Você que me lê, me ajuda a nascer.
quarta-feira, janeiro 29, 2025
quinta-feira, janeiro 23, 2025
domingo, janeiro 19, 2025
Ouvi dizer...
... que metade ou mais da metade das coisas que a gente se irrita no dia a dia, se a gente lembrasse delas daqui a um ano, a gente ficaria com vergonha de perceber que a gente se chateou à toa.
É isso, sem mais, dizer mais o que?
Só quero saber do que pode dar certo, mesmo tendo tempo a perder.
sábado, janeiro 18, 2025
sexta-feira, janeiro 17, 2025
terça-feira, janeiro 14, 2025
segunda-feira, janeiro 13, 2025
Uma menina que mostra a língua.
Passando ali na rua de carro uma menina negra de cabelo trançado andando de bicicleta me deu língua. Ela não viu, mas depois que passei por ela com minha cara de surpresa, eu só consegui sorrir. Quem dá língua nos dias de hoje? Ninguém mais.
As crianças precisam ter "bons modos", se comportar. Já imaginaram onde as crianças guardam a raiva que sentem, a inveja ou a tristeza? Uma língua mostrada no meio da rua pode ajudar a melhorar o dia. Depois fiquei pensando: apesar de achá-la muito corajosa, ela foi muito prudente também. Deu língua para alguém que não faz parte de seu ciclo de relações próximas, ou seja, isso porque para que eu parasse o carro e fosse até à casa dela reclamar com a mãe de uma língua dada, só se eu estivesse muito, mas muito chateada mesmo (e sem nada para fazer). E, ainda assim, a reclamação seria bem menor do que se ela tivesse dado língua para a tia ou a avó. Melhor impossível.
Coragem e prudência, não sei em que ordem.
Mas o que ficou em mim daquela imagem foi a coragem de uma menina negra me dar língua - meio sorrindo com o desenho da boca - no meio da rua, brincando com os(as) colegas - mais meninos que meninas, eu vi - de várias idades que eu só pude sorrir. E sorrindo estou só de lembrar da cena.
Depois desse dia, procuro por ela, para devolver-lhe a língua mostrada, mas ainda não a vi. Queria dar a certeza para ela que, se ela continuar com essa sabedoria toda, ela pode se tornar uma adulta corajosa igual a mim, que devolvo língua mostrada para criança sem pudor algum.
Quem dera eu tenha coragem de mostrar a língua de novo para qualquer coisa, um dia, assim como ela.
domingo, janeiro 12, 2025
Três meses.
Você quer namorar comigo?
A gente se perguntava assim, lembrando o personagem Zé Pequeno do filme Cidade de Deus perguntando à moça que ele gostava se ela queria dançar com ele. Usando a mesma entonação, a gente sempre se perguntava assim, antes do pedido oficial, feito por ele, lá em São Paulo, três meses atrás.
Eu ri, ri e desacreditei, mas disse sim, porque achei que não seria nada demais dizer sim. A gente diz sim para fazer dar certo, como o eu te amo que vem no começo para firmar o sentimento. Eu gosto.
Agora com três meses, eu falo que já passou o tempo da experiência, a gente pode assinar contrato.
Você quer casar comigo?
Você quer viver comigo?
Você quer brigar comigo?
Você quer ficar de bem comigo?
São todas variações feitas com a mesma entonação do personagem no filme que a gente tanto gosta.
Eu digo sim para todas, porque o que eu quero mesmo é viver junto. E viver junto é fazer junto até o que não se quer ou não se pensa em fazer (ainda).
sábado, janeiro 11, 2025
sexta-feira, janeiro 10, 2025
quinta-feira, janeiro 09, 2025
Carlinhos Maia por João Pimenta.
Só você e eu/Amado, Vanessa da Mata e João Gomes.
Uma coisa puxa a outra e a gente se alimenta.
quarta-feira, janeiro 08, 2025
Olhos de água e sal.
É só quando você olha de novo e de novo para os olhos que tinham água de mar para ver que eles também tem sal e o que você viu também pode ser tristeza.
Sim, a vida é isso mesmo, tudo junto e ao mesmo tempo. Você é quem escolhe se pega carona nessa cauda de cometa ou fica à toa na vida sem ir quando o amor chama.
É você, só você quem pode escolher nessa fração de segundo que a tristeza e a felicidade espreitam o nascer do dia para saber com quem você vai dormir.