Não sou nacionalista. Matar e morrer pela pátria. Mas não gosto dessa classe mé(r)dia imbecil – perdoem-me a reiteração – que vive a falar mal do Brasil. Que aqui não presta, que as coisas não funcionam, essas coisas. Que nos EUA as coisas são assim, na França são assado... dá vontade de responder que eu gosto de cozido, principalmente o que mainha faz, mas fico na minha. As pessoas tem direito de falar o que pensam, eu mesma não falo aqui, não falo por aí quando me dá na telha?
Também não sou louca e digo vaiembora assim do nada. Mas as pessoas parecem que não sabem das coisas e não lembram que o Brasil teve a constituição de 1988 feita de um modo que nunca foi feita uma constituição no mundo, utilizando a tecnologia mais acessível da época – a tv’, como ainda é hoje – para divulgar o que estava acontecendo e como as pessoas podem participar.
E depois falam mal do Lula. Eu não tenho medo de falar que gosto dele, mesmo muita gente apontando os grandes erros que ele fez. Mas é comodíssimo – quis escrever comodíssimo mesmo, e não comodismo. Aliás, esse blog é revisado. Qualquer erro gramatical será sempre intencional –, a classe mé(r)dia adora aproveitar os bancos de universidade pública para virarem críticos de qualquer coisa, inclusive crítico do governo. Tem jornalista por aí que acha que isso é até mesmo um trabalho digno, de plantão nas escorregadas do Lula ou coisa parecida. Esqueceram-se que o presidente sociólogo com cátedra não-sei-aonde-e-não-me-interessa não abriu uma universidade pública em oito anos de mandato e ainda abriu as portas para que empresários como Ormetto (barão do café de Araras) dominasse o ramo educacional com essas unijoana, unipaula e unifernando – com o perdão a quem tem esses nomes – da vida. Se é preciso um presidente analfabeto para que a gente tenha universidades públicas abertas, filho de pobre chegando à universidade, espero que a/o próxima/o seja indígena e não tenha aprendido a escrever, quem sabe assim a gente recupera uma de nossas línguas-mãe, o tupi guarani, coisa que o Paraguai que é bem menor que o Brasil e teve metade de sua população masculina assassinada por nós conseguiu fazer com muita coragem e respeito às tradições, além de enfim, fazer a classe me(r)dia entender que sim, não se deve governar para os ricos, já que estes, quando a bomba estourar, tem jatinho para voar para Marte.
Ah, e não é chique falar que gosta do Lula também, sabe, em roda de amigos. É pobre, é out, é brega. É a burrice da classe mé(r)dia que quer contaminar o proletariado, empregadas domésticas que não entenderam ainda que elas são bem mais importantes que seus patrões e ficam repetindo as asneiras deles. Elas tem pena. Mas um dia, não terão mais. Ihaveadream, eu diria.
Filmes apelativos à parte – para o qual Lula vetou subsídios públicos, diga-se de passagem – eu gosto dele. E não tenho a mínima vergonha de dizer isso.
Engraçado, mas essa matéria aqui não foi capa de jornal...
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