Você que me lê, me ajuda a nascer.

segunda-feira, outubro 29, 2012

E se chama amor.

 
Ah, o amor. Essa coisa que nos toma.
Ainda acho, como aprendi com um velho amigo na época da graduação, que o amor é uma coisa que não é desse mundo. Sobrenatural mesmo.
 
Ele está aqui, mas nao é daqui. Alienígena que eu amo. O amor não tem tempo, forma, medida, espaço. Não dá para dizer que não se ama porque se conheceu ontem (amar é uma coisa, viver junto é outra. Não que não se possa combinar tudo isso e fazer coisa linda, fazer crianças, mas eu ainda acho que são coisas diferentes), não dá para dizer que não se ama quem nunca se viu. Eu não duvido de nada, vou lá duvidar do amor?
 
Conheço pessoas pela internet, tenho amizade com elas, amo de paixão. Minhas amigas de longe que ainda não vi que o digam. A gente se fala como se já se conhecesse há mil anos. Porque a gente se conhece mesmo, passamos muito tempo conversando de todos os jeitos e é gostoso demais, por isso, eu sei, eu sinto, a gente se encontra e só vai melhorar, sempre melhora.
 
 
Já namorei à distância e por correspondência, não amei menos, não amei mais do que os que conheci logo de cara e ao vivo. Amei, amei, amei todos e ainda amo, amo as moças também. Porque, eu repito, não dá para dizer que não é amor porque nunca se viu, pegou, cheirou e sorriu junto. O amor foge a dicionários e a regulamentos vários, disse Drummond.
 
E esse regulamento do agora, do instantâneo, do imediato, o amor foge a léguas. O amor gosta da espera, do desejo, do dormir pensando e de manhã cedo ficar enrolando na cama pensando no beijo. E gosta também da pressa, da fuga, das coisas que se fazem para amar.
 
O amor é.  
 
Ainda estou louca. E, louca que sou, acredito em tudo que me dizem. No amor, nas crianças, na vida, na amizade. Como todo mundo diz, existem mil e tantas definições para o amor. Elizabeth Browning disse que não queria que seu amado definisse o amor que sentia por ela pois, fazendo isso, já não seria mais amor. Eu fico com a pureza e a resposta das crianças. Uma delas disse para mim, dia desses
 
amor é a força de ficar feliz
 
Cinco anos e todo o sentimento (e sabedoria) do mundo.  


domingo, outubro 28, 2012

Estatísticas.

Me enche de orgulho ver as estatísticas do blog e perceber que os posts mais lidos são estes aqui:

Chica Xavier, com 604 visualizações.
Rita Batista, com 312 visualizações.
Geni Guimarães, com 249 visualizações.

Só para constar.


sexta-feira, outubro 26, 2012

África negra, mármore branco.

Era uma vez eu, Veronica.

Cine Holiúdy.

As professoras.


Minha colega de trabalho pediu para a criança desenhar as professoras do nosso período. Uma menina negra de 05 anos. Ela me desenhou aí. Perguntei no twitter quem era eu. Minha amiga que me ama me disse:

a que tem o coração maior

Fiquei feliz.

terça-feira, outubro 23, 2012

Coisa feita.

Tem coisa feita aqui
Eu sinto o gosto do mel
E também do azedume
Minha orixá não brinca
Ela também tem ciúme
Compromisso firmado de branco,
Numa sexta-feira olhando pro mar
Isso lá é coisa que se pode esconder ou negar?

Tem coisa feita aqui,
mas também tem coisa feita lá
Sementes da mesma fé
Ela atravessa tudo que respira
tudo que está no ar


O amor não serve para explicar as certezas
É coisa feita
Coisa feita
É melhor sentir do que saber
E saber que se sente

É fatal
Ou, vai saber, é imortal

Rezo uma oração para acalmar as deusas
Mas ele vem e me tira as incertezas
Me ensina que tem mais coisa do que o que eu sinto,
Do que o que ele sente e do que o Ayie confirma

É coisa de antes
Mas de depois também
É coisa de agora
Misturada com a vontade de outrora

E quando vem assim
Quando o tempo não mais importa
Eu tenho medo
Tenho muita saudade, mas também tenho muito medo
Eu ouço o que ele diz, mas não respondo nada
Porque a única expressão que vem na boca
É coisa feita
Mandada

Enfeitada de azul, vinho e branco.
Ela vem, e não me (nos) larga
Ela dança, ela sorri, ela fortalece os caminhos
Ela existe e está dentro de nós
Saindo pra fora, transbordando, pulsando
Também pra dentro
Encontrando com a gente de novo, pra sair mais forte

Coisa feita.


Essa poesia é em homenagem a dança de Iansã mais Xangô que vi (e vivi) há um tempo atrás. Ou vivo, vai saber do tempo. 

segunda-feira, outubro 08, 2012

Histórias de Ébano: professoras negras de educação infantil da cidade de São Paulo - Dissertação.


Para quem quer ler e baixar a dissertação de mestrado que escrevi, é só vir aqui.
O título é Histórias de Ébano: professoras negras de educação infantil da cidade de São Paulo.


Divulguem!



Aloísio Menezes.


Essa foto que aparece no vídeo é de Bauer Sá.

Curva.



Quando ele me disse

Sabe, eu acho que eu não deveria dizer isso mas... eu pensei em você a noite inteira e hoje pela manhã, quando acordei. É uma loucura.

Estava no ônibus, passando pela praia da Ondina, fiquei parada, coração na boca, aquela curva e eu ali, querendo descer para lavar o rosto e alma na água salgada, chorar talvez. Porque eu também acho que ele não deveria ter dito, mas, depois que disse, só o que eu queria ouvir de novo era aquela frase.

De novo e de novo.

Ainda agora, escrevo essas palavras e as deixo registrada para reler de novo e de novo, pra quando me bater a vontade da sensação daquela curva e das palavras que ele disse. Das palavras e da sensação que a voz dele me dá, uma força como a natureza, grande, envolvente, vem e me enche de energia, sorrisos, surpresas. Coisas que a gente não sente com todo mundo nem com muita gente e, quando sente, quer mais e sempre.

E não está errado querer ser feliz, não. Eu não vou ficar justificando minha alegria para o mundo, se posso ou não estar feliz agora, por essas pequenas coisas. Às vezes, pessoas que chegam na nossa vida, assim, de supetão, nos dão tanto, tanto ou mais do que outras que estão aqui desde que a gente nasceu. Vai entender.

Eu, de minha parte, paro de entender para sentir. E estou feliz. De olhos abertos ou fechados, penso nele e é simples assim.

Simples assim.

sábado, outubro 06, 2012

Opanijé.

Lázaro Erê, Chiba e Rone DumDum - Opanijé

Tenho de postar sobre este grupo chamado Opanijé. Conversando com um colega que é envolvido com rap em São Paulo, ele me disse uma coisa que me fez ficar atenta sobre os modos de fazer rap (ou rep, como alguns brasileiros tem preferido ultimamente). Disse que ficava triste ao perceber que, muitas vezes, grupos de outras cidades ou estados copiavam um modo de fazer rap de uma cidade que não era a deles, achando que isso daria mais visibilidade ao projeto e à música. Assim, dizia ele nessa conversa, cantavam em suas letras, coisas que não fazem sentido com a realidade que vivem, mas com uma ideia de realidade de uma cidade grande, São Paulo ou New York.

Lázaro Erê

Pensando desse modo, comecei a reparar os grupos de rap que gostava e conhecia. E, nesse caminho, conheci Opanijé. Os moços fazem música sem pretender copiar nada do que ouvem ou falar das mazelas de outros lugares até porque, em Salvador, temos nossas próprias mazelas e precisamos falar sobre elas. Não sei se os chamaria de rappers. De verdade, para mim, são mais que isso. Claro que usam bases e coisa e tal, mas não é só isso. Como disse Letieres Leite em apresentação conjunta com os moços, eles fazem um rap com influência de candomblé, mas tem também afrobeat, tem samba, tem tudo que é nosso (aliás, o que é que não é nosso?). Tem coisa demais, que não dá para condensar num post pequeno, que escrevo antes de correr para ver o por-do-sol no Porto da Barra. 


Rone DumDum

Por isso, deixo tudo aqui para vocês ouvirem e verem, terem suas próprias impressões.
Fui procurar as fotos na internet para botar aqui e só vi coisas boas escritas sobre eles. Procurem, ouçam. Está tudo aí.
Eu vi essa música aqui, ao vivo. Aí, não deu: não consegui deixar de indicar Opanijé.
Baixe as músicas dos moços aqui. Ah, e se gostar, divulga por aí. Só faz bem quem indica coisa boa. Entre na corrente.

quarta-feira, outubro 03, 2012

Boca.


Nota: Eu não veria de novo. Mais não digo.

terça-feira, outubro 02, 2012

Eu RESISTO, e você?


Recomendo a loja Resisto.

Os produtos vendidos na loja são ótimos e o atendimento é nota dez. Leandro e Júlio, bonitos irmãos e de boa energia!

Passa lá:
Rua 24 de maio, 116 (subsolo), Loja 06.