Você que me lê, me ajuda a nascer.
sexta-feira, junho 30, 2017
quinta-feira, junho 29, 2017
Respiração.
Um passo, outro passo, paciência.
É como quando você ver o mar, você quer correr, mas aí para, para devagar ir sorvendo a delícia de olhar pra o azul e sentir por mais tempo a sensação da areia nos pés, afundar os pés na areia, aquela coisa irregular, é preciso equilíbrio para chegar até o mar, mas você não tem, nem sempre a gente tem, mas você vai e vai, olhando em frente, sempre em frente.
E quando olha pro lado, ou deitado lá na areia, ele está.
Um passo, outro passo [respira] paciência.
quarta-feira, junho 28, 2017
Meu amor.
Um beijo na testa e seu corpo treme todo?
Diz minha amiga
se isso não é amor, nada mais é
Mas não foi pelo beijo na testa. Foi porque eu disse pra ela que eu disse a ele que eu
quero ele com todos os problemas que ele tem, até porque o que pode parecer problema, pra mim tudo bem. Que eu estou feliz por saber que gosto tanto dele assim - eu dizia isso sorrindo -, que é bom gostar, que eu quero ficar perto, que não importa a bagunça e a confusão, que eu quero, que agora eu quero, que eu sei querer, que antes eu não sabia, que eu quero agora porque não quis antes, porque tem tempo, porque eu sou feliz sentindo isso, porque nem sei explicar mas estou bem e eu quero e pela primeira vez eu quero, quero viver junto, ter uma vida, viver a dois, estar perto, chegar perto, dividir coisas, com ele eu quero, só com ele agora eu quero, eu quero.
De novo.
Passavam das 23h quando ele segurou a minha mão. Ele segurou ou fui eu quem segurei? Eu não sei. Mas eu sei que eu queria isso.
Estávamos ali, na entrada do metrô. Era noite, pouca gente na rua. Um homem e uma mulher juntos e parece "natural" segurar a mão do outro, sei lá se para mostrar que se está junto, para cuidar, para ficar perto, eu não sei direito. Mas, estávamos juntos? Eu não sei (mas eu sei que eu queria isso).
Ele envolveu minha mão na sua - ah, que mãos - e disse:
faz tanto tempo que eu não faço isso
E me deixou desconcertada. Quando eu fico assim eu falo de outra coisa, pergunto sobre como se faz para chegar na entrada do metrô, sei lá. Mas ele sempre fala algo, nunca deixa em branco, sempre preenche o momento com alguma frase, e eu sem jeito, toda cheia das palavras, nessas horas por vezes fico sem saber como fazer quando é alguém que me diz um carinho.
Nossas mãos dadas e eu sentia voar baixo pelo chão, segura por aquele fio de energia que nos unia assim, depois de tantos anos longe. Eu poderia parar ali e ficar só de mãos dadas com ele até acordar de novo. Sentamos no metrô e ele lembrou uma foto de beijo nossa num outro metrô, foto essa que nem existe mais. Muita coisa foi jogada fora depois de tudo. Muita coisa foi embora, inclusive o tempo. Muita coisa ficou, inclusive o frio na barriga quando ele encostou a cabeça no meu ombro. Eu estava desconcertada, mas ainda assim eu queria que ele repetisse a pergunta que me fez ainda no terminal de ônibus porque eu sabia que ele ia me dar um beijo, ele disse, olhando nos meus olhos
posso fazer uma coisa?
Mas eu de novo escorreguei, mudei de assunto e perguntei sobre o ônibus que a gente deveria tomar, ele não voltou a pergunta, porque não tinha como, ele notou que mudei de assunto, ele não sabia se deveria. Ele não perguntou mais, mas ao sair do metrô ele segurou de novo a minha mão e entrelaçou os dedos e de novo esfriou minha barriga por dentro, eu nem sei do beijo, só sabia que eu não queria que chegasse a hora de parar no próximo ponto, queria caminhar com ele toda a noite só pra segurar na sua mão por mais tempo, queria ir pra frente, em linha reta ou sinuosa, mas com ele.
E depois de sete anos eu descobri que é o que eu mais quero agora, por mais que pareça estranho e eu tenha dito que não aos quatro cantos por tanto tempo, eu nem estou com vergonha de ter mudado de ideia, de novo.
terça-feira, junho 27, 2017
segunda-feira, junho 19, 2017
Por amor.
Hoje encontrei-me novamente com uma moça, depois de 10 anos. 18 anos tem ela agora.
Tínhamos nos conhecido em 2007, quando fui sua professora na segunda série (hoje terceiro ano).
Éramos muito próximas, ela morava bem perto da minha casa e fiz amizade com muita gente da família, mãe, avó, irmã.
Conversamos por algumas horas, tantas coisas. Tantas palavras. Olhares, beijos, afagos, sorrisos, abraços, eu não saberia dizer o que senti naquele tempo em que passamos juntas. Orgulho, vontade de voltar no tempo, de parar, vontade de continuar. Olhava para ela falando coisas tão inteligentes e dizendo que eu fui importante na sua vida, isso me deixava tão feliz e animada, me dava vontade de viver ainda mais e conhecer mais gente, falar mais coisas, ouvir outras tantas, continuar vivendo, continuar acreditando, sorrindo.
Perguntei para ela porque eu era tão especial e porque ela lembrava tanto de mim e ela me contou coisas que nem eu mesma lembrava que fazia! Fiquei emocionada e comovida, um encontro com ela e com uma pessoa que eu fui a dez anos atrás. Novamente, fiz as pazes comigo mesmo, fui feliz demais, chorei, sorri.
Dessas belezas que é participar, estar dentro da vida de outras pessoas. Não tem coisa mais legal do mundo do que estar viva e presente.
Perguntei para ela porque eu era tão especial e porque ela lembrava tanto de mim e ela me contou coisas que nem eu mesma lembrava que fazia! Fiquei emocionada e comovida, um encontro com ela e com uma pessoa que eu fui a dez anos atrás. Novamente, fiz as pazes comigo mesmo, fui feliz demais, chorei, sorri.
Dessas belezas que é participar, estar dentro da vida de outras pessoas. Não tem coisa mais legal do mundo do que estar viva e presente.
sexta-feira, junho 16, 2017
Um amor.
Eu senti um amor tão grande por ele, liguei e disse tudo que sentia e o quanto ele sempre seria especial na minha vida inteira, que as conversas com ele eram maravilhosas, que eu adorava o senso de autocrítica dele e tudo mais que ele tinha, a risada, a voz, tudo que eu tinha conhecido, eu disse tudo assim de uma vez e ele disse que ficava sem jeito com isso e como eu assustava com essa intensidade toda, que não estava acostumado com isso, não sabia como lidar.
A ligação precisou ser desligada, meus amigos chegaram e eu queria estar com eles.
E nunca mais, nunca mais mesmo, a gente se falou. Mas tudo que eu disse a ele é verdade.
sexta-feira, junho 09, 2017
quarta-feira, junho 07, 2017
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