Você que me lê, me ajuda a nascer.

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domingo, março 30, 2025

sábado, março 29, 2025

terça-feira, março 25, 2025

segunda-feira, março 24, 2025

quinta-feira, março 20, 2025

domingo, março 16, 2025

Mohammed in Texas, Mo Amer.


 

Cadê o Amarildo?


 

Crime na 113º Sul.


Ei vi aqui. Mas acho que vou ouvir esse podcast também.

 

Anitta Coachella 2022.


Que show pop, senhoras. Que show.

 

Davi, um cara comum da Bahia.



Já que comecei a ver, é overdose logo. Como falei, adoro ver as coisas quando a onda passa.




 

sábado, março 15, 2025

quarta-feira, março 12, 2025

12 de março.

Cinco meses atrás eu ouvi novamente um "quer namorar comigo?". Eu respondo sim, mas sempre com aquela cara de que tudo parece a primeira vez, que é uma grande brincadeira, que eu não tenho mais idade para isso.

Eu estava apaixonada, assim como hoje. Não como hoje, mas estou hoje. Eu não sei medir a intensidade. Só sei que foi tudo lindo naquele dia e continua sendo. Estou feliz, então. Não tem nada faltando por aqui. Sinto-me amada, querida, desejada por um homem que assim como eu, não sabe fazer tudo certo, mas assim como eu se esforça todo dia para aprender um pouco mais de mim.

Eu quero um lugar tranquilo para repousar, no fim, no meio do dia. Eu quero ser boba e falar coisas que me arrependa e que não achem que eu não valho nada só porque desisti, porque mudei de ideia. Eu quero companhia e quero meu canto, quero sorriso e emoji com olhinho de coração quando eu estiver menos esperando.

Quero áudios de amor a qualquer hora dizendo que me ama e que quer ficar mais tempo comigo. Quero caras e bocas me contando histórias e me fazendo rir quando eu menos espero. Eu quero isso para aguentar o que é difícil aguentar, os silêncios, os equívocos, as palavras duras, eu consigo.

Eu quero e sei que posso ter, porque tenho. Te amo você-sabe-quem (porque me amo, muito ou demais a mim).

Escrever.

Escrever me salvou de tantos momentos difíceis na vida, de quando eu não tinha mais nada a fazer, só continuar a sobreviver com muito pouco. Escrever me salvou a vida e me apaziguou de temer a morte, desde que precisei sair de casa para enfrentar o mundo sozinha.

Eu aprendi muito depois que a gente sempre está sozinha. E tudo bem. Só que eu não sabia disso, e fazia da escrita a minha companheira. Escrever me livrou de enlouquecer quando eu não sabia que poderia dizer não, quando eu só pensava que tinha que dizer sim e obedecer. Dentro de mim, mundos loucos coabitavam com a ordem, a disciplina e a cabeça baixa.

Escrever me manteve aquecida quando o mundo estava frio demais, triste demais, estranho demais para mim. Quando olho para trás e penso no que fiz e o que aguentei, lembro que eu sempre escrevi, sempre, sempre, sempre.

Escrever me salvou, escrever me trouxe aqui. É porque eu estou escrevendo que tô viva e você está me lendo e sabendo que ainda existo. E é escrevendo que eu vou conseguir continuar. Tenho muito tempo de vida para juntar palavras ainda. 

segunda-feira, março 10, 2025

Pesadelo de sonho.

Faz um tempo eu tive um sonho (ou uma sensação, não lembro), de que eu não havia ainda entregado a tese de doutorado. Eu não sei bem o que acontecia, só sei que eu me perguntava (não sei se em sonho) se eu de fato havia depositado a tese, depois de ter escrito.

Eu fiquei com dúvidas, por algum momento, se eu tinha fechado esse ciclo na vida. A gente fica quatro anos debruçada num texto, um trabalho e demora para ele sair da gente. A verdade é que a ideia não me assombrou de fato, mas achei que sei porque. Na verdade, no pesadelo de sonho não é que eu não teria escrito, mas sim que eu não teria entregue... é bem diferente, né? Me assombro com a sensação de não ter terminado o ciclo do doutorado, procrastinar, protelar, enrolar, não fazer, não terminar, essas coisas me cansam mais do que finalizar as coisas. Eu gosto é de acabar. Tem um prazer físico em acabar o que se começa, eu sinto. 

Escrever, tá tudo bem. Vira e mexe eu lembro das considerações finais do trabalho e penso que eu poderia ter escrito mais um pouco, talvez o dobro de páginas - foram apenas 15 pífias páginas de considerações finais, eu não me conformo. Hoje, eu teria escrito um pouco mais, sim. E pensar que eu não tinha ainda entregado o calhamaço de páginas escritas me deu uma alegria boba de pensar "e se der tempo escrever mais umas coisinhas?".

Não me assombro com escrever, porque eu aprendi a escrever muito pequena. Com uns oito anos eu já tinha diário, imagina. Eu não acho escrever um sacrifício, uma dor, um sofrimento. Fiz as pazes com as letras muito nova; na verdade, eu nunca fiquei de mal delas. Assim sendo, toda vez que lembro que algum dia sonhei ou pensei não ter entregado a tese, sinto um misto de frio na barriga (fim de ciclo) com tranquilidade (oportunidade de escrever mais), misto de emoção que tentei explicar aqui. Não sei se consegui, mas se consegui aqui, talvez as quinze páginas de considerações finais não estejam assim tão incompletas e mal escritas. 


Reality - A grande ilusão.


 

domingo, março 09, 2025

sexta-feira, março 07, 2025

Larissa: o outro lado de Anitta.


Aproveitem e vejam como Anitta é inteligente falando do filme:


Tirando a bobajada de que ela fez o filme para "mostrar que a gente também pode ser feliz", o que eu acho mais incrível é Anitta criar verdades ou mentiras e deixar a gente tão atordoada a ponto de não saber mais o que é uma ou outra. Chega um momento que nada mais importa, porque se você for ficar pensando se ela é uma ou outra, se ela está fingindo uma ou outra, você pira. A coisa toda é justamente deixar o filme te levar e parar de querer entender o que foi inventado ou não - ou alguém acredita naquela cena da "conversa que não acaba?". Aquilo é maravilhoso, cinema puro -  e só bater palmas para essa coisa toda que ela consegue fazer e se manter nos holofotes. 

Máximo respeito. 

 

quinta-feira, março 06, 2025

A substância.

 


Curso Equidade étnico-racial na Educação Infantil.

A gente faz tanta coisa, né? Tanta coisa linda. Eu acho, pelo menos.


Em memória de uma gata.


Sei que parece estranho um post com o título "Em memória de uma gata" estampar a foto de Namaste. A gatinha que eu tive morreu três meses depois que aqui chegou. Enterramo-la no quintal, se é que posso escrever no plural: quem enterrou a gata foi um amigo, eu só chorava. Eu escolhi esse título por conta do texto de Roberto Kaz, escrito na revista Piauí de dezembro de 2024. Li e pensei: finalmente, alguém conseguiu escrever sobre a relação entre um humano e um animal sem aquela pieguice cafona e imbecil que as pessoas que acham que são "mãe e pai de pet" têm. Finalmente.

Reproduzo aqui um dos trechos que mais gostei:

[...] Gatos e cachorros não são filhos, ainda que muita gente goste de chamá-los assim. Um filho deve sobreviver a você. Um bicho, não. O ponto de partida da relação com um bicho é a consciência da finitude: você envelhecerá alguns anos, enquanto ele irá de filhote a idoso. O fim está contratado. É bonito que a natureza nos dê o privilégio de acompanhar esse ciclo. E é mais bonito que esse ciclo possa ser acompanhado pela lente do amor.” Eu explicava, em seguida, que apesar de não ser meu filho, Aderbal era minha família: “E meu protetor. Isso é uma certeza que carrego: meus bichos são meus orixás, sempre regulando a energia que me cerca.” [...] Aderbal foi um gato de alma grande, como definiu a Patrícia, sua médica de família. E foi um miliciano, como também definiu a Patrícia. Apesar de obeso e castrado, tocava o terror nas casas da vizinhança. Pulava muros de 2 metros, passava a madrugada fora, voltava às quatro da manhã com a cara estropiada. Isso até o dia em que foi atropelado. Perdeu dentes e a visão de um dos olhos, mas não a gigantesca afetuosidade. Era tão expressivo e grosseiro quanto generoso. Hoje, quando choro, não é pelo vazio. É pela dor da perda (o fim é difícil) e sobretudo pelo reconhecimento da dádiva que foi passar dezoito anos ao lado desse bicho


Namaste já morava aqui quando ela se foi e foi o último a brincar com ela. Não sei se sentiu falta, mas a verdade é que brincavam muito os dois. Escolhi pôr uma foto dele e não dela porque eu quis. Não tem explicação. Mas esse texto, de verdade, é em memória de uma gato, Titilayo.

Tenho poucas lembranças dela e nem de longe conseguiria, com o tempo que tenho agora, escrever com tanta beleza como Kaz fez (ainda bem que existem os escritores no mundo, ainda que não sirvam para nada). De todo modo, ler o texto dele, lembrar dela e postar esse texto aqui já me faz feliz demais. Nessa ordem.