Você que me lê, me ajuda a nascer.

quinta-feira, outubro 26, 2017

Email racista.

Recebi esse email em reposta à matéria que o Jornal da USP publicou sobre a tese. Na íntegra, sem correções e sem considerações, que eu não estou com paciência:

Você se tocou que o que está propondo nada mais é que todos os negros devem voltar para a África, pois eles não se adaptam a nossa cultura, assim eles viveriam melhores dentro da sua própria cultura? Você percebeu que estamos no Brasil uma terra de índios e não de portugueses africanos ou asiáticos e europeus? Bom provavelmente você deve ser ateia. Assim fraternidade e desenvolvimento mutuo, não faz parte da sua expectativa de vida, Você trata a vida como algo privado seu. Vira ermitão ou cria um quilombola para eles e você pode estudar magnificamente essas estupidez. Minha filha se eu estivesse na bancada te dava zero. A ideia é integrar o ser humano não importando a cor da pele ou se os olhos são azuis. Sou brancão feito alemão, ou boto cor de rosa se preferir, minha neta é negra, meus sobrinhos são negros. E veja tenho amigos negro, gozava deles? Sem sombra de dúvida e eles gozavam de mim. Sabe que um que a gente cham de macaquito, carinhosamente quito, ele é negro, mas me contaram como surgiu o apelido. Um europeu chamado Pompeo viu ele trepado no telhado da casa para pegar uma pipa ou quadrado que era assim no meu tempo e afalou olha lá o macaquito. O apelido pegou. E ele hoje é um advogado, casou com uma brancona teve creio que 3 filhos e um deles assumiu a banca do pai. Hoje ele está aposentado no interior de São Paulo. Um outro que se formou em engenharia que é o irmão caçula na família, fez uma antena parabólica ou desenvolveu a muito tempo montou uma fábrica delas e acabou vendendo a fábrica para alguma multinacional que o assumiu como empregado, Hoje mora em Interlagos e está muito bem, porém perdi o contato. O irmão mais velho foi para sertãozinho e quando estudávamos eu de manhã química e ele desenho industrial eu passava pela casa dele e iamos os dois pegar ônibus as 5 da manhã na paes de barros , um bairro fabril na época ele ia para a DF Vasconcelos e eu para a Alcan em Sto. Andre. Ele começou a trabalhar com 7 anos pois o pai tinha morrido e creio que era taxista, não lembro e ele teve que ajudar a mão como boy Eu estou falando dos anos 50 , ele tem a minha idade do glorioso ano de 51. A grande maioria da turma havia nascido nesse ano. Percebe que isso que colocou é mentira. Você contatou um fato onde segregaram uma parte da população e fez um aquário dando a essas crianças um ambiente controlado. Só poderiam se sair bem, não existe contestação da sua conduta. Eu não li a sua matéria toda, pois deu asco pelo teu preconceito. Bullying é o nome que foi importado dos estados unidos para justamente dar maior poder político ao PT de conseguir votos vendendo uma atitude natural de desenvolvimento humano natural uma conotação de revolta ou injustiça, que não é e ainda fazer o negro parecer coitadinho. Triste isso, coitado ele se torna quando vocês ficam encendo a cabeça deles com "coitadices" e assim eles passam a preferir encostar no governo do que lutar para vencer o preconceito dos outros O Pitta como prefeito foi uma bosta, mas era negão, muito legal, Torci por ele, pois isso faria o pessoal respeitar mais o negro de uma forma geral. Mas ele era malufista, só podia dar no que deu. O Obama graças a Deus fez alguma coisa muito importante para o EUA e assim melhorou a visão de alguma forma sobre o negro e agora com a Anta do Trump, pode-se perder tudo isso. Filha quem não presta não presta e não importa a cor. Japonês sempre tem sucesso, pois eles batalham para isso e vencem as barreiras. Tem um amigo meu na net que foi ao Japão e agora com 55 anos está estudando direito e tem uma fabriquinha de doce japonês. Eu por ser brancão estou em uma condição muito pior, mesmo aposentado. 
Voltando ao Bullying. Se você teve biologia na escola vai lembrar do macho alfa, no gorila, macaco no veado, no boi, e tantos outros animais. Pois é o homem veio dessa linhagem e assim também valoriza o líder, não pela força, mas pela inteligencia e a capacidade de poder contornar as intempéries da vida preservando todos. Veja como os líderes foram feitos. Hitler foi um deles, mas ele na sua loucura interpretou um Fuhrer e fez isso tão bem que todos acreditaram nele, pois ele vendeu esperança para o alemão e morte para os judeus , ciganos, homossexual e quem não fosse com a cara dele ou dos amigos. Isso não é líder é ator. Como o Lulla e o Dória agora. Entende o que você esta´fazendo com essa pesquisa canhestra. Acho interessante o aquário, mas isso não tem realismo no cotidiano. Entre os meninos deve haver bullying ou então está reservado aos brancos como a alma desgarrada do paraíso, como se fossem os judeus de Hitler. Acorda pra "gospir" filha e repensa o que fez com a pesquisa qeu talvez poderia ser ótima.

A pessoa assina como Bolinha França e o email é bolinha1951ahn@gmail.com. Fiquem à vontade. 

quarta-feira, outubro 25, 2017

Jornal da USP - Míghian Danae Ferreira Nunes

Saiu matéria sobre a pesquisa que eu fiz para a tese aqui.


terça-feira, outubro 24, 2017

Richard Prior: Live in Concert.






Assisti esse stand-up que está inteiro no Netflix. Você assiste e entende onde Chris Rock bebeu. O cara tá com Huey Newton na plateia, pense. Nem tudo é bom, mas ri MUITO. 

segunda-feira, outubro 23, 2017

A morte e vida de Marsha P. Jonhson.


Michael Kiwanuka, Love & Hate.



Você não vê que eu sou muito mais do que meus erros

Tank and Bangas, Oh, I Heart.


Tank and Bangas, Drummers.


Bonita.

Olhei-me no espelho de fora da casa que mesmo partido me mostrou uma mulher bonita, forte. Me senti linda na luz do fim da tarde. Estava com brincos que um exnamorado me trouxe do Uruguai fazem alguns anos. Quando ele me deu, já éramos ex e eu sou feliz de estarmos presentes um na vida do outro até hoje, ainda que não sempre, ainda que não do mesmo jeito. Não precisa ser na mesma intensidade, mas eu gosto de levar as pessoas comigo, todas elas. Isso bagunça às vezes, mas eu não desisto. 

A verdade é que essa beleza do cansaço de tentar sempre e de novo que alumiou hoje nunca me deixa. É tão bom me ver bonita depois de tantos anos, mesmo partida por dentro, remexida, carente, surpresa com as surpresas de desconhecer as pessoas, é tão bom. Chego mais perto, vejo um fio a mais na sobrancelha, mas tudo bem, tenho astigmatismo, de longe nem faz diferença. 

O erê de minha vizinha mandou me chamar, disse que queria me conhecer. Me abraçou e me disse que quando eu precisar, só chamar e ele aparece. As folhas do Bembé de Santo Amaro me enchem de perfume e esperança. Acreditar, enfim. 


domingo, outubro 22, 2017

Andra Day diz a que vem.


(ela tem um sinal de catapora no mesmo lugar que eu! amo cicatrizes)

sábado, outubro 21, 2017

Sozinha.

O que você faz quando se sente só? 

Eu ouço músicas e choro. Ah, também fico lendo e-mails antigos de pessoas que declararam seu amor por mim. 
Vejo um filme, como alguma coisa.

E penso na solidão de ter feito escolhas que muita gente que está junto não faria. 
Suspiro.
Levanto da cama, vou ao banheiro. 

Leio mais alguns e-mails de alguma história antiga, releio posts de amor aqui do blog. 
Ouço música e danço.
Mando mensagens para pessoas que eu queria que estivessem comigo, chamo elas para me encontrarem e me fazerem sorrir.

Escrevo aqui, escrevo num caderno que agora tenho para escrever coisas à mão. Faz um bem danado, releio o que escrevo e me sinto melhor.
Aí o sono chega, eu durmo e de manhã o sol já me faz melhor.
Eu sou feita de sol, eu preciso de sol, ele por si só(l) me dá alegria e eu acordo cantando. 

Aí eu esqueço um tempão que dessa coisa ruim que é sentir falta de alguém. 

sexta-feira, outubro 20, 2017

Believe, Cher.


Ouvindo (e chorando) de novo.

Confusão.

Hoje lembrei de uma menina que fez parte da etnografia que fiz em 2015. Certa vez a peguei debaixo da mesa e perguntei para ela o que ela estava fazendo lá embaixo. Ela me disse que estava "confusão". Hoje, no meio do dia, no trabalho, cercada de crianças embaixo da mesa, perguntei a elas se elas estavam confusão.

Eu àquela altura me perguntei o que eu fazia quando eu estava confusão. Eu ainda não sei, não aprendi direito. Eu converso com gentes que me amam, elas me dizem coisas. Mas tenho medos de só aceitar aquilo que quero e continuar fazendo o que não quero mudar. Tenho medo mas ainda assim me arrisco, eu fico entre o discurso mainstream e aquilo que meu coração diz, às vezes eles não conversam, aí vem confusão. Eu ainda não sei o que fazer mas faço. É por isso que essa cena de Falling me pegou tanto:


Boa noite pra nós.

Falling.


Que filme bonito. 

quinta-feira, outubro 19, 2017

Three Little Birds, Gilberto Gil (Bob Marley).





Eu amo Gil e amo essa letra. Toda vez que eu tou assim meio tristinha eu lembro dessa música eu penso que eu sou um desses três passarinhos cantando para mim mesma, minha consciência é um passarinho:

this is my message to you-you-you

E aí eu consigo sorrir e continuar. 

quarta-feira, outubro 18, 2017

Escrever.

É muito bom ter um blog. Todas as vezes em que estou triste, perdida, confusa ou radiante eu venho aqui e escrevo umas tantas palavras, que às vezes nem parecem ter total sentido para mim e nem para quem lê. Depois, lendo lá de longe, eu consigo capturar as sensações que tive ao escrever, eu lembro dos tempos em que escrevi, eu me reanimo, eu vejo que aprendi, eu vejo que superei. Ou eu não vejo nada. Mas o momento mesmo da escrita é maravilhoso. Como agora.

Às vezes a vontade é de dizer algo para alguém, de descobrir coisas, de procurar intriga, de fofocar. De falar mal das pessoas, de reclamar, de pedir atenção e cuidado. Aí eu venho aqui e escrevo e passa. E passa. Aquela dorzinha chata demora um pouco mais, coração apertado de medo de não ter feito a coisa certa, mas a vontade de dizer algo para alguém passa e eu sigo. 

todas essas que aí estão atravancando o meu caminho, elas passarão, eu passarinha
(Adaptado de Mário Quintana)

                                                            (Dona Maya Angelou, me dá forças)

Olhando pra Don.


Força estranha.


Eu sempre gostei dessa música. Sempre. Não sei, eu ouço e sinto tantas coisas. Força estranha mesmo. 

eu pus os meus pés no riacho, e acho que nunca os tirei

Eu nunca aprendi a viver direito as coisas que vem, mesmo querendo dizer que eu vivo as coisas como elas vem. Mas, uma coisa não exclui a outra, eu sigo vivendo as coisas como elas vem, mas eu acho que ainda não sei direito fazer isso. Só isso. 

Eu penso que por isso uma força me leva a continuar, uma força que às vezes é estranha mesmo. Eu não sei de onde ela vem e nem porque ela vem, mas vem. E me mantém de pé. Sei que tem muita gente à minha frente e atrás de mim, por mim, comigo. Eu sinto isso. Mas ainda assim, não sei explicar, não. 

Mas nem acho que tudo é explicável. Tem coisas que eu só quero viver mesmo. Sentir, respirar, tocar, cheirar.

terça-feira, outubro 17, 2017

Black Panthers: Vanguarda da revolução.




Eco.

Não te precipites em tomar decisões agora, não perdes nada por tentar
Ele me disse, além-mar.
Respirei fundo, havia lido aquele email tantas vezes e não tinha me atentado que ele havia escrito algo que meu coração, meu corpo, tinha sentido muito nesses últimos dias.

Serão dos ecos que os meus sentimentos calam essas confirmações, será, será?
Estou aqui, presente, para sentir as dores, vivas pulsantes.
Mas também estou aqui, presente, para receber o amor que me cabe, que me querem dar, que me sentem.
Não fugirei do amor, antes abrirei meu braços, presente.

Não te precipites em tomar decisões agora, não perdes nada por tentar

Outra face.


Desse lugar.


segunda-feira, outubro 16, 2017

Girls on fire, Alicia Keys.



Follow.

É aí que você descobre que o professor que você quer encontrar no pós-doutorado te segue numa rede social internacional acadêmica e você fica boba demais.



Não.

E de repente, eu vi. 
Eu me vi.
Vi uma moça feliz com a certeza de que pessoas bonitas ainda existem no mundo. Mas eu queria parar o tempo e queria que ele fosse inteiro meu. Um "eu te devoro" que não deixava espaço para respirar. E eu dizia que não, eu fingia para ele e para mim que eu não estava sendo pesada, que era só uma intensidade diferente, mas não. Não era.

Era vontade, de verdade, que desse certo. Só que era uma vontade represada de muito tempo, de muitas gente que passaram por aqui e não conseguiram me fazer feliz como ele me faz. Aí eu quis, eu quis demais, quis como se fosse a última coisa, quis como se fosse a primeira vez.

E fiz muita coisa demais. Falei demais, pedi demais, esperei demais... explodi em sentimentos, em lágrimas, em emoções e palavras. Foi tudo demais e eu mesma não me queria assim. Aprendi. Tenho vergonhas, aquelas que a gente sente quando lembra de uma coisa ou palavra que parece não combinar com a gente mas a gente fez, a gente falou e pensou.

Sei que sou mais do que isso, medos e angústias. Sei que sou inteira e não só um pedaço dessa crise. Mas não sei o que poderá ser, não sei. Só posso saber o de agora: agora é paz, por aceitar a crise que fui. Agora é crise, por não saber se poderei ser paz.

Mas, apesar de tudo, agora ainda é vontade, mas com calma e amor.



sexta-feira, outubro 13, 2017

Casa Comigo, Anselmo Ralph.


Me sinto só e Anselmo vem ter comigo. Recupero as forças, eu acredito nele.

Tio Carlinhos.

Faz muito tempo que não o vejo. Hoje recebi a notícia que meu tio, casado com a irmã da minha mãe, morreu. Sim, morreu de um jeito tão doloroso que preciso parar de escrever para limpar os olhos da água que está jorrando deles aqui, no meio do dia, sem pedir licença. 
Meu tio Carlinhos. Eu não vou vê-lo mais. Eu não estou preparada para isso. Ele foi muito importante na minha vida num tempo em que passamos muitas necessidades. Eu ia sempre a sua casa para passar as férias ou algum feriado especial. Ele nunca rejeitou nossas visitas e eu lembro de sua insistência em me ensinar a andar de bicicleta. 
Um dia, ele acordou determinado a fazer isso acontecer. E em frente de casa, com uma bicicleta enorme, teve toda a paciência do mundo para passar um dia inteiro tentando fazer isso. Todas as pessoas riram; meus primos, seus filhos, passavam por mim andando em outras bicicletas e rindo, rindo. Eu estava achando engraçado, mas também me cansei e quis parar. Ele, não. Almoçamos e voltamos a tentar. 
Eu fui bem, mas tinha muito medo. Eu já era adolescente e não acreditava que poderia aprender a andar de bicicleta depois de velha. Mas ele, ele mesmo acreditou em mim. E eu nunca esqueci disso. Se eu aprendi? Tecnicamente, não. Mas entendi a mensagem. 
Se eu tenho lembranças chatas dele? Claro, todo mundo tem lembranças boas e ruins de todas as pessoas com quem convivem. Só que eu, desde lá, me apresso em não guardar o que não gostei e sou habituada a ser feliz e ver o que realmente vale a pena. Apesar disso, eu havia esquecido de algo muito importante é que ele fez por mim também, relembrando a mesma mensagem que me passou quando foi meu professor e bicicletar.
Minha mãe e minha tia, dias desses conversando, relembraram que foi ele quem me levou à prova do vestibular em 1998, quando eu tinha 18 anos e não sabia andar direito pela cidade. Eu não lembrava disso. Dessa época, eu só me lembrava do dia em que fui me inscrever e estive sozinha até às 23h30 na rua com muito medo de voltar pra casa, porque meu pai não se dignou nem a me buscar no ponto, quem dirás ficar na fila comigo. Chorei e fiquei mal por isso. Talvez esse tenha sido o motivo que fez meu tio me acompanhar no dia da prova, vai saber. Só sei que ele foi. Não lembro, mas ainda bem que eu tenho minha mãe para me lembrar dessas coisas e limpar meu coração de qualquer dor que exista aqui dentro, a dor de me sentir só numa fila para inscrição no vestibular. 
A mensagem do meu tio, nessas duas lembranças que agora ficam ainda mais comigo é "eu acredito em você". E isso às vezes é mais importante do que a gente mesmo acreditar na gente. A gente só é a gente mesmo junto de pessoas que nos amam. 
Tio Carlinhos, eu queria que você estivesse aqui agora. Eu ia te contar que ainda não aprendi a andar de bicicleta, mas está nos meus planos comprar uma no mês que vem. É curioso, porque eu tinha imaginado te encontrar ainda esse ano e fazer alguma piada com isso. 
Obrigada.  

quinta-feira, outubro 12, 2017

Eryka Hachebe.

Eu nunca teria um Instagram. Ainda mais depois desse

Aprendências.

Eu não achei que esse ano seria um ano de aprendências. Aprender a viver junto, a fazer coisas, a conversar mais e melhor, a descobrir sobre mim. Claro, parece clichê, todo o dia a gente aprende. Mas eu digo, não achei que com essa mudança toda, de vida, de casa, de trabalho, de relações, eu ia descobrir como eu posso ser esnobe e presunçosa, como eu posso ser burra e exigente e mandona, eu não sabia. Eu sei que eu erro, mas é tão delícia ser contestada, ser confrontada, me dizerem coisas que me calam, é tão gostoso estar errada e poder entender isso e pedir desculpas, no fim eu me sinto mais forte e mais bonita. 

E é não saber que me anima e me desafia a continuar nessa toada, é gostoso ver que as pessoas não sabem de mim e pensam que sabem, eu mesma também me invento, mas gosto de histórias, de conversa e novidade, por isso ainda estou aprendendo sobre como sou com as outras pessoas, com elas e por elas. 

Estou tão feliz. Encontrei paz.


quarta-feira, outubro 11, 2017

Fotos Antigas III.

... sempre doeu...










Fotos Antigas II.

... porque era muito amor...





Fotos antigas I.

Das fotos que nunca publiquei, porque era muito amor e sempre doeu.







terça-feira, outubro 10, 2017

Infantil.

Ela me disse que eu era infantil só porque me pegou dando língua para ela.
Retruquei dizendo que não ligava de ser infantil e ser feliz, que eu era criança mesmo e acabou.

Fiquei matutando isso, conversei com minha amiga de sete anos. Ela sorriu e me disse que ia falar para a mãe dela para ela não falar assim comigo. 

E me deu língua. 

Menina Mulher da Pele Preta.


É quando você acorda pela manhã com uma mensagem de bom dia bem de longe, e pede dengo e você ganha ligações e músicas que dizem o que as pessoas pensam de você que você acredita que amizade vale mais do que dinheiro, de verdade.

Não há o que pague pedir ajuda e ser atendida. Não há como agradecer quando você sempre descobre que nunca fica sozinha. Nunca. 

Caio, Isadora, Alex e Juarez, eu amo vocês. 
Sempre. 

domingo, outubro 08, 2017

Não me procure mais.

Me deixa em paz
Não me procura mais
Finge que eu não existo
Muda de calçada
Não fala comigo
Não me mande mensagens

E nem pense em me visitar

Me deixa em mais
Não me procura paz
Finge que eu não calçada
Muda de existo
Não fala com mensagens
Não me mande comigo

E nem pense em me confundir

Agradeça (e como India Arie me salvou).


Baixei umas músicas num aplicativo no smartphone que eu ganhei (sim, estou adorando isso!) e, nesse final de semana, fui salva por India Arie. O cd' é Songversation: Medicine e eu fiquei sabendo de uma das músicas do cd' por causa de um filme que postei aqui. Pus o cd' e me apaixonei por todas as outras músicas. Eu recomendo: procurem o cd' Songversation: Medicine, ouçam todas as faixas e sejam felizes.

Se salvem, se salvem das mentiras. Se salvem das feridas. Façam suturas com a poesia, a música e o amor. Eu poderia falar de todas as músicas, porque todas me salvaram de algum modo, seja pela dor ou pelo amor de ser quem eu sou ou aquilo que eu quero ser. Mas eu vou escrever umas palavrinhas lindas que na voz de India curam tudo. 

Agradeça
Diga amor
Namaste
Axé 
Agradeça
(da música Give Thanks)

Obrigada, India Arie. O cd' é esse. Corram atrás.

Ah, e just let it go, viu?

A mulher que me salvou, India Arie.

sábado, outubro 07, 2017

quarta-feira, outubro 04, 2017

terça-feira, outubro 03, 2017

De que é feito o que vai no coração?

Alguém ou alguma coisa veio aqui e diminuiu a dor. A ansiedade, a incerteza. Veio aqui, arrancou qualquer coisa que poderia me fazer mal e deixou só paz. A quem ou o que fez isso, eu só posso dizer obrigada e fique mais um pouco por aqui. 

Eu tenho muito a fazer mas meu coração não quer descansar. Ele me dá trabalhos extras como me preocupar com alguém que parece não saber que para bater, meu coração precisa desandar. Desandar de ouvir as belezas que é estar viva, que é amar, que é acreditar, belezas que devem ser ditas, sussurradas, confirmadas, todos os dias. Meu coração precisa de um motor feito de palavras também. As ações que o movem são assim todas desenhadas de palavras, ele gosta de texto.