Há uns tempos atrás, dois ou três anos, eu tinha quase certeza de que eu ia passar a vida inteira sozinha. Sozinha digo, não ia arrumar namorado, amor, amorzinho, marido, companheiro. Achava tudo isso muito difícil e fingia que não queria mesmo, talvez por não ter boas experiências e nem referências. Também achava que o meu jeito de vida não combinava com a maioria das pessoas que eu conhecia e que isso me atrapalhava muito na hora de ser escolhida ou de escolher.
Ao mesmo tempo, eu sempre achei muito legal fazer coisas junto. Ficava, então, nesse meio de coisas: achando que ia ficar só mas achando que viver junto sempre foi muito mais legal. Foi quando me apaixonei e vi que não tinha nenhum sentido ficar achando o que ia acontecer comigo, que era muito melhor deixar as coisas acontecerem e que sim, mesmo com a minha vida cheia de coisas, eu ainda conseguia viver junto, fazer coisas junto, querer sentar, resolver, conversar, a dois, a três.
Acho que errei mais, muito mais, quando quis juntar todo mundo e todas as coisas. Mas não deixo de querer tudo de novo todo mundo junto mesmo que erre tudo sempre. Porque mesmo errando, acho bem mais legal mais gente do que sozinha.
Aí fiquei junto e achei a coisa mais gostosa do mundo. Briga, conversa, sorriso, família, gente, choro, briga. Porque até quando doía, doía um doído gostoso, porque eu me sabia junta.
Mas aí, um dia desses, acabou.
Assim como começou, acabou. E eu me vi sozinha de novo.
Fim.
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