Você que me lê, me ajuda a nascer.

quinta-feira, novembro 06, 2025

Há mais coisas que Netflix e Prime Video.

Estou me esforçando a usar menos telas (paradoxal quando aqui eu escrevo usando tela, mas é notório o quanto diminuí a escrita aqui). Fico assombrada como a gente coloca tela em tudo, até para afugentar a solidão (e ela nem sempre precisa ser mandada embora). Estou me esforçando a ver coisas em outros streamings, como Mubi e Filmmica. Nem só de Netflix e Prime Video a gente vive. O resultado são os últimos filmes postados aqui, todos muitos bons e muitos diferentes entre si, bagunçam muito minha cabeça. Com Netflix, eu estava esquecendo o quanto eu amo cinema e passando a viver de entretenimento. Blergh.

Depois de um tempo, você cansa da linguagem, da mesma linguagem em todos os formatos. É sempre o mesmo jeito de fazer e filmar, mesmo enquadramento, começo, meio e fim. Não é cinema, é audiovisual que chama agora, né? Estou vendo coisas que desconcertam a vida e me põem a pensar em coisas que preciso, que não quero, que eu gosto, que estão na vida para serem vistas também. Uma cena ontem no filme Estranho Caminho, uma cena, e eu vi o filme da minha vida passar na minha frente. Fiquei como? Cabeçuda até agora. 

Do alto de um flat em Brasilia, décimo sétimo andar, Madison Ryan Ward cantando I'll wait para mim. Essas foram as decisões de hoje. 

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