Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

... lamento.

... eu quase que não consigo
ficar na cidade sem viver contrariado
Nem fui eu quem disse isso aí não. Mas achei bom. Lamento Sertanejo, de Dominguinhos e Gil. E é quando você conhece alguém, lê uma poesia, vê um filme ou escuta uma coisa que muda tua vida que você pega força para continuar aqui nessa terra. Na terra debaixo do céu. Aí você fica com essa alegria e acredita que tem gente boa de bom coração, que passa duas horas falando e você fica ouvindo sem achar esnobe de metida e isso é coisa boa, por que seu coração se sentiu bem ali parado, só ouvindo coisa que não tinha vontade de ser mais nada além de conversa de duas pessoas que querem continuar vivendo, que morrem e ressuscitam todos os dias, dentro de trem, no meio do engarrafamento, com chuva e atraso.
Todo ano São Paulo é outra cidade para mim. Agora tem mais o centro, eu passo ali mais vezes e lembro de um tempo que nem faz tempo quando aquela fachada de cinema parecia distante e quando ela só existia no sábado-domingo-feriado, agora eu a vejo quando passo de ônibus e é só uma fachada, antes era um parque de diversões e distante a roda gigante, gigante. A cidade mudou, e eu mudei também.

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