Você que me lê, me ajuda a nascer.

sábado, dezembro 31, 2022

Pray Away.


 

Mais forte, mais feliz (quem sabe).

Estou bem, devagar e sempre. Com medo e às vezes triste, mas não paro. Já corri trecho nesses 30 dias de solidão. Pernambuco, Fortaleza, Rio Grande do Norte e Brasília, me diga você se eu estou tendo tempo de chorar minhas dores. Eu não. Estou chorando e indo, devagar, sempre, alegre, triste, mas sem parar. 

Estou ouvindo meu coração, mas ouvindo outras partes do corpo também. 

sexta-feira, dezembro 30, 2022

João Pimenta.


Uma das coisas mais legais que faço na vida é parar o tempo para rir das coisas. Nunca imaginei o quanto isso poderia ser terapêutico (e melhorar minhas piadas). João Pimenta e Tatá Werneck são os motivos das minhas maiores risadas ultimamente.
 

Prisioneiras, Drauzio Varella.



Este é o último livro da trilogia que começou com Estação Carandiru, livro que li há muito tempo e que doei faz pouco tempo. Gosto de como Drauzio escreve. Neste livro e em Carcereiros, ele dedica muito mais tempo para falar da formação do PCC (Primeiro Comando da Capital), que começou em decorrência da chacina que houve no complexo penitenciário que ele trabalhou antes e depois do fatídico episódio.

As histórias envolvendo as mulheres e a visão de Drauzio sobre como solucionar o problema da superlotação de mulheres nos presídios poderia ser implementada rapidamente, se fôssemos um país que entendêssemos o quão perigoso é alimentar o ciclo de violência ao qual essas meninas, jovens e mulheres são submetidas há muitas gerações. 

Vale a pena ler. Emocionei-me deveras com muitas das histórias do livro. 


 

Filho da mãe.


 

Beleza Negra.


 

O homem do jazz.


 

Humor Negro.


 

As linhas tortas de Deus.


 

terça-feira, dezembro 27, 2022

Lady Night, T6.

 


Sonho pesa.

Acordei e não sei se tinha saído de um sonho ou pesadelo. Nele, eu era feliz pela metade e tinha a certeza que não ia durar muito. A certeza era tão grande que acordei sabendo que "não, as coisas não vão mudar assim, se as pessoas nunca quiseram mudar". 

Por elas, por pessoas que amavam, não tentaram. Ou tentaram, eu é quem do alto de minha arrogância não sei de nada. Deixa eu me recolher e ir à praia, então, que nós todas ganhamos mais. Em boca e cabeça fechada não entram mosquinhas de pensamentos que só pioram o estado de coisas em que o meu coração se encontra.

Pacto Brutal: o assassinato de Daniella Perez.


 

sábado, dezembro 24, 2022

Vício.

Porque não li isso antes?

Qualquer dependência se baseia na dinâmica: dor, desejo, alívio e consequências negativas. É como se fosse uma forma não saudável de lidar com algo profundo e complexo. Ou seja: uma relação tóxica. É a partir dessa perspectiva que conseguimos entender um pouco melhor que sim, a cannabis pode viciar – não necessariamente quimicamente

Como pode, uma matéria te libertar tanto? 

Descansem bem.

quarta-feira, dezembro 21, 2022

Consolação, Rachel Reis.

 


Fotografia.

Sinto saudades, abro uma foto, olho por muito tempo. Mantenho o dedo na tela do celular para conseguir continuar olhando para a foto dele. 

Olhando para a foto, penso nele e sinto todo o amor que eu sentia novamente dentro de mim. É como uma visita, mas eu sinto que, se eu o chamasse de novo, ele poderia morar aqui novamente. O amor gosta de convites. 

Vai passar. Eu durmo e acordo pensando nele há um mês, inventando histórias. Durante a noite, eu acordo e volto a dormir sonhando os sonhos que não sonhei só. Será que tudo aquilo aconteceu? Algo me diz que sim, mas há outro algo dizendo que parte dos sonhos tinham recheio de imaginação de Migh no meio da noite.

quinta-feira, dezembro 15, 2022

Um amor por esse livro, o Catálogo.

Saiu matéria do Portal do Bicentenário sobre o Catálogo de Jogos e Brincadeiras Africanas e Afro-Brasileiras. 



Vale a pena ler de novo.

Na escola se brinca: brincadeiras de crianças quilombolas na educação infantil.

Como é que pode? Organizo um livro e esqueço de postar aqui. Rapaz!

Ele é um e-book gratuito, só cadastrar e baixar!

LOL Brasil: Se rir, já era, T2.


 

Relacionamentos.

A maior felicidade é a certeza de que tenho saudade de uma coisa que inventei dentro da minha cabeça e que nunca existiu. Nunca, não, mas assim... existiu a vontade de fazer existir e isso em si é maravilhoso. É que tem a próxima etapa que se chama fazer acontecer que... não aconteceu. 

Me perdoo num abraço quente e parto para descobrir outras histórias que não morem apenas em mim, mas que podem ser inventadas junto, por mais pessoas. Pode ser invenção, mas para ser gostoso tem que ser inventado junto, assim eu sei hoje. Pode ser um querer que ainda não virou ação, mas também tem que ser querer junto e virar ação junto, senão cansa e pesa só para um lado do mundo e aí eu não quero. Tenho uma enorme intolerância e ressentimento com quem me faz carregar pesos sozinha. Eu não duro muito em relacionamento desigual (muito embora relações heterossexuais tenham esse padrão, há limites!).

Minha amiga diz

eu transo com homens e tenho relacionamentos amorosos com minhas amigas

Eu gostei disso.

Gostei de sentir também que não estava sendo amada e isso explica tudo dentro de mim. É tão libertador, porque eu não sofro mais. Ter a certeza de que não era amor e sim uma ideia do que eu queria que o amor me fizesse me acalmou tanto! Me preparou para querer o amor de novo. Óbvio que inventei tudo isso porque eu tenho sede e fome de amor. Eu já sei e tudo bem.  

Inventei, investi, quis muito e tudo bem. Não é ruim nada disso, mas já passou. 

Pausa.

Eu queria uma pausa. 

Uma pausa da indiferença, do corpo ao seu lado que nunca se move para você e sempre para longe, sem aconchego. Do corpo que procura outras distrações que não o seu corpo e a sua presença. 

Uma pausa do silêncio, do que não foi dito, do que tem de ser adivinhado ou antecipado, para continuar a viver junto. 

Uma pausa da falta de carinho, do sexo mal-feito, da falta de vontade, de iniciativa, de coragem.

Uma pausa da distância quando se está perto e quando se está longe, das coisas que não se explicam porque não se querem ver. 

Eu queria uma pausa de tudo que me fazia sentir dor e tristeza. 

Acho que consegui.

quarta-feira, dezembro 14, 2022

A cor da Ternura, Geni Guimarães e eu.

Meu amigo me mostrou esse podcast do Museu da Pessoa, chamado Pessoas:Vidas Negras. Eu só conhecia esse outro, Vidas Negras, que eu já ouvi alguns episódios.

Esse, de Geni Guimarães, encheu meu coração de vida. Geni é minha primeira escritora preferida e eu nunca a tinha ouvido falar, ainda mais falar das histórias que eu já li mais de uma vez em seus livros. Lágrima veio no olho um bando de vezes e aprendi ainda mais com ela.

Conheci esse poema de Cuti chamado Quebranto:

às vezes sou o policial que me suspeito
me peço documentos
e mesmo de posse deles
me prendo
e me dou porrada

às vezes sou o porteiro
não me deixando entrar em mim mesmo
a não ser
pela porta de serviço

às vezes sou o meu próprio delito
o corpo de jurados
a punição que vem com o veredicto

às vezes sou o amor que me viro o rosto
o quebranto
o encosto
a solidão primitiva
que me envolvo no vazio

às vezes as migalhas do que sonhei e não comi
outras o bem-te-vi com olhos vidrados
trinando tristezas

um dia fui abolição que me lancei de supetão no
espanto
depois um imperador deposto
a república de conchavos no coração
e em seguida uma constituição
que me promulgo a cada instante

também a violência dum impulso
que me ponho do avesso
com acessos de cal e gesso
chego a ser

às vezes faço questão de não me ver
e entupido com a visão deles
me sinto a miséria concebida como um eterno
começo

fecho-me o cerco
sendo o gesto que me nego
a pinga que me bebo e me embebedo
o dedo que me aponto
e denuncio
o ponto em que me entrego.

às vezes!...

(In: Negroesia, p. 53-54)
Emocionei também quando ela diz que, para ler, roubava livros de Jorge Amado  na biblioteca do hospital que trabalhava. Sabe que eu já fiz isso na biblioteca de uma escola particular que trabalhei por dois anos? Ninguém lia, pilhas de livros amontoados, eu levava para casa, lia e devolvia depois (não todos...). Ficava embasbacada com o fato de terem pencas de livros ali assim e nem tchum, enquanto eu sofria para conseguir um para ler. 

Deve ser por isso que eu adoro doar meus livros assim que acabo de ler. Não todos, mas muitos deles. Assim, ninguém precisa roubar aqui em casa (ou não).

terça-feira, dezembro 13, 2022

Sorriso.

Foi quando a música disse "só para lembrar todas as vezes que você olhou pra mim e sorriu" e eu não consegui lembrar de nenhuma vez que eu me peguei pensando se tudo não passou de uma historinha dentro da minha cabeça e coração. 

Sabe quando as pessoas são tão tristes e desanimadas que nem conseguem te fazer sorrir num dia ruim? 

Espero que você nunca saiba.

Ame quem você ama.

Ame quem você ama, acho essa frase tão linda. Simples, bonita, como a vida tem que ser, pode ser, quer ser. 

Ame quem você ama quer dizer cuide bem do seu amor. Quer dizer assim, se você ama, demonstre isso, faça alguma coisa, se apronte para deixar isso muito explícito e acertado entre você e as pessoas que você quer que saibam. 

Ame quem você ama é o amor em seu sentido mais lato, que é, faça por onde, diga a que veio, não volte para casa de mãos vazias, doe o que você tem de mais precioso, peça ajuda, mas ame quem você ama real, sem medo nem vergonha, sem desânimo e sem fingimento, com vontade de dar certo não só numa ideia lá na frente, mas no arroz com feijão de todo o dia. 

Ame quem você ama, mesmo que seja só você mesmo. Tenho certeza que se fizermos isso, não conseguiremos parar em nós mesmos, porque o amor de quem ama transborda sempre. 

Savage X Fenty Show (Vol. 1)




 

Prêmio Ciência pela Primeira Infância.

Gostoso demais ser finalista de prêmio. Mesmo que não tenha vencido, eu de verdade apreciei esses momentos. Conheci tanta gente boa, diverti e aprendi tanto que está tudo ótimo demais. 


Roda Viva: Liniker.


Liniker disse que quer chegar num lugar que nem sabe se existe. Eu gostei disso.

 

Roberta Close: Marília Gabriela.


 

Os impactos do racismo na saúde mental das crianças, Roberta Maria Federico.


 

Manhãs de Setembro, T2.


 

segunda-feira, dezembro 12, 2022

A metade perdida, Brit Bennet.



Terminei de ler esse livro-novela que indico para quem precisa de amor e verdade. A história das gêmeas envolve raça, amor e mágoa, tudo coisa que a gente conhece bem, sim?

Brit Bennett



 

Tributo à Gal Costa.


 

Aula aberta com Racionais MCs.


 

Educação e a busca por equidade na primeira infância.


Saiu esse texto bem legal.

2022 está acabando e eu bem feliz. Vem ni mim, 2023, eu tou muito facinho para o futuro.



Unicórnio no mar.

Hoje eu vi um unicórnio no mar. Lembrei de todos os sonhos doces que tivemos juntos e suspirei. Não pareciam de verdade, como o unicórnio no mar.

Hoje eu lembrei de toda a história, desde o dia em que compramos um unicórnio e o levamos para o mar até quando ele foi embora de casa: já fazia muito tempo que eu tinha dúvidas do amor e as certezas não pareciam as mesmas. 

Hoje eu senti vontade do dia acabar às 18h, dormir junto com o por do sol e acordar pronta para começar de novo. Vai valer a pena. 

Enfrentamento ao racismo na primeira infância, Portal Geledés.

Poxa, que alegria ver essas coisas, gente. Tão lindo, abro de vez em quando só para ler meu nome ali. Vale a pena o trabalho que dá prazer e gosto.

sábado, dezembro 10, 2022

Se ele (ainda) me amasse.

Se ele ainda me amasse e se dispusesse a estar presente, ser alguém que faz o que pensa que faz ou fala, eu suspiraria. Se ele ainda me amasse, eu amava. Mas...





Hoje é sábado e, pelo visto, ninguém volta a amar ninguém num sábado. 

quarta-feira, dezembro 07, 2022

Comum, Àvuà.

 

O som dessa música me faz lembrar de sensações que me fazem chorar. Não sei explicar, o choro vem espontâneo, porque ela acessa partes de mim que escondo para aguentar a saudade. A falta de amor. A vontade de procurar dizer ou pensar que ainda pode dar certo. 

Mas, não vai dar. Para dar certo tem de ser mais do que uma sensação numa música. Tem que ser amor semeado com a força de fazer nascer uma vida a dois. E eu não vi nada disso aqui perto de mim.

Descobri áudios antigos guardados que diziam amor e falavam comigo numa língua que desconheço. Apaguei, como tudo que decido esquecer. 

Ser só bom, não me atrai pra ficar, Paula Lima cantou para mim. Eu quero brilho no olho, alegria, fôlego de fazer a vida acontecer. 

Barril, Melly.


 

terça-feira, dezembro 06, 2022

Comunicação.

O tema da comunicação tem aparecido muito na minha vida nos últimos meses. O que fazer? Percebo que as pessoas ou nunca souberam ou estão desaprendendo a conversar.

Ih, alá, Míghian, a única que sabe conversar no mundo

Não mesmo, não sei tudo mas sei que é necessário e me esforço para tal. Me dedico, presto atenção a isso, não crio subterfúgios para não dizer as coisas que não posso deixar de ser ditas. Diferente de um punhado de gente que ando encontrando por aí, em diversos lugares da vida. 

Eu não sei tudo, mas sei muita coisa. Sei tanto que até sei o que não sei às vezes. Falo tanto que falo demais. Mas ninguém vai poder escrever na minha lápide:

Aqui jaz Mighian. Viveu como um cuzcuz e morreu abafada.

Infância em tempos de pandemia.


 

domingo, dezembro 04, 2022

Arcanjo Renegado, T1.


 

Conversas.

Tanto entendimento de si pode haver em algumas palavras! Eu adoro conversar. Leia bem, eu adoro conversar, dialogar, não apenas falar uma palavra depois da outra. Eu gosto de profundidade, não de rasidade. Rasidade pode virar profundidade, mas também pode não. E tá bom.

Entre alguém que fala mil palavras e não fala nada e alguém que fala pouco e fala alguma coisa, fico com a segunda opção. Mas o que eu gosto mesmo, mesmo, é de quem fala muito e conta tudo. E descobri que tudo bem querer perto de mim pessoas que pensem assim, que pensem parecido comigo. Diversidade de ideias e pensamentos podem conviver quando você consegue uma mesma língua ou línguas parecidas, porque tem de comunicar, mesmo em meio às diferenças, sim? 

Tem problema querer gente que pense parecido comigo não, isso não me torna uma pessoa horrível (e se tornar, a gente poderia ainda querer isso, sim). Querer coisas, saber querer coisas, pedir, demandar. Eu sei e aceito que só quero bem perto, pessoas que não apenas queiram falar e reconhecer coisas, mas que também se proponham a fazer. Fazer, sabe fazer? Aquela coisinha que vem depois de saber. Pode vir junto também. Saber fazer é coisa linda de gente que quer amar o mundo ao seu redor. Meu coração bate palmas para gente assim. 

Eu fiquei desejando por muito tempo tantas coisas, casa cheia, pai presente; eu achava que quem tinha isso, certeza era feliz demais da conta. Não é garantia, aprendi. Aprendi a celebrar tudo que tive, tenho, tudo de mim com o tempo, porque vi que, ainda que imperfeita, eu sempre estou fazendo alguma coisa para estar e fazer bem a quem eu amo. Isso é o que me faz mais ter orgulho de mim. 

Tem uma coisa que eu aprendi hoje sobre mim também, mas esqueci agora, quando eu lembrar, volto para escrever.

Domingo.

Os piores momentos são os domingos de manhã. Por isso mesmo é que nunca fico sozinha quando eles chegam. Me cerco das amizades que aprendi a ter e sei que me querem bem para continuar, doce e firme.

Tenho tristezas dentro, mas vai passar. É uma palavra aqui, uma lembrança ali, uma pergunta lá. Eu não preciso responder tudo nem saber como fazer, eu só quero passar, me deixem passar.

Preciso de ajuda que só o amor pode me dar. Ainda bem que ele está aqui. 

sexta-feira, dezembro 02, 2022

Padrão.

Me vi pensando se eu não tenho reproduzido modelos de relacionamento e me envolvendo com pessoas que se parecem muito entre si, não apenas porque elas tem gostos parecidos com os meus, mas também porque elas fazem o que eu já conheço, sentem como eu já aprendi a perceber, vivem como eu já entendi que elas funcionam e acabam me trazendo algum conforto também.

Eu não quero ser confrontada, não naquilo que eu já sei de mim e no que eu não quero mudar. Não mesmo. 

Será que eu consigo me desafiar a buscar pessoas que não parecem nem um pouco com os namorados que eu já tive? E como eles são?

Eu não vou te contar aqui, mas eu sei. Eu sei.

Eu não acredito que a gente precisa sofrer para aprender, mas acredito muito que a gente precisa viver o que há para viver na nossa vida para aprendermos. Se isso inclui sofrer, eu nunca vou saber nem controlar isso. 

É delicioso descobrir, todos os dias, um pouco mais de nós mesmas. Vou te dizer, viu? É imensidão. Eu sinto tanta vergonha de mim, tanto orgulho de mim e no fim do dia o saldo é... felicidade. Brilha no ar. E aqui dentro também.

quinta-feira, dezembro 01, 2022

Flordelis: questiona ou adora.


 

Rainhas, Mães de Luza e Reis, de Ladjane Alves.


Lendo todos aqui. Os livros passam na frente de todas as listas sempre que chegam. Eu prometo que isso vai mudar, um dia.





Ladjane Alves


 

Movimento dos barcos, Maria Bethania.

O fim poderia ser uma música.

Estou cansada e você também
Vou sair sem abrir a porta
E não voltar nunca mais
Desculpe a paz que lhe roubei
E o futuro esperado que nunca lhe dei
É impossível levar um barco sem temporais
E suportar a vida como um momento além do cais
Que passa ao largo do nosso corpo
Não quero ficar dando adeus
As coisas passando
Eu quero é passar com elas

E não deixar nada mais do que cinzas de um cigarro
E a marca de um abraço no seu corpo
Não, não sou eu quem vai ficar no porto chorando
Lamentando o eterno movimento... movimento dos barcos...