Você que me lê, me ajuda a nascer.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

O Pequeno Príncipe e nossa desleitura.

Entrei na exposição do Pequeno Príncipe (não vou pôr link aqui) achando que não veria muita coisa, e acertei. A moça me disse que eu levaria hora e meia para ver tudo, se fosse rápida. Demorei 10 minutos, se lembro bem. Percorri as coisas todas, não li as frases retiradas do livro, que com as imagens bonitas projetadas nos blocos recortados com as figuras do livro pareciam bem atraentes, mas eu só conseguia pensar no mundo de dinheiro que foi gasto para se fazer uma exposição como essa, talvez valesse mais a pena distribuírem em praça pública o livro para a criançada, não sei não. Eu não sou contra mega-exposições, mas fico pensando que às vezes elas não funcionam para nada... como essa aí. Nem tão bonita ela é, e nem consegue captar metade da graça do livro, que nem tão grosso é, qualquer criança, adolescente ou adulto lê em dois dias. Não quis ficar mais tempo por que me senti traindo o livro, aquele contrato de fantasia que a gente assina quando começa a ler uma história e que essa exposição bota de lado. Mas eu sou rabugenta mesmo e cada dia fico mais. Não liguem para minhas desrecomendações. Crianças pequenas acho que gostam de toda aquela ideia, não sei direito, mas custando 18 reais... bom, deixa pra lá. E foi pensando nisso que eu me peguei pensando no cinema. Como eu estou cada dia mais apaixonada por ele e vendo cada vez menos filmes. Por que estão chatos, por que em São Paulo em certos períodos do ano imperam os filmes franceses, por que eles todos se inspiram em contos ou narrativas já escritas (nada contra total, mas só pode se fazer filme desse jeito??). Fico pensando no último filme que eu vi que não era baseado num livro... e faz tempo... Desvarios.

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