Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, outubro 18, 2019

Tudo falta.

Sinto tanta falta da gargalhada dele e do jeito como ele pende a cabeça para trás, deixando ver o céu da boca quando sorri fechando os olhos que antes me fitavam com cara alegre. Ele gargalha e eu vejo seu dentes e sua boca com uma pintinha no meio dela assim como a minha, daquelas que só dá para enxergar quando você está bem de perto.

Sinto falta do quanto ele é tão ele e na dele e eu descontroladamente faladeira e ainda assim ele está ali ouvindo e ele ouviu tudo, eu que não ouvi nada porque não sabia coisas muito importantes da vida dele, que ele repete como se não fosse feio que eu ainda não soubesse.

Sinto falta só da presença dele ali, sentado, em silêncio também, é incrível e até dói como a falta física da pessoa faz tanta tanta tanta falta, um resmungo entre uma notícia e outra, levantar, pega um copo de água, quer café? Não, quero você. 

Me vejo assim, sentindo tudo e falta de tudo, eu quero ele me chamando para ir pra casa, para ir pra rua, quero um abraço dele, um beijo, um cheiro, sinto falta e quero. O que eu vou fazer com isso, de novo? 

Ele esperou que eu falasse oi e agora eu não quero esperar mais nada, mas acho que ele também não. Está chegando a hora de falar coisas que nunca mais falei e parar de repetir as mesmas frases para pessoas sem importância nenhuma. Aprendo a falar de amor em outras línguas até, mas já sei o que eu quero. E isso me faz uma pessoa super poderosa demais. 

A vaidade diminui, eu não preciso dela, porque tenho a paixão que sinto por ele.

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