Ando às voltas com as palavras e as sensações faz um tempo.
Tem gente que confunde controle com cuidado, tou sentindo isso. Tem gente que diz que quer te ajudar porque não consegue ficar sozinha com ela mesma e precisa ficar olhando para fora, para as coisas que não são dela, porque cuidar dela pode doer demais, pode lembrar coisas que ela não quer e nem gosta nela mesma. vai saber.
Eu não sei. Eu só sei que eu não aturo mais gente travestida de ajuda e cuidado querendo controlar minha vida. Já basta minha mãe, pessoa que faz isso com justificativas que são difíceis de desmontar sem ajuda profissional. Se você não tem uma mãe que quer tomar conta da sua cabeça, alegre-se. Eu por aí só conheço mãe com esse padrão. E eu não estou achando que elas são responsáveis por nada, não. A maternidade que se vende é tão tóxica e fica tão difícil se desvencilhar dela que a gente acaba repetindo tudo errado, mais uma vez. E quando falo a gente, estou falando de mim também.
Aí você percebe que não quer compromisso, não, porque você quer ficar com você, quietinha no seu canto. Ver pedaços de filmes e reality shows de um jeito que todo mundo condena porque você não quer explicar tudo para todo mundo o tempo todo.
Eu estou bem e quero ficar junto de quem me deixa bem, que não me dá sobressaltos e nem me impõe nenhum outro ritmo que não seja aquele em que eu também possa conduzir alguma coisa. Aprendendo a dirigir sempre e um pouco mais todos os dias, a gente percebe que só quem pode fazer umas coisas pela gente é a gente mesmo.
Uma delas é dizer não. Eu acho até graça quando alguém me diz assim
oh, Migh, se você não quiser ou não puder, pode dizer
Eu falo
Mas eu estou dizendo já, não
Quer mais explícito, bote azeite.
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