Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, março 30, 2025
sábado, março 29, 2025
quinta-feira, março 27, 2025
terça-feira, março 25, 2025
segunda-feira, março 24, 2025
quinta-feira, março 20, 2025
domingo, março 16, 2025
Davi, um cara comum da Bahia.
sábado, março 15, 2025
quarta-feira, março 12, 2025
12 de março.
Cinco meses atrás eu ouvi novamente um "quer namorar comigo?". Eu respondo sim, mas sempre com aquela cara de que tudo parece a primeira vez, que é uma grande brincadeira, que eu não tenho mais idade para isso.
Eu estava apaixonada, assim como hoje. Não como hoje, mas estou hoje. Eu não sei medir a intensidade. Só sei que foi tudo lindo naquele dia e continua sendo. Estou feliz, então. Não tem nada faltando por aqui. Sinto-me amada, querida, desejada por um homem que assim como eu, não sabe fazer tudo certo, mas assim como eu se esforça todo dia para aprender um pouco mais de mim.
Eu quero um lugar tranquilo para repousar, no fim, no meio do dia. Eu quero ser boba e falar coisas que me arrependa e que não achem que eu não valho nada só porque desisti, porque mudei de ideia. Eu quero companhia e quero meu canto, quero sorriso e emoji com olhinho de coração quando eu estiver menos esperando.
Quero áudios de amor a qualquer hora dizendo que me ama e que quer ficar mais tempo comigo. Quero caras e bocas me contando histórias e me fazendo rir quando eu menos espero. Eu quero isso para aguentar o que é difícil aguentar, os silêncios, os equívocos, as palavras duras, eu consigo.
Eu quero e sei que posso ter, porque tenho. Te amo você-sabe-quem (porque me amo, muito ou demais a mim).
Escrever.
Escrever me salvou de tantos momentos difíceis na vida, de quando eu não tinha mais nada a fazer, só continuar a sobreviver com muito pouco. Escrever me salvou a vida e me apaziguou de temer a morte, desde que precisei sair de casa para enfrentar o mundo sozinha.
Eu aprendi muito depois que a gente sempre está sozinha. E tudo bem. Só que eu não sabia disso, e fazia da escrita a minha companheira. Escrever me livrou de enlouquecer quando eu não sabia que poderia dizer não, quando eu só pensava que tinha que dizer sim e obedecer. Dentro de mim, mundos loucos coabitavam com a ordem, a disciplina e a cabeça baixa.
Escrever me manteve aquecida quando o mundo estava frio demais, triste demais, estranho demais para mim. Quando olho para trás e penso no que fiz e o que aguentei, lembro que eu sempre escrevi, sempre, sempre, sempre.
Escrever me salvou, escrever me trouxe aqui. É porque eu estou escrevendo que tô viva e você está me lendo e sabendo que ainda existo. E é escrevendo que eu vou conseguir continuar. Tenho muito tempo de vida para juntar palavras ainda.
terça-feira, março 11, 2025
segunda-feira, março 10, 2025
Pesadelo de sonho.
Faz um tempo eu tive um sonho (ou uma sensação, não lembro), de que eu não havia ainda entregado a tese de doutorado. Eu não sei bem o que acontecia, só sei que eu me perguntava (não sei se em sonho) se eu de fato havia depositado a tese, depois de ter escrito.
Eu fiquei com dúvidas, por algum momento, se eu tinha fechado esse ciclo na vida. A gente fica quatro anos debruçada num texto, um trabalho e demora para ele sair da gente. A verdade é que a ideia não me assombrou de fato, mas achei que sei porque. Na verdade, no pesadelo de sonho não é que eu não teria escrito, mas sim que eu não teria entregue... é bem diferente, né? Me assombro com a sensação de não ter terminado o ciclo do doutorado, procrastinar, protelar, enrolar, não fazer, não terminar, essas coisas me cansam mais do que finalizar as coisas. Eu gosto é de acabar. Tem um prazer físico em acabar o que se começa, eu sinto.
Escrever, tá tudo bem. Vira e mexe eu lembro das considerações finais do trabalho e penso que eu poderia ter escrito mais um pouco, talvez o dobro de páginas - foram apenas 15 pífias páginas de considerações finais, eu não me conformo. Hoje, eu teria escrito um pouco mais, sim. E pensar que eu não tinha ainda entregado o calhamaço de páginas escritas me deu uma alegria boba de pensar "e se der tempo escrever mais umas coisinhas?".
Não me assombro com escrever, porque eu aprendi a escrever muito pequena. Com uns oito anos eu já tinha diário, imagina. Eu não acho escrever um sacrifício, uma dor, um sofrimento. Fiz as pazes com as letras muito nova; na verdade, eu nunca fiquei de mal delas. Assim sendo, toda vez que lembro que algum dia sonhei ou pensei não ter entregado a tese, sinto um misto de frio na barriga (fim de ciclo) com tranquilidade (oportunidade de escrever mais), misto de emoção que tentei explicar aqui. Não sei se consegui, mas se consegui aqui, talvez as quinze páginas de considerações finais não estejam assim tão incompletas e mal escritas.
domingo, março 09, 2025
sexta-feira, março 07, 2025
Larissa: o outro lado de Anitta.
quinta-feira, março 06, 2025
Curso Equidade étnico-racial na Educação Infantil.
A gente faz tanta coisa, né? Tanta coisa linda. Eu acho, pelo menos.
Em memória de uma gata.