Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, novembro 02, 2012

Saudade.


Estava aqui lavando os pratos quando Gil cantou para mim

quando a saudade vem não tem explicação

Desabei. Chorei das saudades. Saudade de mainha, de casa, dele (da voz, da risada gostosa que a gente dá juntos lembrando de gírias antigas), de meu irmão (das piadas dele, dele, dele), de minhas amigas. Tantas saudades, poucas palavras. Mais sentidos. Eu ando assim, muito embora quem me olhe de longe pense que eu estou toda razão, do tanto de coisa que ando fazendo pela vida. 

Mentira pura. Aliás, lendo os posts aqui, eu vejo como uso a letra, o verbo, para falar das mentiras que sou. E depois fico pensando que, quem não me conhece, pode achar que sou um engodo. Mas eu sou também. Talvez na hora em que eu escreva que é mentira, seja verdade. Um modo de me proteger da força que a verdade tem. Estava ouvindo uma música do Opanijé que diz

é tanta intimidade que a verdade vem a mim

Eu acho que, na verdade, a mentira não é o oposto da verdade. Mas olhe, essa escrevinhação era para falar de saudade. Depois desenrolo isso. Vou parar tudo isso aqui e ligar pra mainha. 

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