado demais, ele reconheceu que não havia sido justo, mas não por racismo, e sim, talvez, por uma orientação mal dada por parte da segurança interna... apertamos as mãos, fui-me embora.

E fiquei pensando que, por mais que eu gritasse com ele, que o xingasse de racista ou mesmo que conversasse com ele por horas, não conseguiria tirar de dentro de mim essa sensação de incapacidade e impotência que essas situações me fazem sentir... essa sensação de que nada do que vivo fazendo, conversando, as aulas que ministro, cursos de formação, as leituras, escrituras sobre o tema da educação para as relações raciais, nada disso vai adiantar.

Houve um tempo em que eu queria ir pra cima, criminalizar, prender, brigar, me esgoelar. Depois de um tempo, eu entendi que o racismo é estruturante das relações humanas e comecei a perceber que quem pratica o racismo é muitas vezes vítima. Agora, penso em querer educar para a vida em conjunto e não apenas ver a pessoa na cadeia. Estou nesse tempo agora. Por isso, fui lá conversar com ele. Mas, não é fácil e também não "resolve", como não resolve só prender. Tem um sentido político criminalizar a ação racista, mas a gente, que vive o racismo de todos os dias, sabe que não são as penas que mudam a cabeça das gentes. 

Mas, o que eu gostaria mesmo é de estar num tempo em que eu não precisasse viver isso. Ouvir, ver. Fico tentando pensar que não, ele não fez isso. Fico tentando imaginar que não foi bem assim desse jeito, mas foi, mas foi. Então lembro de como seu corpo se projetou a favor do grupo enquanto elas falavam e de como nenhum dos dois nem ao menos deram-me atenção direito (perto de mim havia uma outra mulher negra, essa mais moça, com os cabelos presos para cima, crespos também, que foi ignorada ainda mais por aqueles homens. Eu disse-lhe, assim que o grupo chegou, que se ele favorecesse a estes e nos deixasse de fora - ela também queria ir à livraria - eu iria reclamar por conta do favorecimento, citando para ela que só porque éramos pretas ele não poderia nos tratar assim. Ela disse um "é, isso ainda existe", de cabeça baixa e mexendo no celular), como o segurança branco nem ao menos se deu ao trabalho de dizer ao grupo de pessoas brancas o que havia me dito, sobre a livraria estar fechada e como ele nem lembrou de me incluir no grupo para entrar, visto que a orientação havia sido mudada em cinco minutos... e finjo não querer acreditar que eles realmente me desqualificaram pela minha cor e cabelo.

Lembro agora que eu só continuei ali quando eles me disseram não porque, um outro segurança, o primeiro a quem eu havia me dirigido, chamou-me de canto e disse: Espera um pouco, vou dar um jeito. Voltei a ele quando o moço me disse que a livraria tinha fechado, e ele passou a conversar comigo, falávamos da manifestação. Isso me deixou em dúvida sobre a livraria estar ou não fechada, mas, por ver a outra moça negra e a boa vontade dele, fui ficando. E comecei a reparar nas pessoas que iam entrando, até que... o tal grupo chegou. Se não tivesse sido tão rápido, eu teria ido para casa realmente achando que ninguém havia entrado, que a regra valia para todo mundo. Não veria assim, a discriminação dos seguranças e seus favorecimentos por conta da cor da pele. Fiquei pensando então que talvez isso já tivesse acontecido comigo outras vezes, mas a questão é que eu sempre ia embora com o primeiro não. E talvez nesse primeiro não, já houvesse um tiquinho de preconceito e desfavorecimento.

Na hora, e um pouco depois, não consegui entender o que estava me incomodando. Mas, assim que cheguei em casa, desabei em lágrimas. E só então entendi que estava chorando porque não queria ter passado por aquilo, porque sei o quanto aquilo vai me fazer mal, vai me tornar uma pessoa mais dura e menos esperançosa da vida, das pessoas. Uma agonia, não sei se consigo me fazer entender. Mas a sensação de que não sou vista como gente, como ser humano, pelas pessoas ao meu redor é... triste, deprimente... dolorosa, indecente! Fui lembrando de tantas situações! E chorando de novo por cada uma delas.

Espero uma flor. Talvez uma camélia possa me fazer mais feliz e me fazer menos doída.

quarta-feira, junho 19, 2013

A cor da Alegria.


Por Eric Paiva. 

Sarará Crioulo.

Nas Ilhas Salomão, um país localizado no Oceano Pacífico, cerca de 10% da população nativa, de pele negra, tem cabelo naturalmente loiro. As hipóteses locais eram de que a cor do cabelo desses habitantes louros seria resultado da excessiva exposição ao sol, ou de uma dieta rica em peixe. Outra explicação seria a herança genética de ancestrais distantes — mercadores europeus que passaram pelos arquipélagos.
Todas essas hipóteses foram derrubadas por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, que descobriram que a variante genética responsável pelo cabelo louro dos insulares é diferente da que causa a mesma característica nos europeus.
O geneticista Carlos Bustamante e sua equipe publicaram as descobertas na revista Science. Eles analisaram amostras da saliva de mais de mil habitantes nascidos na ilha, com atenção especial para um subconjunto, formado por 43 louros e 42 pessoas de cabelos escuros, e conseguiram rapidamente identificar um gene responsável pela variação da cor do cabelo chamado de TYRP1 - ele é conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos. Sua variante encontrada nos cabelos louros dos habitantes das Ilhas Salomão não é encontrada no genoma dos europeus.










sexta-feira, junho 14, 2013

terça-feira, junho 11, 2013

segunda-feira, junho 10, 2013

PROJECT IMPLICIT SOCIAL ATTITUDES (Teste de Associação Implícita).

Eu descobri essa página em um artigo de Hélio Schwartsman para a Folha de São Paulo há algumas semanas . 
Copio aqui o que ele escreveu:
"Eu já havia explicado numa coluna mais antiga como o IAT funciona, mas, dado que isso é central para compreender o tema de hoje, refaço a empreitada.
Considere a seguinte lista de palavras: João, Joana, irmão, neta, Beth, filha, Miguel, sobrinha, Ricardo, Leonardo, filho, tia, avô, Roberto, Cristina, pai, mãe, neto, Filipe, Sofia.
Agora a releia dizendo para si mesmo "olá" cada vez que encontrar um nome próprio ou de parentesco masculino e "adeus" quando as palavras forem femininas. É fácil, não é mesmo?
Passemos à fase dois.
Agora, sua missão é voltar à lista e dizer "olá" para os nomes próprios masculinos e relações de parentesco femininas e "adeus" para nomes femininos e ligações familiares masculinas. Se você é uma pessoa normal, ficou bem mais difícil. O tempo para desempenhar a tarefa deve ter subido de algo como meio segundo por palavra para três quartos de segundo. Você provavelmente também cometeu mais erros.
O motivo é que, quando rotulamos cada palavra com o "olá" ou o "adeus", nós nos guiamos por nossas associações mentais. Quando elas não trazem desvios, tudo vai muito bem. Mas, quando estão embaralhadas, precisamos de mais tempo para ordená-las. Assim, medindo a diferença na velocidade da resposta entre as fases 1 e 2, cientistas são capazes de mensurar quão fortemente uma pessoa associa determinadas características com uma categoria social.
Troque as relações de parentesco masculinas e femininas pelas palavras relacionadas a ciência e artes respectivamente e teremos uma medida de quanto cada indivíduo se deixa levar por categorias de gênero, associando homens a atividades científicas e mulheres às artísticas.
IATs não precisam se limitar a palavras. As séries podem ser compostas de imagens e mesmo imagens e palavras. Se utilizarmos fotos de pessoas brancas e negras e palavras negativas (mal, fracasso, terrível etc.) e positivas (paz, amor, felicidade, alegria etc.) teremos uma medida dos preconceitos raciais.
No site implicit.harvard.edu/implicit , vinculado à Universidade Harvard, você pode fazer vários IATs online em português. Poderá medir não apenas seu racismo implícito, como também seu preconceito contra gordos, velhos, gays e até seu grau de nacionalismo. Vale, porém, um alerta: "Você poderá não gostar dos resultados", diz o próprio site.

Não é que eu acredite cem por cento, mas, ainda assim, recomendo que façam. Eu fiz e não me surpreendi com o resultado. O que você acha que deu?




sábado, junho 01, 2013

O que traz boas novas.


Com Maria das Graças.

domingo, maio 26, 2013

O sonho de Wadjda.



Com Evandro Saboia.

quinta-feira, maio 23, 2013

Dicionário feito por crianças revela a adultos um mundo que já esqueceram.


Um professor colombiano passou dez anos coletando definições de seus alunos e, como resultado, obteve um dicionário com verbetes ao mesmo tempo puros, lógicos e reais

São definições cheia de poesia e sabedoria, apesar da pouca idade de seus autores. Ou talvez por isso mesmo.
Vão desde A de adulto (“Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si“, segundo Andrés Felipe Bedoya, de 8 anos), até V de violência (“A parte ruim da paz“, na definição de Sara Martínez, de 7 anos).

O dicionário está no livro “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”, uma obra que surpreendeu ao se tornar o maior sucesso da Feira Internacional do Livro de Bogotá, no final do mês de abril. A surpresa aconteceu especialmente porque o livro foi publicado pela primeira vez na Colômbia em 1999 e reeditado no início desse ano.

“Isso me faz pensar que o livro continua revelando, continua falando sobre as pequenas coisas”, disse à BBC MundoJavier Naranjo, que compilou as definições feitas por crianças colombianas.

“Eles têm uma lógica diferente, outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos”, diz.

É assim que, no peculiar dicionário, a água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.

Além disso, uma das definições de Deus passa a ser “o amor com cabelo grande e poderes”, a escuridão “é como o frescor da noite” e a solidão é a “tristeza que a pessoa tem às vezes”.
‘Outra visão do mundo’

As definições – quase 500, para um total de 133 palavras diferentes – foram compiladas durante um período “entre oito e dez anos”, enquanto Naranjo trabalhava como professor em diversas escolas rurais do Estado de Antioquía, no leste do país.

“Na criação literária fazíamos jogos de palavras, inventávamos histórias. E a gênese do livro é um dos exercícios que fazíamos”, conta ele, que agora é diretor da biblioteca e centro comunitário rural Laboratório do Espírito.

Ele diz que teve a ideia de pedir aos alunos uma definição do que era uma criança, em uma comemoração do dia das crianças.

“Me lembro de uma definição que era: ‘uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo’. Eu adorei, me pareceu perfeita.”

“As crianças escolheram algumas palavras e eu também: palavras que me interessavam, sobre as quais eu me perguntava. Mas não fugi de nenhum”, afirma Naranjo.

No dicionário aparecem temas do cotidiano da Colômbia, como guerra e “desplazado”, pessoa que se desloca pelo país, geralmente fugindo de conflitos. Um dos alunos definiu a palavra criança como “um prejudicado pela violência”.
Aprender a escutar

Para a publicação, Naranjo corrigiu a pontuação e a ortografia das definições escolhidas, mas afirma não ter tirado nenhuma das palavras por “questões ideológicas”.

Por isso, o livro mantém a voz das crianças, com suas formas de explicar as coisas e construções gramaticais particulares. Bianca Yuli Henao, de 10 anos, define tranquilidade como “por exemplo quando seu pai diz que vai te bater e depois diz que não vai”.

O ex-professor diz que o respeito à voz das crianças também é parte do sucesso do livro, que foi reeditado em 2005 e 2009 e inspirou obras semelhantes no México e na Venezuela.

As vendas do livro ajudaram a financiar as atividades da biblioteca atualmente dirigida por Naranjo, que continua convidando as crianças a deixar a imaginação voar com outras dinâmicas.

“Nós adultos somos condescendentes quando falamos com as crianças e deve ser o contrário. Mais que nos abaixarmos temos que ficar na altura deles. Estar à altura deles é nos inclinarmos para olhar as crianças nos olhos e falar com elas cara a cara. Escutar suas dúvidas, seus medos e seus desejos”, diz.
Confira abaixo algumas definições

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)

Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)

Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)

Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)

Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)

Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)

Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)

Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)

Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)

Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)

Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)

Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)

Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)

Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)

Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)

Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)

Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)

Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)

Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)

Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)

Fonte: livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, de Javier Naranjo

Extraído tudo daqui. E aqui, você pode baixar parte dele. 

quinta-feira, maio 16, 2013

Boutique de Krioula.


Encontrei Michele Fernandes há alguns meses, num show de rap, vendendo turbantes. Minha felicidade ao ver como a coisa está encaminhada. Um salve, axé, linda moça.

Quem quiser conferir mais sobre Boutique de Krioula, vai na página do Facebook da marca.



Mostra África Hoje.


Absorvente ecológico.


Antes de qualquer coisa, dá uma lida sobre o absorvente ecológico:

O que é?

É um absorvente íntimo reutilizável, e surge como uma alternativa aos absorventes descartáveis que, além de serem poluentes, contém substâncias nocivas à saúde da mulher. O Absorvente Ecológico tem as mesmas dimensões de um absorvente descartável, tem uma base com abas e botões de pressão para prender na calcinha e fitas para prender uma ou mais toalhas anatômicas, conforme a intensidade do fluxo. Cada Absorvente Ecológico é composto pela base e duas toalhas anatômicas, que também podem ser vendidas separadamente.

Por que usar os absorventes de pano?
Pela saúde da mulher!
O Absorvente Ecológico é um produto confeccionado com tecido 100% algodão (anti-alergênico), fortemente recomendado para as mulheres que sofrem com alergias, irritações, coceiras e corrimentos. Tais sintomas ocorrem, muitas vezes, pelo uso do absorvente descartável, já que este é composto por uma série de substâncias químicas não saudáveis (tais como alvejante, plástico, surfactantes, desinfetantes, fragrância, bactericida, fungicida, gel, colas e traços de organocloretos) que podem provocar alergias, cistos, infecções, cólicas e até câncer.
Pela saúde do planeta!
Uma mulher usa cerca de 10 mil absorventes descartáveis durante toda a fase reprodutiva da sua vida, por não serem biodegradáveis o impacto ecológico dessa enorme produção de lixo é incalculável.
Diferente dos absorventes descartáveis, o Absorvente Ecológico é de pano, lavável, reutilizável e durável, de modo que você contribui com o planeta devolvendo à Terra apenas materiais que estão em harmonia com o ambiente: água e seu sangue.
Não é testado em animais!
Por uma reconexão com seu ciclo vital feminino!
A grande aceleração do mundo de hoje nos desconecta de nossos ciclos naturais, sugerindo que o sangue menstrual deve ser descartado como lixo. O uso dos Absorventes Ecológicos de pano permite que você pratique o autoconhecimento: livre dos produtos desarmônicos que desequilibram seu ciclo, você vai descobrir o seu sangue como algo natural, sem os maus odores e outras deturpações causadas pelos descartáveis. Através dessa reconexão é possível amenizar TPMs, cólicas, fluxo muito intenso e sentir–se bem num corpo que é feminino.
Pelo seu bolso!
Os absorventes de pano são laváveis e duráveis, não devendo ser descartados! Usando os absorventes de pano, você pode sair dessa cadeia inquebrável de consumo e ficar livre de ter esse gasto todo mês.

Extraído daqui.

segunda-feira, maio 13, 2013

O triunfo.



Com as professoras do trabalho.

domingo, maio 12, 2013

Raça.

Com Evandro Saboia.

quinta-feira, maio 09, 2013

Amizades.


Essa mocinha, uma criança de dois anos atrás. Por sorte, sou professora do irmão dela esse ano. Resultado: ele virou carteiro.

quarta-feira, maio 08, 2013

Passagens.

Há algumas coisas e pessoas que nunca mais veremos. Eu gosto disso. Gosto de pensar que algumas coisas nunca mais voltarão e, ainda assim, estarão sempre aqui. A gente não pode ter tudo e nem querer dominar o tempo. Isso não é nosso, é ciência da vida, matéria das coisas.
Olhei para a estante e vi a boneca que ganhei de uma jovem senhora que dividiu comigo o quarto no centro de São Paulo, numa semana em que eu e ela estávamos na expectativa para saber quem ganharia um prêmio, o prêmio que havia nos levado até ali. Eles deram um curso de formação para os finalistas e iriam dizer, no último dia do curso, quem havia sido as ganhadoras.
Eu ganhei, ela não. Mas disse-me que saía dali mais feliz e premiada do que quando havia chegado. Ela era diretora de uma escola estadual no interior de São Paulo.
Deu-me uma boneca de pano, feita por ela. Pediu-me desculpas, pois o presente não havia sido feito para mim. Era para uma outra moça, com quem havia falado algumas vezes por telefone mas que, pessoalmente, não teve tanta relação. Perguntou-me se eu ficaria ofendida. Eu disse não.
Depois, no dia da premiação, eu sentia muito frio. Eu não tinha nada que combinasse com meu vestido e ela então cedeu-me seu poncho preto, também feito por ela. Ao final da noite, disse que seria uma grande honra  para ela dizer que havia aquecido a vencedora do prêmio em um de seus dias mais bonitos. Pediu-me, assim, para também ficar com ele.

Coisas simples, como o que a gente gosta da vida. A boneca não era para mim, lembro-me sempre disso, mas sua vontade de dar-me alguma coisa, de fazer-se presente, de dizer que aqueles nossos três dias foram muito valiosos para ela fez-se maior que as formalidades. Isso tem mais de quatro anos. Olho para a boneca de pano lilás sob a estante e todas essas emoções voltam. Não sei se a verei de novo. Nem sei mesmo se lembro dela, se a encontrar na rua. Acho que não. Mas as lembranças são tão vivas e me fazem tão melhor que eu não sei se eu preciso de um encontro para entender o quanto ela foi, no meu caminho, uma dessas pessoas que me fazem ter a certeza de que a vida vale a pena.

terça-feira, maio 07, 2013

Bocas e caras.


 Por Bauer Sá.