Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Saudade.

Eu não escrevo mais. Primeiro porque não sinto a mínima vontade de falar da minha vida pessoal. A cada dia que passa, fico mais reservada. Saí do Facebook e evito falar de mim no twitter. O que as pessoas precisam saber de mim elas já sabem. Até mais, na verdade.
Cansei disso. Deveria usar o blog para divulgar outras coisas. Mas aí não seria mais um blog de mim, mas das coisas que estou fazendo. Talvez eu devesse aposentar de vez isso aqui. Também é uma boa ideia. 
Eu escrevia muito, talvez porque sentisse a necessidade de falar, falar. Agora, eu quero falar, mas mais de perto e com pouca gente. 
Uma vez vi no Facebook de uma amiga de meu namorado uma coisa assim: Quer falar ilimitado? Encontre-se ao vivo. Achei ótimo. Deveria ser assim mesmo. Mas as operadoras de telefone captaram nossos sentidos, há gentes que não conseguem mais dizer o que sentem se não for por sms, elas escrevem o que pensam porque sentem vergonha do olho no olho. E criam um novo jeito de resolver problemas, arrumando outros tantos. 
Eu tenho medo de tanta modernidade. É por isso que não tenho whatsapp (uma vez tive esse troço e as pessoas me mandavam sms, me escreviam whats, eu passava a maior parte do tempo com a cara enfiada no celular, não via mais nada além de uma pequena tela de celular), não tenho internet no celular. Mas eu já disse isso e não quero ser a mais chata. 
Só não quero mais me dividir com tanta gente. Eu já tenho várias gentes para cuidar que eu não dou conta, eu tenho mil viagens na cabeça. 

Vou ali comprar um sorvete.

Um comentário:

Anônimo disse...

acho que o blogue tem um outro contexto, o blogue já virou quase o papel, haha. apesar de não abrir mão do último, acho que a linguagem do blogue é uma delícia, sem obrigações - a não ser que o propósito seja divulgação, artigos, enfim - solto meus devaneios a hora que quero e como quero. e me sinto mais livre.
o que é pessoal e intransferível, vai para o papel.