Você que me lê, me ajuda a nascer.
sábado, maio 28, 2022
sexta-feira, maio 27, 2022
Catálogo de Jogos e Brincadeiras Africanas e Afro-Brasileiras.
Vem aqui no site da Aziza e baixa o e-book, meu bem. Vai abrir um pop-up logo na primeira página, você faz um cadastro bem rápido e terá acesso ao material.
quarta-feira, maio 18, 2022
segunda-feira, maio 16, 2022
quarta-feira, maio 11, 2022
Abraço.
Ela foi embora e me abraçou, eu chorei. Olhei no olho molhado dela e estava vermelho e ela me disse
mas a gente ainda vai fazer a revolução
E eu chorei mais. Aí parei e levei-a no portão e falei coisas que não fazem chorar como "me avisa quando você chegar" e quando ela saiu eu comecei a chorar assim berrando alto de tristeza.
Porque ela é a pessoa que eu queria que ficasse perto e fosse minha colega de trabalho minha amiga preciosa minha irmã.
terça-feira, maio 10, 2022
Quero falar de uma coisa, adivinha?
segunda-feira, maio 09, 2022
Eu queria...
Eu queria muito conseguir te amar sem dor nenhuma cercando meu coração. Queria te oferecer o que há de mais bonito em mim o tempo todo, sorriso, paciência e paz.
Mas eu não consigo.
Eu já me conformei com isso, mas ainda fico triste quando o que você conhece de mim é tristeza e peso. Eu não queria, mas eu sou isso também. E passa o dia, eu faço tanta coisa, eu só queria poder amar sem nenhuma parte de mim reclamar ausências, incompetências, frustrações. Eu queria, mas não consigo.
Saber que eu não consigo me faz fazer as pazes comigo mesmo e aprender a não me colocar mais nessa encrenca chamada namoro à distância. Essa situação de lonjura bota para fora partes de mim que nem eu mesma quero ver nem mostrar para ninguém.
Amar ajuda, mas não resolve tudo. Eu quero remédio, remediar, não tem cura saudade. Não tem cura a sequela que o tempo longe e os silêncios da distância deixam na vida de alguém. Eu não sei até quando isso vai aguentar de pé.
Ainda estou aqui.
domingo, maio 08, 2022
quarta-feira, maio 04, 2022
segunda-feira, maio 02, 2022
domingo, maio 01, 2022
Amigos.
Amigas e amigos são almas leves que brotam do céu ou da terra para nos salvar de dias ruins. Amigos e amigas dizem o que temos de ouvir com toda a doçura do mundo, sem fazer você se sentir triste ou um peso.
Amigas e amigos explicam você para você mesmo melhor do que você mesmo. Amigas e amigos me ajudam a me encontrar comigo, com quem eu sou, com o que eu amo em mim e com as minhas dores.
Eu preciso agradecer à vida pelas pessoas que ela coloca ao meu redor.
O trabalho da morte.
Há um ano atrás, estava saindo da casa de um amigo para ir à Salvador visitar minha mãe. Ele, mesmo deitado ao lado do namorado, levantou e fez questão de colocar uma mesa do café para mim.
Fui embora pensando naquele carinho logo cedo e cheguei à rodoviária, mas fiquei sabendo que os horários dos ônibus haviam novamente sido mudados. Fui então para casa, o próximo ônibus só sairia em duas horas. Foi então que recebi uma ligação do meu tio, dizendo que meu pai, irmão dele, tinha falecido aquela manhã.
Fiquei atordoada. Pensei em ligar para um rapaz com quem eu estive saindo nos meses anteriores, mas com quem eu já não tinha mais nada. Ia pedir colo e uma carona, mas me detive. Não queria que essa situação fosse usada por ele para se aproximar de mim. Liguei para um ex-namorado que estava há muitos quilômetros de distância, mas que tinha sido o responsável por me fazer perceber o que a ausência do meu pai tinha criado na minha vida.
Conversamos, eu chorei. Ele disse que poderia ficar ali, só me olhando, se eu quisesse. Eu quis, eu aceitei. Chorei, conversei. Desliguei. Levantei e fui fazer o que era preciso. Cuidar dos detalhes do enterro, ir ver o que havia acontecido. Viajei para a casa da minha mãe; ela, eu e o namorado dela cuidamos de tudo, com muito e choro pelo caminho.
Meu pai morreu na casa de uma amiga, teve um acidente vascular cerebral, o terceiro, assim nos pareceu, segundo o relato da sua última namorada. Tivemos algumas dificuldades para resolver tudo e toda a situação só me deixava mais e mais triste, em ver um homem negro morto nas condições em que ele morreu, sempre querendo mais para si do que poderia ter ou fazer.
Meu pai, que para mim nunca pareceu gostar muito de trabalhar, morreu no dia do trabalho. À época, fizemos graça com isso e, ainda hoje, essa piada pronta me arranca um meio sorriso. Hoje, antes de me levantar, repassei mentalmente a visão de vê-lo sendo enterrado num cemitério público em Camaçari, toda a precariedade que foi sua vida estampada ali, na hora do fim. Chorei, mais uma vez. Choro agora também.
Eu ainda irei chorar por isso muitas vezes na vida, eu sei. Agora, pelo menos, eu sei o motivo do choro. Por muita sorte, sei o que me faz feliz também.